BÔNUS - O passado esquecido_Parte 2.

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        Estava sentada no jardim rabiscando na terra um graveto fazendo círculos dentro de círculos e olhava as flores que Deméter e Perséfone fazem crescer ainda suspirando perdida em pensamentos:

— Parece mais distraída que o normal — Deméter me olhava.

— Desculpa....Disse algo minha senhora? — Me levanto.

— Pode buscar alguns pergaminhos para mim Hermes vai saber quais são — Ela fala fazendo sinal para sair.

— Sim senhora — Eu me curvo saindo.

       Eu andava pelo Olimpo suspirando pensativa, havia quase uma semana depois que...Conheci ele, não nos encontramos mais e acho que talvez seja melhor assim:

"Ele não vai ficar para sempre de que adiantaria. É estranho"

— A Natureza, aqui estão os pergaminhos — Hermes fala me passando uns seis deles —Tudo que ela pediu..

— O - Obrigado — Tentava segurar todos saindo.

      Eu voltava carregando os pergaminhos quando tropeço em um pequeno degrau no piso e um deles cai:

"Maravilha..."

      Tento pegar enquanto segurava os outros, mas eles quase caem também enquanto segurava aquele e tento equilibrar e dou dois passos para trás quando esbarro em alguém:

— Desculpe.. — Viro no mesmo instante, mas no mesmo segundo voltei a travar e todos escorregam da minha mão.

— Você está bem? — Érebos pergunta.

       Concordo com a cabeça e começo a recolher os pergaminhos do chão:

— Aqui está — Ele me passa o que derrubei primeiro.

— Não precisa, obrigado! — Falo vendo ele pegando outros.

— Não me incomodo, vivo sempre lutando mesmo...Fazer algo simples ajuda às vezes a aliviar o estresse — Ele falava e realmente via ele com alguns arranhões e marcas roxas ou avermelhadas pelos braços e uma grande marca no rosto contando também com um corte no braço dele que estava com sangue já seco.

— Contra os males? — Pergunto baixo.

       Ele para e concorda logo em seguida nos levantamos e ele me ajuda a equilibrar:

— Natureza...

— Lembra meu nome? — Pergunto surpresa.

— Porque não lembraria....Já entendi...Você não é de falar com eles, certo?

      Concordo dando de ombros e ele me olhava e desvio o olhar:

— Desculpa, se estiver incomodada comigo..

— Não! Não é nada disso eu apenas...Nunca conversei muito com outras pessoas...Sou inexperiente nisso, não se ofende!

— Não me ofendeu, sinceramente falando, eu também nunca conversava com ninguém também.

— Mesmo?

— Viver no vazio tem suas desvantagens — Ele ri, mas para tossindo um pouco.

— Você está bem? — Questiono.

— E uma tosse...Ter um corpo mais humano é exaustivo, apesar de que é melhor que ser igual ao Caos — Ele esfregava o rosto.

— Como? — Questiono.

— Ah bem, sendo um primordial para viver por aqui precisamos de corpos mais humanos por assim dizer...Essa é a primeira vez que faço isso...Obrigado, logicamente..

Filho das Trevas {Descendentes da Escuridão.}Onde histórias criam vida. Descubra agora