Kurt teve a reação mais rápida:
- Ady! Doce Príncipe, o que você está fazendo acordado?
- Eu tive um pesadelo.
- Vem comigo, Papai Kurt vai ficar lá com você até você pegar no sono de novo.
Blaine precisou de mais alguns minutos para se recompor. Kurt era melhor naquela parte de ser pai de qualquer jeito. Depois que ele colocou seus pijamas e completou seu ritual noturno, Blaine foi conferir como estavam seus dois homens.
Ele começou a espionar através da porta semiaberta enquanto Kurt estava lendo uma história do Dr. Seuss para o pequeno. Blaine estava maravilhado com a maneira habilidosa com que Kurt tinha lidado com a situação toda e pelo jeito como Ade estava hipnotizado pela maneira de Kurt de ler a história. Num momento engraçado do livro, no qual Adrian estava rindo e se divertindo, Blaine não conseguiu segurar um risinho.
Kurt então se virou sorrindo para o Adrian:
- Parece que o papai B quer se juntar a nós.
Adrian esticou seus braços na direção de Blaine:
- Vem, papai B. Ajuda a me proteger dos monstros.
Blaine beijou a testa de seu filho enquanto Kurt passava os dedos pelos cabelos do pequeno, dizendo:
- Ady está com medo de que tenham monstros no quarto dele, mesmo eu já tendo conferido embaixo da cama e no armário. Talvez ele acredite que só o Papai B seja um bom caçador de monstros.
Blaine respondeu com um sorriso:
- Bem, eu tenho um segredinho... Eu já volto.
Blaine volta com um cachorrinho de pelúcia nas mãos. Kurt ficou surpreso:
- Esse é o cachorro que eu dei para você no ensino médio? Como você ainda o tem e como eu nunca soube disso?
Blaine abriu um sorriso maroto:
- É claro que eu ainda o tenho. Ele é o melhor caçador de monstros que eu já conheci. O nome dele é Fiyero e ele agora é do Adrian, se ele o quiser.
Os olhos de Ade estavam brilhando:
- Eu posso ficar com ele de verdade?
Blaine então também estava passando os dedos no cabelo de Adrian:
- Claro que pode, querido. O Papai Kurt me deu ele para me proteger dos meus monstros. Mas agora ele dorme comigo toda noite e eu não preciso mais do cachorrinho.
Adrian abraça Fiyero contra o peito:
- Obrigado, papai. Agora eu não vou mais ter medo.
Kurt, que estava admirando Blaine, respondeu ao menino:
- Então está tudo bem se eu for dormir no meu quarto?
Adrian agarrou Kurt com a sua mão sem o Fiyero:
- Não papai Kurt, por favor fica aqui comigo.
- Mas meu amor, se o papai Blaine deu o cachorrinho para você, quem vai proteger ele hoje à noite?
Adrian então se virou para o Blaine enquanto respondia o Kurt:
- Mas eu quero que o papai Blaine fique também.
Blaine respondeu dessa vez:
- Só cinco minutos, tudo bem? Depois o Fiyero é que vai ficar tomando conta de você.
- Está bom. Eu amo você, papai Blaine.
- E eu amo vocês dois. - disse Blaine sorrindo para Kurt.
Não levou muito tempo para o Adrian pegar no sono de novo. Kurt e Blaine aproveitaram a oportunidade para falar sobre o incidente assim que eles saíram para o corredor. Blaine estava preocupado:
- Você acha que ele viu alguma coisa? Ele estava com medo?
- Não acho que ele estava lá muito tempo antes de nós o vermos. Ele já viu a gente se beijando.
- Beijando, sim, Kurt, mas a gente nunca fez isso tão... intensamente na frente dele. Ainda bem que você teve uma reação rápida. Você é um pai tão bom. Eu estava admirando a relação que você tem com ele enquanto você estava contando historinhas.
- Por favor, Blee, você tem que se dar algum crédito: a manobra do cachorro foi coisa de gênio.
Blaine ficou vermelho e Kurt continuou:
- Aliás, eu nunca soube que você tinha gostado tanto daquele cachorro.
- Você está brincando? Eu estava me sentindo bem mal na semana em que você me deu ele e seu gesto foi o que me alegrou. Além disso, ele foi um ótimo companheiro para mim nas muitas noites nas quais a gente estava tentando o relacionamento à distância. Foi um período difícil, mas eu acho que agora á ainda pior. Ser pai me assusta; e se a gente estiver fazendo tudo errado?
- Você é um pai excelente, Blaine, mesmo que você não acredite nisso. Aquele garoto simplesmente adora o papai B dele e eu amo o fato de você ser o outro pai do meu filho. O Adrian é agora mais nosso filho do que se a gente fosse uma família de sangue.
- Eu sei. Nós descobrimos isso no minuto em que nós vimos aqueles olhos azuis e mudamos nossos planos de adotar um recém-nascido. Ele tem os seus olhos, eu já contei isso para você?
- Eu percebi. Ele tem meus olhos e seu cabelo. Era para ser: nós três somos uma família que escolheu ficar junta. Ele está muito melhor aqui, sendo amado por nós do que abandonado naquele orfanato.
- Verdade; valeu cada minuto que a gente gastou no processo de adoção. Mesmo assim, eu preferia que ele tivesse o seu cabelo.
Kurt riu e começou a estragar o penteado perfeito de gel de Blaine:
- Não seja bobo, você sabe que eu amo os seus cachinhos. Agora vamos dormir para ver se eu consigo marcar uma hora com a senhora Bane amanhã de manhã antes de você ir para o trabalho.

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Dois Papais
FanficUma Fan-Fiction de Glee. Kurt e Blaine são casados, felizes e adotaram um filho. Porém, a vida não é tão simples enquanto eles lutam para que a sociedade (e alguns de seus parentes) aceitem a nova família deles.