~ Dulce
Cama?
Eu observo como a lua está sobre a água como uma amante, as ondas do mar com seu estranho brilho luminescente. Christopher nos leva por uma escura estrada deserta com cortinas de pinheiros eretos em ambos os lados. Ele está me levando para um local ainda não divulgado, no qual ele alegremente confessou que abriga seu colchão. E tenho certeza de que depois que ele fizer do seu jeito comigo, há uma boa chance de que vá desmembrar meu corpo.
Não posso acreditar como sou estúpida por entrar em um carro com um estranho. Dizem que nunca devemos deixar um sequestrador nos levar para um segundo local, não que eu tenha tecnicamente sido sequestrada, já que voluntariamente entrei no veículo. Embora, em minha defesa, muito sequestrados foram arrastados para o banco do passageiro sob o pretexto de hambúrgueres e batatas fritas.
Dirigimos para fora da civilização, tal como eu suspeitava, e em um buraco negro que eventualmente conduz a um aviso que diz "Carrington County", depois outro aviso menos proeminente "Pousada Elton House".
— Minha mãe dirige o lugar. — Ele disse quando paramos. — Foi herdado do meu avô.
Os músculos de sua mandíbula apertam enquanto ele inspeciona a alta estrutura amarela. Viramo-nos para baixo numa ramificação paramos em frente a uma pequena casa de tijolos escondida atrás do "Pousada Elton House".
— Tenho um quarto extra. O banheiro não tem tranca, mas prometo que não vou antes de intrometer-me, talvez. — Ele dá um sorriso diabólico antes de parar o motor. — O quarto é seu se quiser e pelo tempo que precisar.
— Obrigada. — Eu acho. — Mas não tenho dinheiro para o aluguel. — Eu confesso. E tenho de certeza que minha bolsa de estudos não cobre ter um caso com garotos anormalmente bonitos. Mas acho que uma noite não vai doer. Ele parece são, na maior parte. Embora, não tenho certeza se poderia evitá-lo se ele decidisse me atacar. Terei que dormir com um estilete pronto, no caso de necessitar colocar um olho para fora.
— Tudo bem. Vou deixar você cozinhar para mim o café da manhã em troca de casa e comida. — Ele diz isso como se fosse a refeição em questão. — Vamos dizer que estaremos quites.
Eu o sigo até a pequena varanda enquanto ele arrasta minha mala. O ar está gelado como uma brisa do Ártico, fazendo uma nuvem se formar em torno de nossas cabeças a partir do simples ato de respirar.
Christopher brilha com o halo de pó branco ao redor dele e dou um sorriso travesso ao pensar sobre o que pode acontecer hoje à noite.
Ele abre a porta e acende as luzes antes de dar um passo atrás para a varanda.
— Damas primeiro. — Ele acena para eu entrar.
É limpo lá dentro. Uma grande sala se abre para uma cozinha cheia de aparelhos inoxidáveis e piso de madeira escura. Sinceramente, esperava encontrar um cachimbo colossal centrado na mesa como um vaso ou possivelmente um laboratório de metanfetamina surgindo da pia. Mas, para minha surpresa, não há nenhuma evidência de atividade criminal.
— Bom! — Eu digo enquanto vou para o sofá em forma de U. — Obrigada por me deixar dormir no seu sofá.
— Você não vai precisar. Tenho uma cama com seu nome nela. — Suas sobrancelhas se arqueiam com um ar de sedução enquanto ele me conduz a um pequeno quarto com uma cama enorme. Há uma cômoda de madeira no canto. Parece inofensivo. Nada que implicasse em comportamento depravado, sem sinal de corda ou fita adesiva, de modo que eu já me sentia melhor.
— Estou neste aqui. — Ele acende as luzes na porta ao lado, revelando uma cama desfeita com um rio de meias migrando para o chão. Há uma caixa de pizza abandonada sobre a mesa de cabeceira, com um bando de embalagens de doce espalhado sobre ela.
Vejo que suas conquistas noturnas deixam-no faminto e sua necessidade de petiscos à mão superam qualquer preocupação que possa ter quanto à nutrição.
Um par de correntes balança de sua cabeceira e meu estômago dá uma guinada com um nível anormal de excitação, ou medo, talvez ambos.
— Banheiro. — Ele acena atrás de mim. — Vou acender o fogo e aquecer o lugar. O aquecedor está quebrado, mas vou consertá-lo. — Christopher se inclina no batente da porta e examina-me com um hábil rigor. Seus olhos bloqueiam sobre mim e a dica de um sorriso devasso aparece em seus lábios.
Deus, ele é lindo! Tenho certeza que um cara como esse e uma cama a menos de dez metros de distância é uma combinação perigosa.
— Então, o que você acha?
— Hum... — Temo ter perdido uma batelada de pistas que teriam propiciado uma transa sem compromisso mais experiente com o direito de testar o colchão de molas. — Acho que é bom da sua parte deixar-me passar a noite. — Sério? Bom da sua parte deixar-me passar a noite? Tenho certeza de que essas palavras nunca foram proferidas sob este teto antes. Na verdade, aposto que gentilezas como por favor e obrigado só foram gritadas sob coação sexual nesse covil depravado, carregado com correntes e pizza velha.
Ele nos leva de volta à sala e sento no tapete de pele de carneiro logo abaixo da lareira. Não sou detetive, mas posso deduzir que essa carcaça peluda na qual me sentei viu muita coisa séria no departamento "sujo como o pecado". Embora, agora mesmo, eu esteja com tanto frio que realmente não me preocupo com o questionável estado contaminado da referida criatura morta. Estou tão fria que poderia realmente pular no fogo apenas para descongelar.
Algumas chamas acendem na pequena abertura e a sala ganha um brilho rosado.
— Obrigada. — Sussurro quando o calor enrola em torno de mim.
— Qualquer coisa para você. — Ele rosna com um sorriso perverso cobrindo seus lábios. Christopher se senta ao meu lado. Assistimos o fogo lamber o ar com suas luxuriosas línguas bifurcadas, enquanto tento supor a definição de "qualquer coisa" e no que isso pode acarretar.
— Então, o que aconteceu no verão passado? — No caso dele pensar que minhas partes de garota possam ser um bom repositório para o crescente endurecer em seu jeans, pensei em jogar na vaga a menção de sua ex. — Dizem que foi muito desagradável. — Eu me preparo para a tragédia pouco romântica que está prestes a se desenrolar. Estou pensando que seios nus de alunas estão envolvidos.
— Só um rompimento. Mas todo mundo teve um desses, certo? — Ele bate no meu sapato com o seu e foge. As veias grossas em seus braços sobressaem como cabos e seus músculos incham sem uma boa razão. Isso me faz querer tocá-los e ver como se parecem.
— Nenhuma separação ruim para mim. — Eu sussurro. — Se você não der o seu coração, você não pode tê-lo quebrado.
Seus olhos pálidos travam nos meus. Ele segura meu olhar, forte como aço.
~
Perdão meu sumiço, um familiar estava hospitalizado, estava sem tempo e sem cabeça de vir aqui.
Mais tarde posto mais pelos dias que fiquei sem postar
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Alguém Para Amar - VONDY HOT
ChickLit+16 anos O que acontece quando duas pessoas que não acreditam no amor caem loucamente no mais belo relacionamento que jamais poderiam imaginar? Um desastre de trem. Quand,o aos vinte anos, Dulce cruza o país para a Universidade de Garrison, a últim...