Capítulo 1 - Prazer em conhecê-lo II

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Ele move o rosto para o lado e dá um sorriso sexy que me queima em lugares que nunca senti antes.

— Não acredito nisso também. Mas você não pode me dizer que o Papai Noel não é real.

— Seu sorriso se alarga. — Eu sabia que gostava de você. — Ele fica próximo ao lado do meu rosto e engole com dificuldade. O flerte brincalhão foi-se quando seus traços ficaram sérios. 

Seus olhos fecham como se ele viesse para matar. Meu coração dá umas batidas um pouco selvagens, alertando-me para o fato de que Christopher "Caralho em Chamas" Elton tem o poder de induzir um episódio cardíaco em mim se quisesse.

— Uou. — Eu bati minhas mãos sobre seu peito e dei um bom empurrão. — Desculpe, cowboy, também não estou interessada em transas sem compromisso. Entendi. Eu realmente entendi. — Eu digo tentando manobrar minha saída para debaixo dele. — Você está se resolvendo sexualmente com seu pênis e, confie em mim, eu sou a última pessoa que quer entrar no seu caminho. Mas digo a você, a operação "ocupar-minha-vagina" é inútil esta noite.

— Resolvendo sexualmente? — ele cospe as palavras, perplexo com a minha analogia do pênis apenas o suficiente para que eu consiga sair e acelerar em direção a um par de garotas como se eu as conhecesse. Elas estão de pé em frente a um grande display de bebidas e todas garantem uma ressaca, com exceção da Coca ou da Pepsi.

Eu lanço um olhar de volta para Christopher apenas para descobrir que ele está mais uma vez rodeado por seu harém de hormônios felizes.

Uma morena cava a mão na parte de trás dos jeans dele, enquanto uma linda loira sussurra em seu ouvido, inspirando um riso nele. Meu estômago fica tenso à vista de todas aquelas doidivanas apalpando-o. Uma pontada inesperada de ciúmes se espalha através do meu peito e eu me obrigo a desviar o olhar.

— Ótimo! — eu sussurro.

— Anahí. — Uma loira jovial com batom vermelho brilhante toma a minha mão. Ela está envolvida em um casaco preto e branco quadriculado, com botas de couro que passam seus joelhos. Eu estou com a minha menos que quente, jaqueta jeans e pontiagudos Manolos. Tendo vivido em Los Angeles por toda a minha vida, tenho certeza que sou mal preparada para o inverno brutal de Massachusetts.

— Dulce. — eu digo para as duas.

— Maite. — A morena dá um breve aceno. Seu cabelo conecta ao redor de seus ombros em ondas e eu o admiro por um momento. Meu próprio cabelo cai longo e na maior reto e escuro como fuligem. Na maioria das vezes, ele só se parece com uma peruca ruim de Halloween.

— Nós vimos que você conheceu Christopher. — Ela inclina a cabeça para trás e ri, revelando um par de brincos de luzes de árvore de Natal escondidos sob seus cabelos escuros.

— Ele é uma exigência para a graduação? — Eu pergunto. Não que eu estivesse de alguma forma próxima da graduação. Sou uma estudante de segundo ano que recentemente atualizou seu status não declarado para Artes Liberais sem nenhuma intenção real de fazer algo produtivo com isso.

Maite ri tanto que derrama sua bebida sobre seus brilhantes saltos vermelhos. — Não, mas Deus, isso não seria ótimo? Na verdade, ele é uma bagunça. Fique longe dele. Ele passou por um tempo difícil no verão passado e agora nada mais é que uma bola de testosterona em chamas.

— Ele estava na merda! — Anahí acena como se para testemunhar isso.

— Ele foi jogado na merda! — Maitelança um olhar para Anahí. — Acerte sua gramática.

Pennington se pavoneia com sua gola levantada feito um mauricinho e um par de óculos de sol firmemente plantado sobre seu rosto, o que consolida qualquer status pendente de babaca que eu possa ter propiciado a ele. Vi fotos suficientes para saber que é ele, além disso, conversamos via Skype algumas vezes para finalizar meus arranjos.

Ele deveria me pegar no aeroporto, mas disse que tinha uma "emergência" de último minuto, então gastei metade dos vinte que tinha na minha carteira apenas para transportar-me a este foco de imoralidade. Algo me diz que a "emergência" teve a ver com bebida.

— Ali está meu futuro marido. — eu digo sarcasticamente, principalmente para mim mesma já que as duas estão trancadas em uma discussão acalorada sobre semântica.

— Pennington? — A boca de Anahí ficou quadrada e as duas romperam em gargalhadas. Eu acelerei e puxei-o para o lado.

Alguém Para Amar - VONDY HOTOnde histórias criam vida. Descubra agora