Prólogo

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Elain

Erros, inúmeros deles. Minha vida é repleta deles, sempre errei. Errei com minha família, principalmente com minha irmã, Feyre. Jamais vou me perdoar por não ajudá-la, jamais vou esquecer das vezes em que ela chegou em casa toda machucada. Deveria ter deixado minha mãe e a promessa que lhe fiz de lado. Minha mãe já estava falecida, mas minha irmã precisava de mim, minhas irmãs precisavam de mim. Meu pai precisava de mim. E passei minha vida humana toda sendo negligente com eles, por conta de uma processa que nunca vou conseguir cumprir.

E bom, a um macho, Lucien, meu parceiro. Esse é um assunto delicado para mim, pois fui super injusta em todos os nossos encontros, por que tinha esperanças em um noivado arruinado. Porém, por mais que não admite a ninguém, e odeie admitir a mim mesma, penso nele mais que gostaria. É como se cada célula do meu corpo quisesse estar perto dele. Como se eu precisasse tocar naqueles lindos cabelos ruivos para me sentir completa.

Aquele dia no castelo real de Hybern, Elain Archeron, aquela garota humana e fraca morreu. E eu nasci, uma fêmea extrovertida, alegre e ama ficar com suas amigas.

Mais como nem tudo são flores, por mais que eu ame elas, minha transformação em grã feérica me trouxe coisas não tão boas. Hoje tenho poderes nos quais não sei controlar, e que não sei como chama-los porque não os compreendo. E tenho medo de tentar domina-los.

Imagino-me tocando sua pele, o abraçando, beijando sua boca, arrancado suas roupas... E isso me apavora.

Corte de Luz e FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora