Any Gabrielly aos 20 anos para conseguir sobreviver leva uma vida dupla depois da morte dos pais, durante o dia sendo uma simples universitária mas a noite se torna "Pink", uma das mais belas strippers do salão de strippers "Paradise". Bela, sensual...
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ntem a noite foi maravilhosa, dancei, bebi e joguei muito. Perdi algumas mas ganhei em várias também, Heyoon me acompanhou em todas. Agora que ela não me acha mais uma golpista e está grávida, ela se tornou mais legal. Josh me explicou toda a questão das mulheres desse meio, se libertarem depois que engravidam porque já tem a constatação de que seus maridos estão presos a elas para sempre por causa da criança, não sei se essa seria uma vida para mim. Ter um filho só para prender alguém a si é algo deprimente.
Ontem mesmo meio bêbados e cansados da festa, Josh ainda fez questão de comparecer e me fazer gemer por um longo tempo durante a noite, até que nos esgotarmos e dormimos agarradinhos.
Aninhada aos lençóis macios da cama eu sinto uma mão grossa com cuidado sobre meu braço me balançando de leve para acordar, abro meus olhos com preguiça e olho Josh sentado na cama com um sorriso largo e já arrumado usando calça jeans preta, camisa preta meio colada com mangas compridas e o cabelo e barba impecáveis como sempre.
— Bom dia. — Digo com a voz meio rouca de sono.
— Levante, dorminhoca. Quanto mais cedo sairmos mais tempo teremos pela cidade. — Ele diz acariciando meus cabelos e eu assinto. — Venha tomar café primeiro. — Josh se levanta e saí do quarto indo para a sala.
Me levanto da cama ainda usando uma camisola de seda branca e ando até o banheiro, faço minhas higienes matinais antes de passar meus dedos amenizando a bagunça de meus cabelos e saio do quarto indo a sala, encontrando Josh lendo um jornal e tomando chá sentado na pequena mesa de vidro recheada com nosso café da manhã.
— Acordou cedo. — Comento ao me sentar.
— Hábito. — Ele responde rápido sem tirar os olhos do jornal.
Então começo a tomar meu café com a deliciosa comida do hotel.
— Provavelmente já deve ter casado grávida, estranhei a rapidez como Lamar e ela quiseram fazer a cerimônia. — Josh explica deixando o jornal sobre a mesa finalmente me dando atenção.
— Você foi ao casamento? — Perguntei curiosa.
— Claro, sou parceiro de negócios dele. — Ele deu de ombros. — Mas por que está tão impressionada com esse assunto? — Josh me olha com curiosidade e eu engolo seco o pão que comia.
— Sei lá, Heyoon engravidou... por dinheiro. Isso é um pouco... horrendo. — Explico meio sem palavras.
— Muitas mulheres para entrar na alta sociedade fazem isso, menos Sofya. Ela e o encomendador estão casados há 15 anos e só tiveram a filha deles 7 anos depois de anos casados. — Josh explica.
— Deve ser porque Sofya confia no taco dela e não tem medo de ser trocada, como Heyoon tem. — Retruco.
— Tinha medo. Agora grávida, Lamar jamais irá se separar dela. Pode trair como todos fazem mas jamais se separará. — Ele explica.
E sinto náuseas só de pensar nesse mundo da alta sociedade em que Josh vive, pessoas praticamente vendendo a alma por dinheiro. Até mesmo pessoas boas e simpáticas como Sofya, se subitamente a isso.
Então uma duvida me veio a mente:
— Josh, você... traía Savannah? — Pergunto meio desajeitada.
Josh automaticamente engoli seco e vira o rosto para a varanda do hotel.
— Acho que não deve se meter onde não lhe convêm. — Josh rebate com força mas mantendo sua postura inquebrável.
Minha língua lateja e eu abro a boca para rebater a grosseria mas o telefone do mesmo toca, e me calo enquanto ele atende após olhar confuso para a tela.
— Alô? — Josh atende falando como se não soubesse de quem se tratava o número. — Você? Mas como conseguiu meu... — Ele para por um instante e me olha. — Ah sim, tudo bem então. — Josh se levanta e saí do quarto indo para o corredor.
E eu me controlo enquanto a dúvida ainda fica em minha cabeça, Josh traía Savannah? A mulher que ele tanto amava, que tinha problemas mas que ele se casou tão jovem por causa do amor que sentia. Se ele fazia isso com ela, imagina se fosse com... Não. Não posso ter esse tipo de pensamento, é uma ilusão que jamais poderei me permitir imaginar. A porta se abre e Josh aparece com um largo sorriso segurando o celular.
— Você é realmente imprevisível, Any. — Josh comenta.
— Que? — Rebato confusa.
— Não, nada. Pensei alto. Vamos, vá se arrumar ou nos atrasaremos com o passeio. — Josh desconversa.
Resolvo não rebater, não quero passar o dia passeando ao lado de Josh com a cara irritada igual um pitbull irritado.
[...]
Para o passeio eu coloquei um vestido curto branco colado, tênis branco e um blazer creme. Coloquei óculos escuros meio quadrados e fiz um penteado prendendo algumas mechas do meu cabelo para atrás. Charles também colocou um óculos escuros meio quadrados e uma jaqueta de couro preta junto com coturnos de couro preto.
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Atravessamos a grande avenida de mãos dadas, sorrindo igual dois idiotas até chegarmos ao complexo The Linq e meus olhos brilharam ao ver a enorme roda gigante que brilhava ao sol.
— Que linda.
Digo a Josh enquanto paramos em frente a uma loja enquanto várias pessoas e turistas passavam indo e vindo com sacolas de compras.
— Dizem que é uma das maiores do mundo. — Josh conta.
— Eu quero ir nela. — Digo eufórica com meus olhos brilhando igual uma criança de cinco anos indo pela primeira vez a um parque de diversões.
— Tem medo de avião mas quer ir em uma roda gigante? — Josh brinca rindo e eu reviro os olhos.
— Vai, por favorzinho vamos. Ai depois compramos os presentes de minhas amigas. Por favorzinho, daddy.
Choramingo implorando fazendo biquinho e Josh revira os olhos rindo, eu sei que ele sempre faz tudo que eu peço quando eu o chamo de "Daddy" ou "Meu senhor". Isso é sempre minha bala de prata.
— Tá bom, mas não vamos demorar muito. Temos muito ainda para ver. — Josh concorda e eu dou um pulinho de alegria batendo palminhasm
Dou um selinho demorado e alegre em Josh, e em seguida eu seguro na mão do mesmo lhe puxando para andarmos rápido a roda gigante.
Pode ter coisas ainda mal resolvidas entre nós mas eu quero deixar isso tudo de lado pelo menos hoje e curtir o dia, amanhã é outro dia, na verdade, amanhã não é um dia a qualquer. Mas não vejo tanta importância nisso.
