— Filho? Espera aí, Josh tu é casado? —Digo assustada olhando para o mesmo.
— Não, sou viúvo. — explica rápido.
— Um viúvo que não honra a memória da falecida mulher. — Bryan rebate e Josh bufa com raiva.
— Olha aqui seu moleque... — Ele diz com raiva se levantando da cama e avançando até Bryan.
— Parem vocês dois. — Ordeno ficando entre eles interrompendo a briga e tudo fica em silêncio. — Olha garoto, não sei qual seu problema comigo mas teu pai não pode se alterar. Ele passou mau ontem, precisa descansar.
— O que houve? — pergunta ao pai parecendo meio preocupado mas ainda sério.
— Nada demais, apenas um desgaste físico. Já estou ótimo. — Josh responde rápido e eles parecem dois cães prestes a se atracarem.
— Realmente parecia ótimo quando mais cedo podia ouvia os gemidos da sala. — Bryan diz com irônia.
— Seu pai trabalha demais, garoto. — digo rápida mudando de assunto
Não quero expor minha intimidade com Josh ao filho dele, mesmo que tenha ouvido algo, apenas eu e ele sabemos o que acontecia aqui.
— A empresa sempre acima de tudo né, papai. Isso sempre foi a ruína de... — Bryan falava irônico mas Josh lhe interrompe na hora.
— Cala a boca, Bryan. — Josh ruge. — Any, me deixe sozinho com o Bryan — Ele ordena a mim sem nem me olhar, com os olhos furiosos sobre o filho.
— Que? Mas eu ainda nem tomei... — Digo confuso mas ele mau me deixa falar.
— Vai logo, porra! — Josh diz grosseiro.
— Vai lá fazer o que seu daddy ordena, sua putinha de aluguel. — Bryan sorrir com desdém enquanto cruzas os braços e eu sinto meu corpo ferver de ódio.
— Seu almofadinha de merda. — Falo com ódio e me viro para Josh — Vocês dois se merecem mesmo, dois idiotas sem educação.
Digo com raiva e saio do quarto a passos pesados batendo a porta com toda a força que eu tinha no meu ser.
— Geniosa a sua putinha né? Mas até que o senhor tem bom gosto para...
— Cala a porra da boca, não tem autorização para falar assim da Any!
Que diabos esse garoto está fazendo aqui?
Bryan e eu sempre tivemos uma relação conturbada mesmo quando Savannah, minha falecida esposa e mãe dele, era viva. Depois que ela se foi, tudo só pirou. Bryan jamais me procurou desde que completou sua maior idade e agora aparece do nada.
— Há muito tempo que o senhor não manda em mim, eu posso falar o quanto eu quiser dessa garota. Ela não passa de uma interesseira que transa por dinheiro, ela deve fazer um trabalho bom já que o senhor está todo... — Bryan falava e aquilo já estava me irritando mais ainda.
— Da pra dizer que merda está fazendo aqui? Há 2 anos que não me procura e agora aparece do nada. O que quer? Dinheiro? — digo irritado
— Vim visitar meu paizinho não posso? — diz irônico enquanto anda pelo meu quarto. — Vim ver com meus próprios olhos que já está estampando em todas as redes sociais e jornais. "A nova companheira do milionário Josh Beauchamp", eu chamaria de loucura.
— O que eu faço ou deixa de fazer não é da sua conta, sou seu pai, eu que deveria saber da tua vida.
— Não, nunca soube e nunca quis saber. Quem sempre cuidou de mim foi minha mãe SOZINHA, quando o senhor andava pra lá e pra cá fazendo milhões de dinheiro pelo mundo com a empresa, enquanto ela sofria dentro de casa comigo. — Byran fala com mágoa e raiva.
— Savannah era complicada, você sabe disso.
— Ela estava morrendo e o senhor não percebeu! — ele gritou com ódio
E eu apenas virei o rosto sem palavras e engoli seco passando a mão pelo pescoço respirando fundo. Aquela cicatriz que existia entre nós, a cicatriz que ainda sangrava pela perda horrenda de Savannah.
— Mas eu precisava vir e tomar conta dessa situação. — Bryan diz quebrado o silêncio pesado e eu lhe olhei. — Entender porquê diabos está a sustentar essa garota, alguém que só quer seu dinheiro. Uma oportunista. Sempre pode ter todas as mulheres da alta sociedade que quisesse, mas resolveu se juntar a uma rampera. — Bryan diz confuso.
— Olha como fala dela, ela não é rampera e muito menos oportunista. Não me juntei a ninguém, Any é minha funcionária. — Explico.
— Uma funcionária que transa com o senhor em troca de presentes caros, eu vi as fotos no evento de caridade, vi o colar que deu para ela. Estava na cara de todos que o senhor se tornou suggar daddy dela. — Disse indignado.
— O que eu faço ou deixo fazer com meu dinheiro é responsabilidade minha, Any está me ajudando. Ela recepciona as pessoas quando vem aqui em casa, sabe se comportar e todos do meu meio adoraram ela. Eu precisava de uma acompanhante assim, que faz as coisas que... que Savannah não fazia. — Explico.
— O senhor sabe muito bem o porquê ela não fazia! — Gritou outra vez.
— Sua mãe não era fácil, Bryan! Entenda isso, ela que não queria se tratar. — Rebato com força.
— A culpa é sua, sempre foi. —murmura como se tivesse um nó em sua garganta.
Eu também sentia a minha garganta apertar, tocar no nome de Savannah e em nosso passado, me faz lembrar do meu presente e eu sei que as coisas não acabaram bem.
— Eu sei que a culpa é minha, não precisa me fazer sangrar mais do que eu já sangro. — Digo quase num sussurro sentindo meu coração acelerar de dor e raiva.
Raiva de mim mesmo por ter sido um completo idiota, jamais me perdoarei pela morte de Savannah.
— Não vou deixar que o senhor e essa prostitutazinha sujem a imagem de minha mãe, ela pode não ter sido como o senhor queria mas não deixarei que essa garota de quinta categoria a substitua. Essa humilhação minha mãe não passará. — diz firme apontando o dedo na minha cara.
E em seguida caminha a passos rápidos saindo do quarto batendo a porta com força, e eu desabo me sentando na cama com meu rosto entre as mãos. Meu coração acelera e eu tento respirar fundo, tenho que ser forte. Mas as vezes o passado me mostra que tudo que eu esteja passando, é um castigo pelo que eu fiz. Ou melhor, pelo que eu não fiz. Não percebi o quão doente Savannah era.
Continua...
Tretas e mais tretas...
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My Lord - Adaptação ☑️
FanfictionAny Gabrielly aos 20 anos para conseguir sobreviver leva uma vida dupla depois da morte dos pais, durante o dia sendo uma simples universitária mas a noite se torna "Pink", uma das mais belas strippers do salão de strippers "Paradise". Bela, sensual...