Cap. 5 DAMON

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No momento em que Alyssa revelou ser Jornalista, eu deveria ter me afastado. Meu medo é ela querer escrever sobre minha família, cavar o suficiente e descobrir o quão podre ela é! Não posso permitir que meus irmãos sejam expostos dessa forma! Eles não merecem.

Entretanto, eu não conseguia me afastar dela. Alyssa é bicho solto, assim como eu, não quer um relacionamento e está disposta a aproveitar o que temos, pelo tempo que durar.

— Você ligou? — a voz dela é sonolenta, um pouco rouca.

Aperto a alça da mala, enquanto atravesso o saguão do aeroporto.

— Oi linda, desculpe acordar você — exclamo indo para a escada rolante — Só queria avisar que estarei fora da cidade por alguns dias.

Alyssa faz um barulho indicando estar sentando na cama.

— Aconteceu alguma coisa? — indaga preocupada.

Penso antes de falar.

Bea ligou durante a noite, Henrique está muito ruim e talvez não passe dessa semana. Pedi dispensa dos treinos para visitar ele, mesmo a contragosto.

— Meu pai — revelo por fim — Está no hospital.

— Ah, sinto muito. — diz solidária — Posso fazer alguma coisa?

Sim! Poderia ir comigo até Sydney para enfrentar meus irmãos e aguentar essa situação.

— Não linda, mas obrigado — Suspiro.

— Damon? Sei que não estamos nesse nível, mas se quiser um ombro amigo...

Sorrio, notando olhares curiosos e de reconhecimento.

— Não posso pedir isso, Alyssa. E você, não vai querer entrar no drama dos Hard.

Apresso o passo, não querendo parar para dar autógrafos. Isso despertará a curiosidade dos jornalistas e logo estará nos jornais.

— Talvez eu queira, Damon. — ela suspira baixinho — Aposto que os Campanella são piores que os Hard.

Solto uma gargalhada baixa.

— Impossível! — O portão de embarque para Sydney está sendo aberto, entro na fila — Ligo para você mais tarde.

— Damon?

— Hum?

— Tenho muitas milhas, não hesite em me chamar. — diz enfática.

— Obrigado linda.

Encerro a chamada, mantendo a conversa no pensamento por algum tempo. Espero não chegar ao ponto de chamar Alyssa.

***

— Oi prima — Puxo Beatrice pra um abraço forte. — Senti saudades.

Ela retribui o abraço, fungando baixinho.

— Também senti! — Bea se afasta e bate no meu braço — Seu desnaturado, nunca mais fique tanto tempo sem me visitar!

Não controlo um sorriso.

— Não vou, prometo! — Abraço ela novamente.

— Tem certeza que não quer ficar lá em casa?

Sigo ela em direção ao carro

— Reservei um quarto perto do hospital — explico, não pretendo demorar na cidade — Vou visitar ele e depois resolvo o que fazer.

Bea não responde.

Seguimos em silêncio até o hotel, não havia o que falar.

— Damon? Você vai no leilão, certo?

|CONCLUÍDO| Condenada | Os Hard IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora