Só pro meu prazer (Calzona)

Capítulo 42

POV ARIZONA

-Ei, conversa comigo -Digo manhosa puxando Callie pelo pulso.

-Então agora vc quer conversar? -Diz ela irritada -Conversa com a sua amiguinha lá.

-Eu só tava ajudando ela, olha pra mim -Digo virando a nuca dela com meu dedo.

-Vc tava com a mão nela, primeiro tava toda estranha e depois tava lá com ela.

-E você falando do sotaque da novata? andando com ela? deixando ela sentar no MEU lugar!

-Ela é novata, nem sabia que seu lugar era lá e eu só tava tentando ser legal -Afirma ela.

-E eu só estava tentando ajudar a Liz -rebato.

-Liz? -Pergunta erguendo a sombracelha.

-É o apelido dela.

-Eu não quero conversar agora, depois a gente se fala -Diz ela assim que o sinal toca e vai embora pra sala.

Tivemos mais alguns tempos de aula e a última foi Educação Física, finalmente o período de prova acabou então a gente foi liberado para ir para a quadra, o jogo de hoje foi queimada e eu juro que achei que Callie fosse ficar no time oposto do meu e tirar toda a raiva que ela tá sentindo tacando a bola na minha cara, mas estranhamente ela pediu pra ficar na arquibancada e não parava de me olhar, eu tenho 99,9% de certeza de que ela estava guardando forças pra me matar quando chegassemos em casa, nessas horas até ateu vira crente só pra pedir ajuda do senhor pra ter piedade e não deixar nada acontecer ou pra morte ser rápida.

As aulas de hoje acabaram e pela primeira vez eu praguejei de ódio aos céus por isso ter acontecido, achei que eu teria mais tempo pra formular algo que fizesse ela não voar no meu pescoço, viemos no carro e ela estava totalmente calada.

-Vamos pra minha casa ou pra sua? -pergunto tentando cortar o clima.

-Minha.

-A Sofia está lá?

-Pedi para o meu pai ir pra sua casa ficar um pouco com ela lá, eles só vão chegar a noite -Responde ela sem esboçar qualquer coisa no rosto.

-Ela planejou tudo pra me matar -Sussurro baixinho.

-Disse alguma coisa senhorita Robbins? -Pergunta ela com um leve tom de irá na voz.

-N-não, eu só, só pensei alto, desculpe.

O resto do caminho foi totalmente silencioso, quando chegamos a residência dos Torres ela fez um sinal com a cabeça indicando que eu deveria sair primeiro do carro, assim que cheguei a porta uma das empregadas já estava a nossa espera.

-O resto dos empregados já foram, aqui está a chave reserva que o senhor Torres deixou comigo -Diz ela me entregando uma das chaves pra deixarmos na mesinha de centro.

-Pq todos os empregados foram embora tão cedo? -Pergunto.

-Orden da Senhorita Torres - Diz ela indo embora.

A desgraçada não quer testemunhas é óbvio, ouço um barulho atrás de mim e vejo Callie entrando e trancando a porta, é agora!

-Callie, e-eu só estava ajudando a garota, eu sem querer esbarrei nela -Vejo ela se aproximando bem devagar de mim -Como a culpa foi minha eu achei melhor ajudá-la né -Digo vendo ela tirar minha blusa -Daí na hora que a gente foi sair da enfermaria ela acabou ficando tonta e eu -Ela me beija de uma maneira dura e invade minha boca com a língua dela sem nem ao menos pedir permissão -Achei que a gente fosse brigar -Digo ofegante assim que ela para o beijo.