Cap. 29 ALYSSA

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Três meses se passaram desde que a matéria saiu, de lá para cá, recebi muitas ofertas de emprego, estou morando em um lugar só meu e meu namorado não mede esforços para me ver feliz.

Mas, eu não conseguia parar de pensar que Tom aprontaria alguma coisa a qualquer momento. O silêncio dele está me deixando louca, quase não durmo direito, preocupada com a minha nova família. Meus pais cortaram contato, os únicos que acreditam em mim e me apoiam são os meus irmãos.

— Hey, irmãzinha — Caleb fala animado — Estou indo para Sydney, posso ficar na sua casa?

— Posso ir também? — Trevor aparece na chamada de vídeo — Sydney tem muitas gatinhas...

— Estou indo a trabalho, Trevor! Não vou bancar a babá! — Caleb diz, fingindo irritação.

— Não preciso de babá!

— O que estão fazendo? — Hunter entra no quarto — Oi irmãzinha — Ele aparece em meu campo de visão, sorrindo.

— Vocês três, podem vim, estou com saudades! — exclamo nostálgica — Damon vai amar conhecer vocês, ele tem entradas para alguns jogos de basquete.

Meus irmãos se entreolham.

— Você está feliz? — Hunter pergunta, muito sério — Ele faz você feliz?

Engulo em seco, eles nunca foram protetores comigo.

— Sim — minha voz embarga um pouco — Damon é tudo que eu sempre quis.

— Olha, sei que não fomos os melhores irmãos do mundo, mas quero que saiba que amamos você e se o Damon a faz feliz ... — Trevor respira fundo, antes de concluir — Ele é bem vindo a família.

Controlo as lágrimas para não chorar, tanta coisa aconteceu nos últimos anos e ouvir aquilo deles, sempre pareceu algo impossível.

— Amo vocês tanto — falo fungando — Papai e mamãe também, apesar de eles não enxergarem o quanto Tom é tóxico.

— Ele mantém o discurso de noivo traído apaixonado — Hunter me interrompe — Você está tomando cuidado? Ele está aprontando alguma coisa, está quieto demais.

— Estou sim! Damon e os irmãos dele estão cuidando de mim.

Meus irmãos se retraem, sinto a culpa em seus olhares.

— Meninos, preciso ir, mas vou esperar vocês no fim da semana — exclamo animada com a chegada deles — Depois mando a localização da minha casa.

— Amamos você! — eles gritam para o celular antes de eu desligar.

Guardo o celular na bolsa e vou para a garagem, decidi comprar um carro para não depender de ninguém. E por segurança também, para não correr o risco de ser pega de surpresa.

***

— Ainda bem que chegou! — Angelis levanta para me abraçar — Estava preocupada.

— Meus irmãos ligaram na hora que estava saindo — explico sentando de frente para ela — O que você pediu?

— Dois machiattos, sem açúcar e com creme — Sorrio, Angelis se tornou uma amiga nas últimas semanas.

— Ótimo! Estou louca por um café.

— Estive com a Bea ontem, o bebê está crescendo tanto — Angelis sorri, um pouco abobada — Nem parece que ficou semanas na UTI.

Desde que voltou para casa, visitamos Bea apenas uma vez, o bebê ficou por mais tempo. Ela agradeceu por ter ajudado quando passou mal, me acolhendo sem nem me conhecer direito.

|CONCLUÍDO| Condenada | Os Hard IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora