Capítulo 10

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JUNGKOOK 

  Assim que a porta do escritório é aberta me deparo com aquele homem do restaurante ridículo, bem confortável no sofá,  melhor dizendo jogado no sofá com os pés na mesinha de centro.

—Olha que interessante, está confortável? – ele sorri sem graça ao nos ver entrar e se levanta rapidamente.

—Sinto cuido senhores, sabe com é dor nas costas – me mantenho sério sobre seu sorriso amarelo de desculpas, que não durou muito em seu rosto – Bem… O senhor não sabe o quão surpreso eu fiquei em saber que o senhor aceitou minha proposta – finalmente sorrio.

—Imagina eu quando um dos meus funcionários ficou insistindo por aquele lugar mal acabado – voltei a ficar sério olhando para Kai ao meu lado.

—Há há! Por que não sentamos? – Kai diz ao meu lado. Me direciono para trás de minha mesa, sentado na cadeira enquanto Kai e aquele homem sentam à minha frente e Jimin em pé do lado da mesa.

 Basicamente a reunião se tratava sobre o contrato e infelizmente para mim tenho que estar presente nesse tipo de reunião todas às vezes. Estava tudo ocorrendo muito bem, Kai tinha conseguido encontrar outro cliente nosso que se interessou pelo local e irá comprar por um preço bem favorável para nós, ainda teria que entregar o estabelecimento em perfeito funcionamento, entretanto  parece que ele já resolveu sobre isso também e a questão do dinheiro vou estar perdendo muito menos que eu havia calculado. Kai conseguiu arrumar um jeito para tudo sem muitos problemas, não pude evitar sorrir rendido que dessa vez ele conseguiu ganhar de mim.

Estávamos prestes a assinar os papéis para fechar o contrato até aquele idiota decide abrir a boca.

—Desculpe mas eu não posso assinar – diz colocando a caneta em cima dos papéis – O preço é muito abaixo para o restaurante da minha família.

—Que!? – Kai praticamente grita ao seu lado, depois de me olhar como se estivesse tentando adivinhar o que passava por minha cabeça, enquanto a mim só me permito observar até onde todo aquele showzinho vai.

—Sei que meu restaurante está um pouquinho bagunçado, mas eu tenho certeza que vale mais do que estão me oferecendo – é difícil dizer se ele está falando sério ou não nesse momento. Acho que ele sequer sabe que está compra tá por um fio de não acontecer.

—O senhor não deu certo – a cada fala do meu amigo ele divide seu olhar entre mim e o homem, nesse momento o moreno parecia que iria ter um preço a qualquer momento – Nós conversamos várias e várias vezes sobre o preço até chegarmos em um acordo.

—Sei o que parece mas eu tenho muito apego com ele – suspiro já de saco cheio daquela conversa que aquele ponto havia levado toda a manhã, consegui ver Jimin começava a mexer suas pernas ficando com dor nos pés de ficar tanto tempo em pé, já tá na hora de terminar com isso.

—Entendo, mas… 

 Levanto um das minhas mãos indicando que ele parasse de falar, assim Kai faz se indiretando no assento.

—Nós deixe a sós – ele se levanta sem retrucar nada, atrás dele estava Jimin o seguindo para fora – Você fica Jimin – o escuto suspira, dando meia volta e para sua posição original – O senhor não acha que está se excedendo muito meu limite de paciência?

—O senhor tem que me entender meu pai...

—Sim, sim! Seu pai doente, seria lamentável se fosse verdade – bebo um pouco do meu café mas desisto, ao sentir o gosto gelado do mesmo, o voltando para minha mesa.

—O que? – tanto ele quanto Jimin falam ao mesmo tempo. Olho para o menor um tanto ou quanto confuso por sua surpresa exagerada, ele se desculpa rapidamente voltando a ser a estátua.

—Normalmente eu evito a investigar clientes, principalmente os pequenos – digo pegando um pasta preta e a abrindo em sua frente – Mas eu queria provar meu ponto a alguém – ele pega a pasta em mãos, vejo seus olhos deslizando pelos papéis – Você convenceu seu pai a assinar uma transferência de posse, passando o tal restaurante que naquela época era bem sucedido em seu nome, como você o convenceu não é o importante agora, assim que conseguiu o estabelecimento alimentou seu vício por jogos de azar, o que colocou sua família em falência e aí sim seu pai passou mal

—Ora seu… – diz roendo os dentes 

—Claro, atualmente está mais forte que um cavalo ou que sua idade permite, mas depois de deserdá-lo por tanto tempo ele quer voltar a ser como antes e esse é dos motivos de você está vendendo o local, para esquecer o passado.

—Você não tem direito de pesquisar sobre minha vida – diz amassando alguns papéis da pasta.

—Não perca seu tempo, isso é só uma cópia – um sorriso de orelha a orelha está estampado em meu rosto.

—Eu posso te denunciar por invasão de privacidade – era bem fácil de perceber o desespero em seu olhar.

—Claro que pode, como eu também posso mandar o original para os jornais anonimamente – encosto na cadeira com um ar de vitória – Me diga qual de nós dois se sairia mal?

—Ora seu moleque – ele se levanta – Quem você pensa que é? – o mesmo avança suas mãos para cima de mim, mas antes que eu ou até mesmo ele pudesse fazer algo, Jimin imobiliza seu braço direito para trás de suas costas, impedindo que ele chegasse muito perto.

—Senhor sugiro que a partir de agora se comporte de forma respeitosa – o menor diz formando mais seu braço, pela sua cara imagino que esteja doendo. Não demorou nada para ele confirma implorando que Jimin o largasse, assim ele fez voltando a ser uma estátua só que dessa vez bem do lado daquele homem estupido.

Tivemos mais uma longa conversa sobre o acordo, ele se manteve mais calma depois da pressa do Jimin, então mesmo com a demorada conversa chegamos a um consenso, o homem foi embora com o dinheiro e eu com a restaurante maldito.

—Então você luta? – pergunto ao menor assim que ficamos a sós – Acho que no final eu estava sendo tratado até que bem.

—Não pesquisou sobre mim? – depois de horas ouvindo uma única voz, a voz do Jimin chega a parecer até mesmo um melodia.

—E por quê eu faria isso? Prefiro ouvir de você mesmo – ele se manteve calado me encarando – Até porque eu gosto de ouvir sua voz, principalmente de manhã.

—E eu achando que você estava falando sério – revira os olhos – Tenho outras coisas para fazer, então…

—Nem sempre as pessoas verdadeiras contam verdades ou as mentiras contam mentiras – o menor se aproxima da minha mesa confuso.

— Há uma coisa que eu não entendo, ele estava tentando se reconciliar com seu pai, então por que isso? 

—Porque nada que sai da boca daquele homem é verdade – abro a primeira gaveta a minha esquerda, pego um pen-drive e estando para ele que pega sem pensar sua vez – Ele está devendo a um agiota e o dinheiro que ele saiu daqui hoje, não é o suficiente, provavelmente vai roubar do pai de novo.

—E o que eu faço com isso? – perguntando olhando para o pen-drive.

—O que você quiser, seu que ainda tem um coração e vai fazer o que achar melhor – fecho a gaveta – Mas no momento o que acha de ir almoçar? Já se passaram a uma hora, pode se retirar para almoçar – o vejo sair com o olhar fixo no pen-drive que dei a ele.

meu ex-namorado milionário {PJM&JJK}Onde histórias criam vida. Descubra agora