Chapter one

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Naquela tarde terça-feira, Louis estava em seu serviço tentando organizar uma pilha de documentos, separando alguns projetos futuros e antigos, por ordem alfabética. Quando recebeu uma ligação estranha em seu celular, era Joe, o marido de seu pai, porém, ele nunca ligava, só tinha o número do ômega caso uma emergência acontecesse com Mark, por isso, tratou de atender logo e até um pouco afobado.

— Olá Joe, bom dia! Como vão as coisas na fazenda? Está tudo bem com você? E meu pai como está? Aconteceu algo grave? Meu pai está bem? Joe, se acalme por favor, e me fale o que aconteceu. - Louis acabou fazendo muitas perguntas e um nervosismo correu em seu estômago, algo o dizia que seu pai não estava bem, e tudo foi confirmado quando o marido de Mark, começou a chorar alto, um choro de pura angústia era escutado do outro lado da linha.

— Louis, seu pai está.... - Houve alguns segundos de silêncio e o ômega mais novo deixou Joe tomar seu tempo. - Seu pai está morto Louis, ele faleceu nessa madrugada enquanto dormia, só percebemos pela manhã.

E foi aí que o mundo do de olhos azuis desmoronou, olhe; seu pai nunca foi muito presente por morar em outro continente, mas, sempre estavam conversando por ligações ou mensagens de texto. Naquele momento passou um flash de memórias antigas com seu pai, quando era mais novo o ômega recebia visitas de Mark duas vezes ao ano, e era um período especial para Louis, eles se transformavam em lobos e corriam de Londres ao parque nacional yorkshire Dales, cerca de 370 quilômetros, mais ou menos sete horas correndo, e o pequeno ômega adorava aquele parque. Porém, com o passar dos anos, as visitas diminuíram e ficaram somente na capital e corriam no Hyde Park.

Rapidamente Tomlinson recolheu sua carteira, bolsa e chaves que estavam espalhados pela sala e saiu correndo da empresa, provavelmente iria ganhar algumas multas por furar sinais e alta velocidade. Mas era seu pai ali, o homem que o ensinou a ser amigo de seu lobo, controlar suas emoções e se tornar uma boa pessoa, nada mais importava para Louis, ele iria prestar uma última homenagem a seu pai. Iria pela primeira vez para outro continente e não seria por um bom motivo.

Quando o pequeno ômega chegou em casa; devastado, por alguns segundos esqueceu-se de seu filhote e entrou no quarto aos prantos, se culpando por não está perto do pai nos últimos dias, estava planejando vê-lo em dezembro, pela primeira vez iria a fazenda de Mark e veria a grande paixão de seu pai, os cavalos que ele tanto falava, a cidade acolhedora até mesmo seus irmãos. Quando Louis voltou a si, viu o filhote parado na ponta da cama, com os olhinhos cheio de lágrimas, afinal, Oliver nunca tinha visto sua mãe neste estado, e com todo cuidado aproximou-se do ômega, subindo em seu colo e levando suas mãozinhas aos cabelos de Tomlinson fazendo um leve carinho e consequentemente liberando alguns feromônios calmantes esperando que esse gesto o acalmasse.

— Mamãe, porque tá chorando? - Louis culpou-se por não ter lembrado do filhote. Rapidamente afastou algumas lágrimas, fechou os olhos e tentou acalmar-se conversando com o filho.

— Filhote, sabe o vovô Mark? Ele veio aqui ano passado e correu com você por horas. - Seu pai adorava filhotes, quando veio a Londres no final do último ano, Oliver já estava aprendendo a se transformar e foi uma festa para o vovô babão quando Ollie conseguiu ficar em sua forma primitiva por vários minutos, que logo viraram horas com a paciência do avô a ensinar cada truque para ficar em sua forma lupina por mais algum tempo.

— Sim mamãe, eu lembro do vovô Mark, mas por que mamãe tá chorando? - E mais uma vez Louis não conseguiu segurar as lágrimas, abraçou seu bebê e fungou o cheirinho que tanto o agradava, Ollie tem uma mistura muito gostosa de tudo o que acalma Louis; chá de camomila, pinheiros e floresta tropical.

— O meu bebê, mamãe vai explicar mais tarde, ok? Peça a Penélope para vir aqui, por favor. - Oliver obedeceu sem questionar, pois queria ver sua mãe feliz e sorrindo logo.

𝓦𝒐𝒍𝒗𝒆𝒔 ℱ𝒂𝒓𝒎𝒆𝒓𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora