Aviso: Violência, assédio e arma de fogo
Maya
' ⎯ Querida, você sabe que precisamos conversar, não é? - Meredith disse no meio do café da manhã -
⎯ Voltarei para o apartamento que morava com Pandora - Comuniquei -
⎯ Isso é pelo que fiz?
⎯ Não, só é mais cômodo devido ao meu trabalho - Dei de ombros - Eu não gostei nenhum pouco de saber do que a sra. fez por minhas costas porém não é o fim do mundo - Disse já me levantando após o último gole de uma xícara de café - Está tudo bem - Deixei um beijo carinhoso no topo de sua cabeça -
Mandei outro beijo no ar antes de sair porta afora. Vesti um casaco grande e procurava pelas chaves do Bentley em minha bolsa quando tudo de repente, se apagou. A última coisa que senti fora meu corpo mole ser segurado por alguém, que me impedia de ir ao chão.
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Pisquei meus olhos algumas vezes tentando assimilar onde estava e o que havia acontecido comigo. Me debati na cadeira sentindo meus pulsos presos por uma corda, mas logo toda a situação se esclareceu quando a porta de madeira a minha frente foi aberta revelando Andrew Ricci.
⎯ Olá querida, há quanto tempo não nos vemos - Esboçou um sorriso de canto de boca - Confesso que senti falta da sua companhia e bem - Passou seus olhos por todo o meu corpo - Prensar você numa parede também era algo pelo qual me afeiçoava
⎯ Eu tenho nojo de você, seu filho da puta
⎯ Nossa! - Disse num tom ofendido - Que boca suja - Aproximou-se deixando nossos rostos paralelos - Pode repetir no meu ouvido? Estou começando a me excitar
Reuni toda a minha coragem e cuspi em seu rosto, ele passou a mão por minha saliva que escorria em sua bochecha e avançou segurando meu rosto entre uma de suas mãos, com força.
⎯ Parece que o tempo te deixou mais corajosa, Jones
⎯ É tudo fruto da repulsa que guardo por você
⎯ Eu achei que havíamos tido um bom relacionamento, meu anjo
⎯ Não me chama de anjo, seu desgraçado. Você não tem o direito de nem sequer falar o meu nome!
Andrew se afastou rindo alto, andou de um lado para o outro e então cravou seus olhos castanhos nos meus, me dando calafrios.
⎯ O que foi? Se esqueceu de quando você e seu amigo se enterraram em mim enquanto eu gritava por socorro? - Engoli em seco quando ele fechou uma de suas mãos num punho -
⎯ Não me provoque Maya - Era um aviso -
⎯ Se não? Vai fazer o que? Me matar? - Arqueei uma sobrancelha -
⎯ Não era exatamente essa a intenção mas você está testando minha paciência
⎯ É uma boa hora para avisar que eu gosto de brincar com fogo?
⎯ É mesmo? - Levou suas mãos até suas costas de onde tirou uma faca pequena -
Andrew andou até mim brincando com aquele objeto entre os dedos. Ouvi seus passos pararem as minhas costas e então uma de suas mãos descer do meu ombro até meu seio esquerdo. Um beijo foi deixado em meu pescoço enquanto eu me mantinha estática, tentando não derramar algumas lágrimas. Ele se voltou a minha frente ajoelhando junto de minhas pernas amarradas aos pés da cadeira.
Senti a frieza da lâmina passar por minha coxa esquerda e então ir até a direita, com cada vez mais força. Travei o maxilar e fechei meus olhos quando senti minha pele ser cortada.
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120 dias - EM PROCESSO DE REESCRITA
RomanceROMANCE | LINGUAGEM ADULTA | CONTEÚDO SEXUAL | VIOLÊNCIA A vida de Maya sempre girou em torno de impulsos e em sua pele carregava as marcas deles. A maioria doía muito, e insesavelmente. A maior? A droga do amor. Quando já ensopada da chuva que caia...