Capítulo Dois: O Depois

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Capítulo Dois: O Depois

Quem suspeitaria que os adolescentes de dez anos atrás iriam se casar depois de um certo tempo.

Após a primeira vez que tomei iniciativa para me comunicar com Sakura, nunca mas nos desgrudamos, eu abri mão da minha "popularidade" para simplesmente passar meu tempo com Sakura, para simplesmente eu ter a amizade verdadeira dela e de ninguém mais.

Ignorava balada, meninas, tudo, porque eu estava obcecado pela a rosada que quando eu vi, roubou meu coração.

Tínhamos agora vinte e seis anos, e iria fazer cinco anos que estamos casados, e dez anos juntos.

Era uma manhã como as outras, eu acordei depois de Sakura, já que era um sábado, e eu estava contente independente de tudo. Finalmente eu estava tirando o descanso que o trabalho não me permitia ter.

Calcei meu chinelo, e levantei-me logo me espreguiçando. Com um último bocejo, eu comecei caminhar até a saída do quarto, e quando avistei as escadas, não hesitei em começar desce-las rapidamente logo tendo a visão da sala.

Já com os pés no chão, caminhei até a cozinha, logo tendo a visão das costas de Sakura que cortava algum legume.

— Bom dia, flor do dia! — Eu chamei sua atenção.

— Bom dia, sr. Uchiha! Adivinhe o que teremos para o almoço? — Virou uma Sakura feliz olhando Sasuke.

— Almoço? Para mim ainda era café da manhã!

— Como? Não olhou no relógio? São meio-dia já. — Ela soltou uma risada.

— Eu dormi demais? — Perguntei.

— Não diria essss coisas, quem sou eu. — Brincou.

— Rsrs, mas enfim, continue.. o que você fez? — Perguntei curioso.

— Fiz não, estou fazendo. — Corrigiu divertida. — Onigiri com Okaka. — Disse Sakura fazendo-me sorrir.

Onigiri com Okaka era e é minha comida favorita de todos os tempos, e me surpreende Sakura lembrar disso, já que contei a muito tempo sobre isso.

Um sorriso brotou em meus lábios. E Sakura me olhou com ternura.

— Você lembrou.

— Claro meu amor! Eu lembro-me de tudo sobre você.

— Assim me sinto ofendido, já que não lembro nada de você. — Disse sincero.

— Não se preocupe quanto a isso, sei que sua mente é de um idoso de oitenta anos. Ninguém lhe culpa. — Advertiu.

— Comediante. — Virei os olhos sorrindo.

— Você me ama! — Fingiu jogar os cabelos para o lado em talvez um tom de "deboche".

— Convencida.

Sakura ri mas logo o seu riso se cessa.

— O que houve? — Eu perguntei.

Ela parou o que estava fazendo e virou-se me olhando mordendo o lábio inferior com certo medo.

— Precisamos conversar, é um assunto sério, eu poderia esperar um pouco mas de tempo, porém acho que já passou mas que da hora de você saber.

— O que aconteceu? — Minha preocupação na voz era evidente.

— Hey, acalme-se. Er.. sente-se na mesa.

Estranhando eu a obedeço e logo ela se senta ao meu lado com o corpo virado para meu lado, ela pegou minhas mãos apertando-as e seus olhos não encaravam os meus, o que me deixou mais preocupado ainda.

— Sakura.. estou preocupado!

— Bom, hum.. recentemente você percebeu que estou passando mal, certo? Sempre vomitando, ou algo assim. — Concordo. — Então, minha menstruação atrasou, e eu não liguei no começo, mas fui no médico recentemente para verificar a respeito disso.. Bom, eu estou.. — Engoliu o seco. — Grávida de duas semanas.

Congelei.

Eu não sabia que reação ter quanto a esta notícia. Eu estava feliz, mas ao mesmo tempo eu estava surpreso. Quando Sakura nota que não esbocei reação, vejo seus olhos marejar, e quando ela menos espera eu dou um sorriso.

— Vamos ter um bebê? — Perguntei para confirmar que aquilo não era um sonho.

— Vamos! — Ela respondeu sorrindo deixando lágrimas sair de seus olhos.

Em um ato rápido eu a abraço, e assim ficamos por um certo tempo antes de ela se separar.

— Tenho que terminar a comida. — Ela lembrou.

Acenti a vendo se levantar e caminhar até a pia.

Tudo estava parecendo como um sonho, um sonho que eu não queria acordar nunca. Sempre quis ter uma família, mas nunca forcei a barra quanto a isso, acho que tudo tem seu devido tempo, e eu nunca toquei no assunto com Sakura, acho que por isso o receio dela quanto a minha reação, mas eu nunca ficaria bravo a respeito disso, afinal, eu vou ter uma família com a mulher que eu amo, vamos ter um filho juntos! Isso é mais que perfeito, é maravilhoso, é tudo que tem de bom no mundo.

— Vai ficar olhando para o ar como um bobo? — Ela ri.

Sorrio e me levanto caminhando até atrás da mesma e beijando seu pescoço, logo me afastei.

— Quer ajuda?

— Quero, mas não tenho dinheiro. — Brincou.

— Rsrs, não quero dinheiro.

— Não confio, mas enfim, arrume a mesa e depois vem me ajudar a preparar o Onigiri com Okaka.

— Ok. — Acenti.

E esse foi o melhor dia de nossas vidas, só não sabíamos que o destino tinha outros planos para nós dois.

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