4. Right when I think that we found it

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[N/A] Leiam as notas finais por favor, é muito importante dessa vez!

 

Mandei uma mensagem para Roberto avisando que não precisava me buscar pois eu já estava indo embora. Ainda chovia, mas pouco dessa vez. Passei pela rua do acidente de ontem e eu me arrepiei todo, como um dia pode acontecer tanta coisa e no outro nada e as pessoas esquecerem facilmente.

Abracei o livro conta meu peito para ele não molhar e continuei meu caminho. Quando cheguei na entrada da casa Saulo estava na estrada limpando as folhas caídas da grande árvore que ficava ao lado esquerdo do portão.

- Veio andando nessa chuva? - ele vestia uma capa preta de plástico e usava galochas brancas - Pelo menos está bem vestido.

- E com um guarda chuva, já você...

- Essa capa é boa menino, não a subestime, - ele sorriu e eu fui entrar - Carolini está na sala conversando com sua tia.

Isso foi um aviso.

- Por que ela não gosta de mim?

- Ela não deve gostar nem dela mesma... - ele arregalou os olhos - Não conte para ninguém que eu falei isso em voz alta.

- Fica calmo que eu não irei falar para ninguém. - comecei  a rir.

Cheguei na posta da entrada principal, olhei para a porta de madeira com detalhes de ferro preto. Eu não queria entrar por aqui, não mesmo.

Dei a volta para entrar pela cozinha, deixei minha galocha encharcada ao lado da porta, junto com o guarda chuva. Cíntia não estava ali e então fui a geladeira e peguei um garrafa de água e fui em direção ao meu quarto.

- Tio, você nunca contou para ele? - a voz de Caroline saiu ríspida.

- Isso não é uma coisa que se fala para um filho... - Tia Marilda falou com desdém.

- Caroline, - eu pai - querida, isso não se deve falar. Eu não acho que Harry iria gostar de saber sobre isso.

- Mas se você contar talvez ele perceba o que fez e mude seu modo de agir.

O que essa idiota estava falando? Ela me trata mal desde que eu me entendo por gente  e vem falar que eu tinha que mudar meu modo de agir? Meu sangue estava fervendo, essa maldita.

Entrei na sala furioso, joguei minha mochila no chão e os três seres humanos me olharam assustados. Meu pai se levantou e eu apontei para ele se sentar. Encarei Carolini friamente e cheguei mais perto dos sofás.

- Você pensa que é quem?

- O que?

- Eu ouvi o que você falou sua desnaturada!

- Tia! - ela exclamou encarando Tia Marilda.

- Harry, se acalme, por favor. - meu pai se levantou novamente e tentou encostar em eu braço, eu me esquivei e cheguei mais para o lado.

- Você me trata igual um idiota desde que eu me entendo por gente e acha que tem o direito de falar que eu tenho que mudar meu modo de agir? Ponha-se em seu lugar sua patricinha de uma figa!

- Não vou aceitar que fale comigo assim... - ela se levantou e veio em minha direção.

- Vai fazer o que? Me bater até eu mudar meu modo de agir?- falei a última frase com ironia - Você não sabe nada da vida, você não sabe dar valor a nada, você pensa em você e em destruir a moral dos outros.

Cíntia e Saulo estava na posta principal observando tudo. Tia Marilda continuava sentada e observava tudo em silêncio.

- Não foi eu que destruí uma relação e uma família!

one last chance // harryelouisOnde histórias criam vida. Descubra agora