Dulce
- Coca-Cola ou Pepsi? — O Adonis* atrás de mim pergunta, como se a única coisa que ele tivesse a intenção de extinguir é a minha sede. Acho que me inaugurar como sua escrava do amor para a noite é mais especificamente o ponto.
Ele é alto, com ombros largos e olhos claros da cor que a chuva desejaria poder ser. Ele ostenta uma sombra de cinco horas no rosto, a barba é um pouco mais escura do que o cabelo caramelo saindo de seu boné. Suas bochechas são altas e cinzeladas. Ele é um desses caras, os que fazem seu estômago espremer apertado com apenas um olhar rebelde. Nós estamos roubando olhares por cerca de uma hora, embora ele estivesse enroscado em garotas, duas delas roendo sua orelha e pescoço, respectivamente.
As luzes na árvore de natal atrás dele piscam em um arco-íris de cores típicas de natal, com uma lâmpada rosa piscando fora de sincronia.
- Eu não tenho jogado "Perguntas" desde a nona série. — Eu disse, virando-me para a plateia em expansão, fingindo não estar interessada. Não que eu não tivesse entendido o fato de que ele estava me oferecendo uma bebida. Honestamente, se um cara do calibre dele solta a moral que quer dormir comigo, a primeira coisa que vou fazer é esticar um pouco as células do seu cérebro, isto é, se ele tiver alguma.
Tudo o que eu realmente quero fazer é encontrar Pennington e convencê-lo a parar de beber com seus beberrões de alta octanagem por tempo suficiente para me mostrar o meu dormitório. Este foi o meu primeiro movimento estúpido para o que está se mostrando ser um fiasco, confiar de boa-fé meus arranjos habitacionais a um idiota.
- "Perguntas"? — O Adonis perguntou com um sorriso lascivo brotando em seus lábios. Ele está usando uma camiseta de algodão branca e calça jeans escura, minha combinação favorita em um cara. Seus tênis parecem que já tiveram a sua parcela de uso há muito tempo. Ele é provavelmente o tipo que se entrega em meia dúzia de esportes sexuais antes do café. Aposto ele é algum tipo de pervertido viciado em adrenalina. Deus sabe que ele está bombeando a minha.
Ele me bebe com um olhar cheio de carícias, despindo-me com aqueles olhos de celofane azul. Imaginando tudo que poderia fazer comigo, mentalmente ele já me curvou sobre a home plate**, eu posso dizer.
- Você sabe, "Perguntas". — Eu digo. — Coca-Cola ou Pepsi, homem ou mulher, dentro ou fora. — Não tenho certeza se salpicar a conversa com insinuações é a melhor ideia, embora isso mais provavelmente seja sua língua nativa. Eu olho através dele para a multidão, tentando me distrair do fato de que ele é ainda mais alarmantemente bonito de perto do que era do outro lado da sala.
- Dentro ou fora? — Ele diz, sedutoramente. — Definitivamente dentro e com certeza do sexo feminino. — Ele diz isso num sussurro quente bem perto do meu ouvido e rasga um incêndio através das minhas entranhas, despertando algo em mim em um nível primitivo. Sua voz ressoa acima da música estridente e meus olhos fecham involuntariamente com a quase proposta.
Merda. Eu sobressaltei com meus sentidos e examinei a sala em busca da ingênua que eu poderia ser movida a estrangular uma vez que localizasse. É meu primeiro dia aqui em Garrison e já desembarquei em alguma festa de fraternidade hospedada pelo filho da melhor amiga da minha mãe, na Alpha Sigma Phi, com minha bagagem no canto ainda fresca do aeroporto.
O Adonis empurra um sorriso para fora e um par de profundas covinhas aparecem, deixando-me indefesa.
Juro por Deus, estou a cinco minutos de puxar o Sr. Coca-Cola ou Pepsi para o canto e juntar meu corpo contra o dele. Não que eu já tenha feito isso antes, nem jamais tenha estado motivada a fazê-lo. Mas depois de um longo dia de viagem e com paradas de 4 horas em saltos de 12 centímetros, sexo espontâneo não parece tão ruim.
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Alguém Para Amar - VONDY HOT
Literatura Feminina+16 anos O que acontece quando duas pessoas que não acreditam no amor caem loucamente no mais belo relacionamento que jamais poderiam imaginar? Um desastre de trem. Quand,o aos vinte anos, Dulce cruza o país para a Universidade de Garrison, a últim...