Cap. 37 ALYSSA

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O plano seguia de acordo com o combinado!

Na noite anterior, Chris repassou comigo as possíveis perguntas de Tom e como deveria reagir em determinadas situações.

— Lembre-se: Tom é imprevisível, mas odeia ser rebaixado, então, não o ataque, deixe que ele se entregue sem esforço.

Encaro Leon, ele aperta os lábios e balança a cabeça em concordância.

— Deixe ele achar que está no comando, seja a mulher frágil, esgotada, que não aguenta mais lutar — As palavras dele flutuam no ar, enquanto minha mente vagueia pela sala, analisando cada rosto preocupado.

Bea, Cassie, Damon, Chris, Leon e Angelis estão sentados ao meu redor, apoiando a ideia suicida.

Sorrio para Angelis, ela me ajudou a pegar o anel de noivado, este que está em meu dedo e brilha como se fosse o próprio sol.

— Alyssa! — ela exclamou no corredor do hospital, três noites atrás — Você está bem? De verdade? — pergunta fazendo uma vistoria em meu corpo.

— Estou sim! De verdade! — asseguro, sorrindo para deixar a situação mais leve do que realmente é.

Angelis me abraça com força, como se nunca mais fosse fazer isso.

— Sinto muito por duvidar de você, sinto muito pelo seu bebê, sinto muito por tudo que a fiz passar desde que entrou na vida do meu irmão! — ela exclama baixinho, a voz um pouco embargada.

Afasto para olhar seu rosto.

— Angelis? Você estava protegendo seu irmão, eu faria o mesmo pelos meus! — confidencio — Vamos deixar o passado no passado, ok?

Ela balança a cabeça concordando.

— Aqui está o que me pediu — diz, colocando a caixinha na minha bolsa — Quer ouvir uma coisa legal? Ajudei Damon a escolher o anel.

— ... Alyssa? Está ouvindo? — a voz de Leon me trás de volta.

— Sim — exclamo enquanto os amigos dele escondem escutas pela minha roupa, sapato, bolsa e telefone — Tem certeza que ele não vai procurar?

A equipe de seguranças e os especialistas em TI me encaram.

— É uma possibilidade, mas essa tecnologia é bem avançada e difícil de ser detectada. Vamos rezar para que ele não seja tão esperto — a agente diz, me deixando mais nervosa.

Damon se aproxima, segura minha cintura, seus olhos estão cheios de amor e encorajamento.

— Não se esqueça: Eu amo você e estrei aqui esperando quando voltar! Por favor, retorne para mim sã e salva, não faça nada que a coloque em risco. Não aguentarei viver nesse mundo sem você!

Engulo em seco, escondo o rosto no ombro dele, obrigando as lágrimas a não caírem, não havia tempo para refazer a maquiagem. O cheiro do perfume misturado com a loção pós barba invade meus sentidos, lembrando de toda nossa trajetória até aqui.

— O carro chegou! — alguém anuncia.

Me afasto devagar, sustentando o olhar de Damon, sorrio antes de falar:

— Eu vou voltar, prometo!

Ele me beija apaixonado, então, me deixa ir.

***

Não há sinal do Tom no carro, apenas um motorista.

— Boa noite senhorita, a levarei até o Sr. Benson.

|CONCLUÍDO| Condenada | Os Hard IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora