6 meses depois
Maya
' Senti meu corpo se acender e meu sangue ferver.
⎯ Que porra é essa? - Entreguei o envelope pardo a Pandora que se colocou a analisá-lo -
⎯ Cacete - Se sentou no sofá de nosso apartamento em choque - Te passaram 45% das ações da Atria! Quem fez isso menina? - Perguntou enquanto ainda lia o documento - Elizabeth Lacerda - Ergueu uma sobrancelha - Esse nome não me é estranho
⎯ É porque é o nome da minha mãe
Seus olhos se arregalaram quando tais palavras saíram de minha boca.
⎯ O que? - Jogou o papel em cima da mesa de centro e andou até mim que ainda me encontrava estática no meio do corredor que dava aos nossos quartos -
⎯ A pergunta certa é, o que Elizabeth está fazendo em Boston? - Eu sentia meu coração se acelerar cada vez mais -
⎯ Nós vamos pra Boston, não é? - Colocou as mãos na cintura e pendeu a cabeça para o lado -
⎯ Sim, nós vamos - Confirmei -
⎯ Vou comprar as passagens - Pegou seu celular pesquisando pelas mesmas -
Pandora as comprou e logo foi até seu quarto fazer sua mala assim como eu.
****
Uma carga de eletricidade pareceu passar por meu corpo quando atravessei as portas da Atria.
⎯ Estou aqui, ok? - Pandora colocou uma mão em meu ombro numa tentativa de passar conforto -
Sorri de lado e comecei a andar em direção a área comum porém antes de chegar até a mesma, uma figura de cabelos castanhos escuros e olhos verdes desceu pelas escadas.
⎯ Filha? - Sorriu -
⎯ O-o que você está fazendo aqui? E porque eu recebi a porra de um documento onde você me passa 45% das ações da Atria?
⎯ Acalme-se querida, queira vir comigo. Vou lhe explicar tudo - Terminou de passar pelos degraus e se colocou a minha frente -
⎯ Não me toca - Falei quando ela aproximou uma mão de meu ombro -
⎯ Por favor Maya, vamos conversar
⎯ O que está acontecendo aqui? - Damon perguntou dos limites da porta da sala comum -
Logo Pedro, Malia e Giordana apareceram as suas costas.
⎯ Está tudo bem, srta. Lacerda? - Se dirigiu a mulher a minha frente -
⎯ Sim, sr. Green. Tudo bem - Sorriu pequeno -
⎯ Como você veio parar em Boston? - Perguntei levemente mais calma -
⎯ As notícias circulam por todos os lados - Se referia ao "noivado" -
⎯ Porque?
⎯ Eu queria me reaproximar de você
⎯ Reaproximar? - Ri alto - Elizabeth, me poupe. Você não esteve aqui por 24 anos! Não venha querer dar uma de mãe agora
⎯ Maya - Tentou se aproximar novamente porém dei dois passos para trás -
⎯ Onde você estava quando meu pai morreu nos meus braços? - Gritei - Eu tinha só 6 anos quando quatro homens apareceram em casa e atiraram em meu pai sem nenhuma piedade por causa das merdas que você fazia
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120 dias - EM PROCESSO DE REESCRITA
RomanceROMANCE | LINGUAGEM ADULTA | CONTEÚDO SEXUAL | VIOLÊNCIA A vida de Maya sempre girou em torno de impulsos e em sua pele carregava as marcas deles. A maioria doía muito, e insesavelmente. A maior? A droga do amor. Quando já ensopada da chuva que caia...