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AVISO! POR FAVOR LEIAM ESPERE E ESPERE PEIMEIRO, RESPEITEM A ORDEM DA SÉRIE PARA PODEREM TER UMA EXPERIÊNCIA MELHOR. 

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Parte Um: 2002

"O que chamamos de começo, muitas vezes é o fim

E terminar é começar

O fim é de onde começamos. "

- TS Eliot, Quatro quartetos, Little Gidding

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Janeiro

Anos. Dividido em meses, em semanas, em dias - em horas, minutos, segundos - em momentos. Simples de um lado, complexo do outro. Na experiência de Draco, momentos, mesmo quando simples, tinha o hábito de se tornarem irrecuperáveis. Os momentos cresceram, se alongaram, se multiplicaram em eras e eras que definiram fizeram inteiras de tempo mensurável. Draco se arrependeu de vários momentos de sua vida, alguns sob seu controle, outros sem: todos eles irrecuperáveis ​​por natureza. A certa altura, preso entre "e se" de sua própria concepção, ele parou de tentar registrar aqueles momentos lamentáveis: de vez em quando, empurrando e puxando, indo e vindo, começo e fim. Os momentos foram apenas momentos para a mesma duração. Depois disso, ele não teve mais controle.

Ele queria que acontecesse algo assim:

Uma batida confiante na porta do escritório de seu pai - uma pausa, apenas por um instante - o suficiente para reconhecer que o Draco havia se transmitido na formalidade disso, antes de entrar de qualquer maneira: equilibrado, claro, muito longe de seu antigo eu tão desesperado pela aprovação impossível de Lúcio Malfoy.

Seu pai reconheceu a mudança; Draco estava na Europa como aprendido de seu domínio de poções por pouco mais de um ano. O tempo cura todas as feridas e outras podridões. Lucius lhe ofereceria um assento e talvez até um gole de algo proibido e caro de sua coleção pessoal. Ele perguntaria a Draco sobre seu domínio com orgulho relutante por Draco ter tomado a iniciativa de se tornar empregável, respeitoso - um membro potencialmente produtivo de uma sociedade que via o nome Malfoy como algo ativamente improdutivo. E tudo isso apesar do fato de que o Draco não precisava trabalhar e nunca trabalharia: não enquanto sua geração, cada gota de seu dinheiro amarrada ao nome da família, continuasse a pagar seu caminho no mundo.

Draco iria compartilhar seus pensamentos com seu pai, mais do que normalmente fazer. Ele iria compartilhar o quão bonito ele achou Sarajevo, como era revigorante ser quase anônimo no dia a dia. Como ele parou de precisar de uma Poção Calmante todas as noites antes de ir para uma cama. Como ele tentou namorar, mulheres que não faziam ideia de seu dinheiro, de seu nome ou da história de sua família. Como o namoro não tinha corrido muito bem, mas a transa tinha sido uma mudança bem-vinda depois de dois anos de liberdade condicional acorrentada à mansão.

E aquele pequeno detalhe, compartilhamento em excesso e um toque inapropriado, bem, isso faria Lucius rir. Ele realmente riria, de um jeito que Draco não ouvia há anos, certamente não desde a guerra, talvez não desde que Draco começou em Hogwarts. O som da risada de Lucius existia - limitado pelo tempo - nas memórias de Draco antes de começar a escola, antes que o rastejar sinistro de uma nova guerra começasse a fazer sua presença conhecida, subindo como bile e manchando o de qualquer risada que poderia ter vindo mais tarde.

Lúcio ouviria, estaria interessado. Ele ainda seria severo, estoico, teimosamente aristocrático na maneira como se sentava com as costas retas e a expressão treinada. Mas em algum lugar atrás de seus olhos cinzas, uma imagem quase no espelho do próprio Draco, seria um vislumbre da figura paterna que Draco desejava tão desesperadamente agradar, impressionar, imitar com cada gota de magia em seu sangue, carne e ossos.

Começo e Fim/ Beginning and End (TRADUÇÃO PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora