Saio do Paradise e começo a andar até o ponto de ônibus mais próximo que eu sei que até esse horário ainda tem ônibus funcionado, normalmente quando eu saio bem mais tarde eu pego taxi ou alguma carona com alguma das meninas. Mas hoje como fui dispensada mais cedo por Roger e o cliente novo, da tempo de eu pegar o último ônibus da linha.
Conforme ando até o ponto de ônibus sinto um leve formigamento em minha orelha e olho para trás com uma sensação estranha, como se tivesse alguém a me seguir. Mas olho para trás e não há ninguém, deve ser paranoia minha.
O ônibus chega a parada juntamente comigo e eu logo entro no mesmo. E chega ao fim de mais um dia de luta, um dia um pouco mais estranho que os demais mas pelo menos rendeu bastante.
[...]No dia seguinte...
- E aí como foi a festa ontem? Nem me mandaram as fotos. (Falo a Bailey e Sabina que estavam arrumando suas coisas nos armários da faculdade junto comigo).
- Ficamos tão bêbados que nem lembramos de tirar fotos. (Bailey fala fechando seu armário e eu sorrio).
- Ai amiga, tu poderia ter ido conosco. (Minha amiga Sabina fala e eu reviro os olhos fechando nossos armários juntos).
- Sabe que eu não podia, tenho trabalho. (Explico enquanto andávamos até a saída da faculdade)
- Mas ontem até que foi bom, ganhei umas gorjetas boas e saí mais cedo, ou seja, algumas horas a mais de sono. (Comento enquanto estávamos parados a frente da faculdade).- Por isso essa carinha hoje tá mais descansada. (Bailey diz apertando minhas bochechas e eu bato em sua mão).
- Às vezes acho que tu trabalha demais e dormi pouco, tem que tirar mais momentos para dormir. Perder tanto sono faz mau. (Sabina diz preocupada).
- Diz isso para meus boletos que não param de chegar. (Brinco e sorrimos). - Agora tenho que ir galera, até mais. (Falo já andando e aceno para eles).
- Tchau, Any! (Diz Bailey).
- Lá vai a mocinha certinha e trabalhadora. (Sabina diz brincando e eu apenas mando meu dedo do meio para eles sem nem olhar).
Mau sabem eles que de mocinha certinha eu não tenho nada, sou uma puta stripper.
Como de costume eu passo em frente a grife de roupas, sapatos e acessórios que eu jamais irei ter, e lá está ele: o vestido prata brilhante que deve valer mais que um rim meu. Mas é tão lindo, acho que eu até choraria se eu ganhasse ele algum dia.
Mas esse dia nunca vai acontecer, então coloco Alan Walker - Sing Me To Sleep para tocar em meus fones de ouvidos e coloco o capuz de meu casaco moletom sobre a cabeça com minhas mochilas nas costas e ando até o ponto de ônibus.
E mais uma vez eu sinto aquele formigamento atrás da orelha como se eu tivesse sendo observada, olho de um lado para o outro com cautela, mas a rua está muito movimentada como sempre.
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My Lord - Adaptação ☑️
FanfictionAny Gabrielly aos 20 anos para conseguir sobreviver leva uma vida dupla depois da morte dos pais, durante o dia sendo uma simples universitária mas a noite se torna "Pink", uma das mais belas strippers do salão de strippers "Paradise". Bela, sensual...