|CONCLUÍDO| Condenada | Os Hard III

Cap. 13 ALYSSA

Encaro o celular em pânico, não podia recusar a ligação dele, Damon não desistirá até ouvir minha voz. Tenho certeza disso!

Sim, estou sendo ingênua e burra ao aceitar embarcar com Tom para o Brasil, porém, fiz uma promessa de ajudar ele e irei cumprir. Mal posso esperar, pelo momento em que anunciarei nossa separação.

Minha vontade, é esfregar na cara dos meus pais, o quanto Tom é um babaca, mas isso não adiantaria de nada.

— Oi amor, sei que já é tarde, mas precisava ouvir sua voz  — Ele fala, ansioso.

Sorrio, sabendo que, ele é o melhor que já me aconteceu em anos.

— Oi amor, também queria ouvir sua voz — exclamo nervosa, tentando não demonstrar — Como foi o jogo?

Atenção, senhores passageiros, última chamada para o voo com destino a Austrália...

Ai droga!

— Você está no aeroporto? — Pergunta, já sabendo a resposta — Alyssa? O que está acontecendo?!

Fecho os olhos, antes de falar.

— Desculpe Damon, mas estou no Brasil.

— Alyssa... você falou que ficaria longe dele!  — Damon não levanta a voz, porém, preferia que houvesse feito  — Por que escondeu isso de mim? Quando falamos ontem, já estava viajando, certo?!

Não respondo, não havia defesa para isso.

— Ei, Damon? Precisamos ir para a coletiva — Ouço alguém dizer.

— Sinto muito, mas fiz uma promessa e ele não me deixaria em paz até fazer isso — Respiro fundo, tentando não desmoronar — É a última vez que estarei em contato com ele, depois, podemos anunciar no jornal que estamos juntos.

— Não sei o que dizer — Meu peito dói.

Damon está chateado e não posso culpa-lo.

— Confia em mim, por favor — imploro ficando desesperada.

— Preciso ir!  — Fala, desligando.

Encaro o celular em choque, ele desligou na minha cara.

— Estou com as malas. Vamos?! — Tom diz, parando ao meu lado.

Ele faz menção de tocar no meu braço, porém, me afasto.

— Vamos — Concordo, andando para a escada rolante.

Tom me alcança.

— Você está bem?

Não o encaro.

— Vou ficar, assim que esse acordo acabar.

Duas noites atrás, Tom estava em frente ao meu apartamento, no dia que voltei da casa do Damon. Ele pediu desculpas, prometeu nunca mais fazer algo parecido, implorou para que o ajudasse e me entregou as passagens de ida e volta, caso quisesse voltar antes.

Eu fiz uma promessa a ele e iria cumprir até o final, para que depois, eu possa curtir minha vida em paz.

O plano é participar do jantar de negócios com os empresários e da festa de encerramento da feira, mais conhecida como Exposec.

Apenas isso!

Conseguir um táxi, ao meio dia, em São Paulo foi difícil. Por isso, Tom insistiu para que comêssemos no restaurante do aeroporto, antes de seguir para o hotel, uma vez que passamos quase um dia viajando.

Eu não queria estar ali, ele sabia e mesmo assim, agia como se nada tivesse acontecido, se aproveitando do anel no meu dedo.

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