𝐐𝐔𝐄𝐑𝐈𝐃𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐑𝐈𝐎 • 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐄𝐒 (✓)

━━ 𝗯𝗼𝗻𝘂𝘀.

CAPÍTULO FINAL;BÔNUS.

OS DIAS SE TORNARAM SEMANAS E AS SEMANAS SE TORNARAM MESES.

Meses desde a última vez que Júlia foi vista,meses desde que seus pais apareceram na escola e meses que os alunos preparavam um enorme pedido de desculpas por todos os traumas adquiridos através dos anos.

Arthur se sentia culpado muito culpado por fazer tudo aquilo com ela. Ele sabia de tudo o que ela passava em casa,sabia que gostava da garota desde anos atrás se encantou por ela no mesmo instante que viraram amigos.

Ficava incrédulo sempre quando vai hematomas roxos — prontamente escondidos por moletons — e as histórias das surras que ela já havia levado.

Se lembrará de quando tiveram o primeiro beijo junto e de todas as promessas que jamais iria cumprir pois hoje já não havia mais como. Se lembrou de quando começou a contar tudo que ela lhe contava para o grupo que mais a importunava — consequentemente os mais populares — e na época ele achava que aquilo era ótimo,mas hoje todos eles sem exceção alguma se sentem culpados por tudo que já fizeram a ela.

Na época eram só crianças estúpidas com ódio da garota por simplesmente ser a mais inteligente e esforçada em meio a todos eles,descontavam tudo nela.

Arthur se lembra muito bem do dia em que a chamou de inútil e outras palavras
— que ele mesmo gostaria de esquecer que um dia já havia feito tanto mal a ela que nunca teve culpa de nada — e a viu correndo,durante aquele dia ela não foi vista.

Ele se lembra da garota ser retraida e ter medo que a olhassem ou encostassem nela.

Se lembra de todos os beijos que já havia dado nela e se lembra de ser os melhores. Se lembra de sentir muita saudade do tempo que eles ficava juntos.

Durante a aula ele havia decidido que iria até a casa dela tentar vê-la ou falar com a mãe dela para descobrir o que estava acontecendo com a garota.

No fim da aula ele se despediu dos "amigos" e foi diretamente até a casa de Júlia batendo na porta que foi aberta talvez um cincos minutos depois por Olivia.

Arthur se assustou ao ver a figura ali em sua frente,sua aparência cansada roupa amassada e desarrumada,grandes olheiras em baixo de seus olhos porém logo disfarçou começando a falar.

— Eu posso ver a Júlia? - coçou a nunca constrangido.

A mulher só deu um suspiro cansado antes de responder.

— Não,quem é você? - perguntou rude.

— Arthur.Onde ela está?Porque não posso vê-la? - questionou.