𝐕𝐄𝐍𝐔𝐒; 𝘦𝘯𝘩𝘺𝘱𝘦𝘯

꒰⭒ni-ki.

Para niki, a estrela mais brilhante do meu céu!

...

A anos atrás, acreditava-se que cada alma humana tinha sua morada em uma estrela, e que em momentos indiferentes, elas se encontrariam. Bastava fazer um pedido a uma estrela cadente e esperar por 3 anos, que logo o seu amor chegaria, de forma completamente inesperada.
E foi assim que ele chegou...

[...]

Era 7 horas de uma segunda feira, o tempo estava úmido e as nuvens tampavam os poucos raios de sol que tentavam aparecer. Suas galochas denunciavam sua chegada a cada passo dado, e seus cordões batiam em sintonia, fazendo com que o silêncio não fosse uma parte sua.
Havia chovido muito na noite anterior, o que a impediu de admirar as estrelas e a fez acordar ainda mais mal humorada. Observar o céu fora seu hobbie favorito desde muito nova, aos 7 anos seu avô havia lhe presenteado com um telescópio, e toda noite ele lhe chamava para o último andar da casa, para que pudesse observar o incrível e esplendoroso céu.
Desde então, todas as noites, você fazia questão de admirar o céu, em memória ao seu avô. Principalmente nos anos de estrela cadente.
Sua família acreditava fielmente na história de que cada estrela guardava uma alma, as estrelas cadentes eram as almas perdidas, em busca de um amor. Elas eram raras, pois quando pedidas, eram preparadas e separadas para alguém específico. Não havia um tempo certo para que o amor chegasse, só sabia que a cada 3 anos ela aparecia e todas as vezes o pedido era o mesmo!
me dê um amor de explodir corações, por favor, por favor!
Essa frase era mentalizada por longos segundos e logo depois, mais uma estrelinha era anotada, para mais um ano de pedido. Isso seguiu-se por alguns anos, até aquele dia.

- Que saco! odeio dias chuvosos! - você resmungava baixinho, enquanto tentava secar um pouco melhor os seus braços, que foram vítima da fina chuva.
- Vamos até o vestiário, deve ter outro uniforme no meu armário e um casaco.
Dafne era sua melhor amiga de infância, e aquela amizade se perdurou até o colegial, que foi levada até o ensino médio. A garota lhe ajudou a se trocar e emprestou um de seus casacos, que ela vivia deixando jogados por lá, com a desculpa de que em algum momento eles seriam úteis. - e realmente foram.
- Do que teremos aula? - você ajeitou melhor a mochila em seus ombros, enquanto caminhava para fora do vestiário. Havia um certo falatório no corredor e um grupo de pessoas juntavam-se em um canto para falar com alguém.
- Astronomia. - Dafne voltou sua atenção para o grupinho. - Quem é ele?
Sua atenção voltou para o lugar que a garota apontou e sua atenção logo fora roubada pelos cabelos loiros e os olhos pequeninos do garoto. Ele era lindo, tão lindo que você jurava que poderia passar horas só o olhando.
- Emma? Emma você tá aí? tá encarando o menino a minutos. - Dafne a puxou pelo braço, levando-a até a sala de sua próxima aula.
- Quem é ele? - a garota engoliu em seco, enquanto tentava reorganizar seus pensamentos.
- Parece ser o aluno novo, ele foi transferido a algum tempo, mas pelo visto só pode começar a frequentar a escola agora. Falaram que ele gosta muito de astronomia, acho que vocês dariam uma bela dupla. - ela sorriu de forma singela, como sempre fazia, enquanto ajeitava-se em sua cadeira. - Chame ele pra fazer o trabalho com você, eu posso arranjar outra dupla!
- Que? claro que não Daf, ele nem me conhece, vai achar estranho.
- Não vai, ele vai adorar você, vou falar com ele!
Você suspirou baixinho, sabendo que não teria mais como voltar atrás. Dafne era cabeça dura e ia até o fim com suas teimoisias.
Demorou 3 minutos para que a garota voltasse, radiante.
- Ele aceitou! - ela sorriu vitoriosa. - Ficou feliz por você ter chamado ele, disse que ainda não tem muitos amigos por aqui.
- E aquela multidão encima dele? - você arqueou uma de suas sobrancelhas.
- Sabe como é, garoto bonito, transferido na metade do semestre, todo mundo achou que ele fazia mais o tipo badboy. - ela deu de ombros. - Disse que o trabalho será amanhã, 14h, na sua casa. Expliquei direitinho pra ele onde fica e ele disse que aparecerá!
Você assentiu brevemente, não querendo discutir muito sobre o fato dela ter entregue seu endereço a um completo estranho. Sua atenção voltou-se para o professor que havia chego a poucos segundos e não demorou muito para que o homem começasse sua aula.