Última Chance • JJK Jeon Jungkook

🍷CAPÍTULO 14🍷

Era uma das maiores contingências emocionais vividas em todos os séculos pelo vampiro amaldiçoado. Sequer pensava se algum dia poderia reviver as lembranças cravadas eternamente em sua miserável memória. Um encontro? Quem diria que esta seria a realização de um sonho perdido em seus séculos vividos.

O garoto se arrumava como se fosse para um casamento e se perfumava como se a vida dependesse disso. Seu olhar era apenas vitória, em um bom sentido. Já imaginou viver sem a certeza de que poderia salvar sua paixão da morte? Mais vitória que esta bela conquista, apenas ganhar uma passagem apenas de ida para o céu, e sinceramente, Jungkook achava que estava sendo crucificado como um castigo pelas mortes que havia causado milênios atrás.

O garoto seguiu caminho, andando pelo sol radiante que não queimava sua pele graças ao feitiço permanente realizado para ele antes de sair da era bruxa de Denise. Através de um sonho, o jovem transpassava os raios e em poucos minutos havia chegado à frente de uma porta que por ventura o assombrava brevemente. Ela era apenas uma porta branca de madeira, que separava seu coração de sua paixão.

— Hina? — Disse Jungkook dando breves toques na porta, à espera da garota que o havia convidado para um encontro na cidade.

A porta logo se abriu e revelou ninguém menos que Hoseok, o qual observou o moreno de cima a baixo com um pequeno sorriso no rosto.

— Hina já está descendo — Ditou o ruivo encostando-se ao batente da porta com os braços cruzados — Digamos que vocês comecem a namorar agora...

— Que as forças divinas te ouçam.

— Digo, se por acaso ela assumir que está realmente apaixonada por você — Ditou em tom de brincadeira, porém assumindo a maior verdade escondida pela face da garota difícil — Você não pretende magoá-la de forma alguma, não é mesmo? Por que eu juro que se algo acontecer com o coração da minha irmã, eu acabo com você.

— Pode ter certeza que se algo acontecer com ela, eu venho aqui para que você faça isso — Com um ar de curiosidade, Hoseok apenas soltou seus braços e abriu espaço para que sua irmã passa-se por si, ele sabia que algo era estranho em Jungkook mas ao mesmo tempo, amigável e amável.

Hina passou por seu irmão e apenas deu um sorriso a ele, segurando a mão do vampiro em seguida. A garota percebeu que algo estava errado desde o primeiro momento em que colocou os olhos nele. Apesar de tudo, nunca questionou... Mas suas mãos eram tão gélidas que segurá-las era como pegar uma pedra de gelo até que queimasse sua mão.

Em busca de apenas amenizar uma situação causada por seu estado natural, Jungkook apenas colocou as mãos que foram largadas por Hina no bolso de sua calça, parando de andar e olhando para a garota novamente.

— O que preparou? Eu deixei tudo para você, não queria ficar cego de um olho — Ditou o vampiro olhando para a mesma com um olhar sacana e brincalhão.

— Pensei em um fliperama e depois um cinema, o que acha?

— Hm... Cinema... Escuro... Comigo? Certeza?

— A não ser que você não queira, óbvio — Respondeu ríspida seguindo seu caminhar e deixando o garoto para trás que rapidamente tratou de acompanhá-la.

— Querer eu quero, mas quero saber meus limites antes desse encontro, não quero que meu desejo feito por um dente-de-leão ao caminho da sua casa seja desperdiçado.

— Qual desejo?

— Apenas beijar você de novo.

— Que tal, sem limites e obviamente, sem exageros. Eu quero te conhecer de todas as formas que me forem possíveis.

— Interessante. Certo, na verdade quem tem limite é município, né, como dizem...

— Ah Jungkook, não começa — Finalmente, um sorriso, era mais que contagiante; aquele sorriso era como uma dança contemporânea aos olhos avermelhados do garoto apaixonado.

Ambos andavam lado a lado e não questionavam o silêncio imposto após as breves brincadeiras, pois, mesmo com o silêncio, era como ir ao céu quando no mesmo ambiente. Feitos um para o outro, como as estrelas do céu e fluidos como a água do oceano. Literalmente, uma obra de arte em forma de casal.

— Por que você decidiu sair comigo do nada? — Desrespeitou assim o silêncio imposto pela garota, enquanto caminhava com calma até o fliperama da família de Aisha.

— Digamos que... eu desrespeitei o que todo mundo me dizia por que eu me senti atraída por você — Hina não tinha vergonha alguma em se abrir e, de fato, era algo inerente das personalidade de todas as gerações vividas com sua face.

Chegando ao fliperama, Hina rapidamente pegou as fichas reservadas para o local e as dividiu em duas quantidades iguais, entregando logo em seguida a Jungkook que rapidamente começou a sorrir maliciosamente.

— Vamos fazer uma brincadeira?

— Pela sua cara já sei que vou me arrepender amargamente, mas diga.

— Vamos jogar apenas jogos de dupla em desafio. Antes de entrar no game iremos nos desafiar a fazer o que o outro quiser sem qualquer limite, até por que você mesma disse que o dia de hoje seria sem limites.

— Feito! — ambos selaram o pacto com um aperto de mão e se dirigiram aos brinquedos.

O primeiro desafio era nas motos eletrônicas, com as trocas de um beijo por parte de Jungkook e a compra de uma barca de sushi para Hina. O jogo rapidamente se iniciou e era perceptível as personalidades competitivas que duelavam pelo seu prêmio. Jungkook observava de rabo de olho a tela de Hina que confiante estava apenas apertando os botões sem sequer prestar atenção aos lados da pista eletrônica. Obviamente, a vitória foi de Jungkook que sorrateiramente roubou a partida assustando Hina ao gritar no pé de seu ouvido.

— Cara, você não tem a mínima vergonha de fazer isso com uma garota que está apenas lutando pelo seu alimento diário?

— E você não tem vergonha de apelar para o meu emocional, Hina? — Respondeu com uma voz manhosa, colocando as mãos em seu peito para performar uma indignação com drama de presente.

— Eu ainda não acredito que você soltou um grito no meio de todo mundo do fliperama.

— A vergonha é inimiga da perfeição.

— Se apresse — Respondeu ríspida e indignada.

— Ahn? — Jungkook era burro ou o que?

— Jungkook, anda logo, me beija.

— Calma, pequeno gafanhoto — Ditou com uma voz rouca, se aproximando calmamente do rosto da menor — O beijo fica para um momento especial desse dia que ficaremos juntos... Não quero que seja apenas um acontecido, quero que seja uma lembrança especial.