23. Nobody sees, nobody knows

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Love you all!!


Eu estava em uma avenida, mas não havia ninguém andando nos passeios ou carros no asfalto, estava vestindo calças jeans e uma blusa preta e um sobretudo bege, encarei-me na vitrine de uma loja de donuts e meu cabelo estava penteado em um topete.

Encarei o passei e vi Louis em minha frente.

- Louis... – corri e o abracei – O que você está fazendo aqui?

- Eu sempre estive aqui.

- Como assim? – o encarei e ele sorria, eu senti falta de seu sorriso.

- Harry sempre iremos nos encontrar, isso nunca irá mudar?

- Epsera, isso é um sonho?

- Isso é um preparo, é como se fosse um aquecimento.

- Do que você está falando? Me fale como eu posso te encontrar.

- Você não pode me encontrar, temos nos encontrar.

- Vou ficar mofando esperando você surgir na minha frente? Louis...

Ele sorriu novamente e abriu um guarda-chuva preto, encarei o céu e não estava caindo um pingo d'água sequer, voltei a encará-lo e ele havia sumido.

- LOUIS! – gritei com raiva – LOUIS, VOLTA AQUI!!

Começou a chover, uma chuva forte e densa, que merda!

- LOUIS... – me ajoelhei no passeio – Eu preciso de você...

Acordei somente pela manhã graças ao meu celular, eu ainda tenho uma vida, eu tenho que ir para escol... Faculdade! Harry, você vai a faculdade, não a escola! Me levantei e fui em direção ao banheiro, já me despindo, precisava tomar um banho, precisava me acalmar.

Quando sai já para ir para faculdade, tia Marilda me pegou pela mão e me levou em direção ao seu escritório. Assim que entramos e ela fechou a porta.

- O que foi? Eu tenho aula daqui a pouco...

- Hoje é sábado Harry, - ela se sentou atrás de sua grande meda de madeira – tem certeza que tem aula hoje?

- Oficina de literatura, - respirei fundo e sentei-me na cadeira em frente a mesa - tenho certeza sim, pode ir direto ao ponto então?

- Queria lhe explicar algumas coisas... – ela me encarou esperando alguma resposta, mas eu só continuei encarando-a – Então, quero deixar claro que ninguém daquela realidade vai se lembrar de você os procure.

- Era isso? Eu já imaginava, posso ir?

- A não ser aqueles que você já conhecia antes, como Camila, Lauren e o bombeiro.

- Eu só vi o Sr. Payne uma vez na minha vida... Quero dizer, nessa vida, você me entendeu! Posso ir?

- Por favor, não faça nada arriscado.

- Só vou viver a minha vida, - me levantei da cadeira e fui em direção a porta, quando fui fechá-la novamente encarei minha tia – e eu espero que eu tenha um pouco de paz.

Fui caminhando para faculdade, eu nem ao menos passei pela cozinha ou fui pegar minha bicicleta, eu queria um pouco de distância de todos daquela casa, eu queria respirar um ar puro, livrar minha mente daquela confusão mental que aquela casa estava me trazendo.

Quando cheguei no sala onde teríamos a aula Camila veio ao meu encontro e me abraçou, sorri o máximo que pude, ela não tem nada a ver com meus problemas, não posso jogá-los encima da menina.

- Como está sendo seu dia? – ela me perguntou enquanto subia na cadeira para poder sentar-se à mesa, doida.

- Tudo normal...

- Tive um sonho muito estranho, e você estava nele... – encarei a menina, curioso – Estávamos de volta á escola, e eu te conhecia, você namorava um cara jogador de futebol, foi uma confusão.

- Sério? – fiz a minha melhor cara de espanto.

- Sério, foi muito estranho, mas engraçado... Queria poder viver uma vida paralela igual a do sonho.

- Eu também... – falei um pouco mais baixo, percebi que professora escrevia algo na lousa branca e peguei meu celular para fazer as anotações.

- Vamos sair depois da aula?

- O que tem em mente? – falei sem encará-la, eu digitava freneticamente ao celular tentando anotar tudo que a professora falava e escrevia.

- Sorvete, deitar na grama, dormir, ler um livro...

- Se o livro não for escrito em latim, eu topo.

- Porque eu iria ler um livro em latim, - ela riu e voltou a anotar em seu caderno algumas coisas – você é meio maluco.

- Nunca se sabe, não é mesmo?

one last chance // harryelouisOnde histórias criam vida. Descubra agora