Tell me all the ways to stay away
Black out days - Phantogram
Tum-dum Tum-dum Tum-dum Tum-dum...
— É um bebê saudável S/n. — Os olhos verdes do amigável Dr. Peter encararam as lágrimas que escorriam pelo rosto de S/n.
A mulher adorava ouvir o sonzinho que aquele pequeno coração valente fazia, era sua música favorita, ela se perdia em cada acorde, derramando lágrimas todas às vezes que se lembrava que aquilo estava ali, dentro dela.
— Por que eu estou chorando? — Os olhos castanhos de Maki estavam inundados em um mar de lágrimas. A morena segurava a mão de sua amiga com força, quase tão emocionada quanto a própria mãe.
— Sei lá. — S/n sorriu para a sua amiga azulada. — Talvez você esteja passando tempo demais com uma grávida emotiva.
— Será que eu posso desenvolver uma gravidez psicológica por conta disso? — As tranças azuis da morena escorreram por seu ombro à medida que ela encarava o médico, apreensiva pela resposta.
— Provavelmente pode, mas acho mais fácil você desenvolver testosterona e se tornar o pai dessa criança. — Dr. Peter limpou o gel sobre o ventre de S/n, se preparando para liberar a gestante.
— O senhor se acha um ótimo piadista, não é!? — Maki cruzou os braços de maneira emburrada e afundou sobre a cadeira, fazendo birra por não poder desenvolver uma gravidez psicológica.
— Maki, você sabe quantos pais me mandam mensagens de madrugada perguntado sobre o que fazer caso um bebê ingira um lego? — O médico segurou a risada na garganta e encarou S/n, que fazia o mesmo.
— Qual é! — A morena revirou os enormes olhos castanhos. — Isso tem 90% de chances de acontecer, e quero estar prevenida, tá legal?
— Acho que não teremos lego por uns bons anos, Maki. — S/n sentou sobre a maca e arrumou sua roupa.
— Esse é o recomendado. — Dr. Peter se aproximou de sua mesa e assinou algumas receitas. — Aqui tem as vitimas que precisa tomar e alguns remédios novos. — O homem entregou os papéis a S/n. — E marquei um exame para você na próxima semana, com a Dr. Ellen, ok?
— Ok. — S/n sorriu amigavelmente para seu médico. — Liberada?
— Sim. — O homem abriu a porta do consultório, dando passagem para as duas mulheres. — Até mais S/n e papai Maki.
— Até mais, senhor. — Maki apertou a mão do médico, como um homem faria, causando uma gargalhada generalizada.
As duas mulheres caminharam por um bom tempo, avaliando o melhor local para se tomar um café. Um mês e meio naquela cidade agitada, e S/n ainda se sentia uma estranha, alheia a toda Nova Iorque. Uma intrusa naquele mar de gente. S/n não queria assumir para si que precisava de Maki para lhe fazer pertencer ao local, mas era a verdade.
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