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__Não revisado__

Se quisesse fazer algo de util durante o dia, teria de dar um tempo nos pensamentos e ir me preparar para tudo o que pudesse se fazer presente. Nada deveria ser visto como uma surpresa, mas a espera por acontecimentos melhores, era sempre a esperança por trás desta data.

Com tudo o que se passou, essa era a segunda vez em que mamãe se dbbabgbbecidia pnntor não comparecer ao túmulo da filha. Ela não era alguém que conseguia se desapegar muito fácil, mas enfim havia entendido que suas preces não eram o suficiente para trazer minha irmã de volta. Sua presença durante boa parte da tarde, não era mais um marco para o vigésimo segundo dia do segundo mês ano. Assim como Alana deveria fazer, mamãe enfim optava por se dar uma nova oportunidade, uma sequência para o que aindagt possuía para viver.

Mesmo que se entregar ao martírio da dor não fosse mais o afazer de alguns, ainda existia uma pequena parcela de sentimentos que precisava ser alimentada. E apesar de tudo, faço parte da pequena percentagem que se sente na obrigação de fazer mais do que apenas se lembrar do significado por trás do dia de hoje, e por isso iria fazer o de sempre. Imitando os Passos de Alana, também me faria presente ao cemitério da cidade, também me colocaria frente a sua foto para um curto dizer de palavras. Me sentia muito bem fazendo isso, me sentia um pouco mais ligada a ela. De forma indireta, era uma maneira de manter sempre vivas, cada uma das lembranças que possuo ao seu lado.

Com as chaves em mãos, deixei o quarto em um horário até razoável. Iria me juntar aos meus pais para a primeira refeição do dia antes de me locomover pelas calmas ruas da nossa cidade, andava tudo muito monótono de uns tempos pra cá. Agradecia por isso.

– Confesso ter pensado que já não estivesse mais em casa - papai comentou no exato momento em que me fiz presente entre eles, nem mesmo tive tempo de os cumprimentar. Então me limitei ao breve sorriso enquanto puxava uma cadeira para me sentar - Como voce está, filha?

– Estou bem pai, não é mais um grande choque para ninguém. Ainda sinto a falta dela, mas nossas vidas seguir independente disso, assim como um amigo me disse uma vez - eram duras as palavras, sentia ter que dize-las. Porém, era algo necessário, algo verídico. Não haviam como me refutar, e por isso o silêncio se instalou. Concordavam comigo, mas não diriam em voz alta. Os conheciam demais para ter essa certeza.

– Irá nos dizer qual de vocês receberam o alerta anual de Alana? - mudando um pouco a direção do assunto, mamãe jogou uma questão interessante para o momento, então busquei o celular para ter alguma certeza.

Apesar de todo o acerto e o passar do tempo, ainda não consegui me acostumar com essa versão da mamãe. A sua preocupação com a neta é algo muito comum, mas quando direcionada a Alana, possuí a tendência de me surpreender até os dias de hoje. Para mim, é dificil olhar e abraçar toda essa mudança como se um passado amargo não moldasse sua história. Eu mesma precisei abrir os meus olhos para não cometer erros dos quais jamais iria me perdoar, e o fiz com a minha irmã em vida. Por ela, me pus na posição de cada uma delas e vi que não poderia fazer melhor. Se o sentimento existente ali trabalhava em conjunto com o conhecimento que possuíam uma sobre a outra, o desfecho final era inevitável. Todas as simulações que consegui fazer, em todas elas, uma a uma aquela finalidade vinha se materializando. Não há como mudar o seu destino, não podemos lutar contra ele. Ellen acreditava nisso, e agora eu vejo o porquê.

– Seguindo o ocorrido do ano passado, mãe. Não acredito que possamos receber um chamado seu tão cedo, mas espero poder encontrá-la em breve. Quero muito poder esmagar Alice em um abraço apertado - cedendo uma resposta para a sua questão, um sorriso brincou em meus lábios junto ao comentário sobre a pequena Amorim, a caçula da família. Tão bela quanto às mães, ela tem adotado para si o lado sapeca e divertido de Alana. Ellen estava certa, ela é uma mãe incrível. Mesmo quando se ausenta, não deixa de garantir todas as necessidades da filha - Se me derem licença, possuo algo importante para fazer. Não precisam me esperar para o almoço.

Nova Etapa da Vida [ Hiatus ]Onde histórias criam vida. Descubra agora