𝐕𝐄𝐍𝐔𝐒; 𝘦𝘯𝘩𝘺𝘱𝘦𝘯

꒰⭒jake.

O som da festa era ensurdecedor e a garota sentia que a qualquer momento seus tímpanos iriam estourar, sua cabeça doia e ela estava extremamente impaciente, a espera da sua amiga. Definitivamente não queria estar ali, preferia mil vezes está em sua casa, ouvindo suas próprias músicas e lendo algum livro, mas fora quase obrigada a comparecer aquele local.
Yumi era uma amiga de longa data, conheceram-se no auge dos seus 6 anos, depois dela comprar dois pirulitos e oferecer um há garota, desde então tornaram-se melhores amigas inseparáveis. Yumi foi quem a consolou Gaia após o divórcio de seus pais, foi quem aguentou suas paixonites e quem aturou a garota chorando por dias, depois da sua primeira desilusão amorosa. Ela era uma amiga incrível, e sabia que as vezes era necessário ceder um pouco as suas vontades, só pelo tanto que ela já havia feito.
Mas ceder esta vontade de Yumi era EXTREMAMENTE difícil, a garota não gostava de ambientes cheios e nem de música muito alta, e tudo isso estava acontecendo naquele ambiente.
Sabia que a amiga queria muito beijar Sunghoon, mas porque ela simplesmente não veio fazer isso sozinha? Aliás, não é ela que vai beijar ele?
Um pequeno suspiro escapou de seus lábios, enquanto encostava a cabeça na parede atrás de si.

- Concerte essa cara. - Yumi lhe ofereceu um copo vermelho, que estava cheio de um líquido bem estranho.
- Não me enche, eu já estou fazendo muito. - Um sorrisinho irônico surgiu em seus lábios, antes de tomar o copo da mão da garota e dar um leve gole.
Forte. Forte demais.
- Meu Deus, você colocou césio 137 aqui? - Uma pequena careta tomou seu rosto, enquanto abandonva o copo encima da estante da sala.
- Pare de ser fraca! bebe logo, se beber não vai ficar emburrada.
- Você sabe o porque deu' estar emburrada. - a garota bufou baixinho, enquanto revirava seus olhos.
- A casa é grande, vocês não vão se encontrar, relaxa. - Yumi deu de ombros, enquanto lhe oferecia o copo de volta. Suspirou baixinho, e ainda meio exitante, tomou o copo da mão da amiga.
O problema todo daquela festa não era a música alta, pessoas bebendo ou o ambiente extremamente lotado, o problema todo é que a ela sabia que o garoto estava lá e sabia que iriam se esbarrar a qualquer momento e que no fim, resultaria em mais uma briga.
Convivência sempre foi algo extremamente difícil para Gaia e Jake, eles não conseguiam estar no mesmo ambiente sem não se socar, ou xingar um ao outro. A implicância dos dois nasceu na infância e se intensificava cada vez mais a cada ano que passava.
Eles tentavam sabotar um ao outro constantemente, como na vez que a garota colocou tinta rosa no seu shampoo e no dia seguinte ele tinha que se apresentar em um concurso, ou como na vez que ele fez bolinhos com recheio de pasta dente e os enviou para sua casa e como nas outras diversas vezes que tentaram prejudicar um ao outro de alguma forma. Eles não se gostavam, não suportavam a presença um do outro e não queria que nenhum dos lados vencesse nessa guerrinha besta.
Sua mãe cansou de lhe falar que isso era paixão encubada e que uma hora ou outra esses joguinhos maldosos iriam levar ao mesmo lugar: os dois se apaixonando. Todas as vezes a garota ria da ingenuidade de sua mãe e dizia que a probalidade de um raio lhe antigir era maior do que a de se apaixonar pelo garoto.

- Ódio nunca se transforma em amor, mãe, se fosse assim, não existiriam tantas guerras.

Esse era o discursinho usado todas as vezes que alguém vinha com a ideia de "vocês dois na verdade são apaixonados um pelo outro.", achava a ideia engraçada e extremamente boba, Deus a livre de se apaixonar pelo idiota, mesquinho e babaca do Jake Sim.