Bailey puxa seu braço do meu aperto e diz:
— Não tenho nada pra falar contigo. — Ele tenta se virar mas eu o seguro de novo.
Dane-se se todos estão olhando para nós.
— Temos sim, não posso deixar que fique por aí irritado comigo sendo que não sabe minha historia toda. Você precisa me ouvir, Bailey. — Eu insisto.
— Não tenho nada para ouvir, fica quieta com teu sugar daddyzinho e acabou. Você me mostrou uma pessoa que nunca foi, Any. — Bailey diz furioso e eu deixo que vá.
Sabina aparece do meu lado enquanto eu apenas observava Bler se afastar, éramos tão próximos e agora estamos cada vez mais distantes.
— Deixa ele, amiga. Bailey é cabeça dura mas uma hora ele vai querer te ouvir. — Sabina argumenta e eu suspiro.
— Eu espero, mas me sinto mau em saber que Bailey está com um pensando totalmente equivocado de mim, porque apenas não quer me ouvir. Nós fomos tão amigos. — Eu digo enquanto começamos a andar de volta ao armário de Sabina.
— Vocês foram bem mais que amigos né, Any. Por isso que ele está chateado, ele ainda gostava de ti.
— Minha amiga fala enquanto volta a arrumar seu armário.— Mas agora ele me odeia. — Comento. — E mesmo se ele quisesse algo, Josh já disse que eu sou exclusiva dele e que está me pagando para ser apenas dele.
— Espera aí, tu ainda gosta do Bailey, Any? Achei que estava apaixonado por Josh. — Minha amiga diz rindo desconfiada.
— Para Sabina, eu não estou gostando de ninguém. Seja Bailey, Josh ou seja lá quem for. — Rebato rápida.
— Sei. — Sabina revira os olhos rindo. — Se eu tivesse cercada de homens gostosos como tu sempre tá, eu já teria dado para todos. Ainda mais agora para esse Bryan aí que chegou agora. — Ela comenta fechando a porta de seu armário.
— Bryan é filho do Josh, amiga. — Digo rindo incrédula.
— Mas não está morto. — Sabina rebate maliciosa e eu solto uma gargalhada.
— Tu fala tanto desses machos, mas eu te vi toda derretida pela Neve lá no Paradise. — Comento maliciosa.
— Tem que se experimentar de tudo na vida até achar o que quer. — Endley diz dando de ombros e eu gargalho. — Sem falar que Jô é uma pessoa muito legal e... — Eu lhe interrompo.
— Espera aí, "Jô"? Ela te contou o nome verdadeiro dela que é Joalin e ainda por cima tu colocou um apelido? — Pergunto chocada.
— Sim, ela me deu o número dela lá no Paradise. Estamos nos falando. — Sabina explica.
— Uou! Eu tô passada! — Digo rindo surpresa.
— Agora deixa dessas merdas, vamos logos para a aula. Minha vida amorosa não é novela para tu ficar assistindo. — Sabina diz e começamos a andar.
— Ah sim, porque a minha é uma novela por acaso? Porque tudo tu quer saber. — Rebato rindo.
— Não tenho culpa se tua vida parece um livro hot. — Sabina da de ombros.
— As vezes parece que eu tô num livro mesmo. — Concordo e gargalhamos.
[...]
Chego em casa após as aulas e ando pela casa até chegar a sala de jantar onde Cida já estava pondo o almoço.
— Olá, Cida. Josh já chegou?
— Ainda não, senhora. Mas já deve está para chegar. — Cida explica enquanto colocava arrumava os talheres.— Por que não me contou que Josh era viúvo, Cida? — Perguntei curiosa cruzando meus braços e Cida me olha engolindo seco.
— Não posso repassar informações do meu patrão, senhora. E mesmo que eu quisesse falar algo, não havia muito o que falar. Nós nunca soubéssemos a história toda, senhor Josh se mudou para cá 1 ano depois da morte da esposa e a única coisa que ouvimos foi boatos. — Cida explica.
— Josh me contou que ela era muito... complicada. — Comento.
— Alguns dizem que era louca, gostava de se automutilar e essas coisas. Vivia trancada com o pequeno Bryan em um quarto da casa de onde moravam e não deixava ninguém chegar perto dele, nem mesmo o pai. — Cida contou assustada.
— Josh me contou, é arrepiante. Sabe onde eles moravam antes de vir para cá? — Perguntei curiosa.
— Em uma casa de praia bem afastada no estado vizinho, diziam que a mulher não conseguia conviver em sociedade e por isso eles sempre se isolaram. — Cida explica e eu suspiro.
— Cada coisa né. Vou tomar um banho rápido e trocar de roupa antes de Josh chegar. — Digo e ela assenti com a cabeça.
Começo a subir as escadas e corredores para meu quarto, e penso na história dessa família que eu estou me metendo. Como pode alguém ser tão cheia de distúrbios como essa mulher, talvez foi isso que deixou Bryan assim, talvez não, é certeza que foi isso. Ele praticamente idolatra uma mulher que era uma louca de pedra, não sei se fico pena ou medo dele. Vai saber o que ele é capaz de fazer para defender a "imagem" da mãe, mesmo sabendo que eu não tenho nada haver com eles.
Entro no meu quarto exausta e jogo minha mochila em cima da cama enquanto me sento na cama, distraída tiro minhas botas pretas de couro cano longo até os joelhos e respiro fundo começando a tirar minha blusa. Um banho irá cair bem.
— Agora entendo o que meu pai viu em você que faz ele te dar coisas caríssimas. — Ouço alguém falar atrás de mim e eu dou um salto da cama vestindo minha blusa novamente. — Tem seios lindos. — Diz Bryan saindo de dentro do meu closet com um olhar malicioso.
— O que... O que tu tá fazendo aqui? Como entrou? — Pergunto assustada.
— Vim ver com meus próprios olhos o quarto da prostituta de meu pai. — Ele rebate rápido.
— Vai só me chamar de prostituta? Te empresto um dicionário pra saber mais insultos para mim. — Digo irônica e ele dar um passo em minha direção. — Não se aproxime ou... — Ele me interrompe.
— Ou o que, Any? — Bryan diz irônico e eu engulo seco.
Pelo visto esse garoto é tão louco quanto a mãe.
Continua...
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My Lord - Adaptação ☑️
FanfictionAny Gabrielly aos 20 anos para conseguir sobreviver leva uma vida dupla depois da morte dos pais, durante o dia sendo uma simples universitária mas a noite se torna "Pink", uma das mais belas strippers do salão de strippers "Paradise". Bela, sensual...