Filho das Trevas {Descendentes da Escuridão.}

Capítulo 54 - Voo intenso.

"Se sentimentos de uma amizade forte.
Podem se tornar um amor intenso."

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   Estava no jardim e suspiro colocando meus óculos tentando me concentrar e junto minhas mãos como se meditasse e coloco minhas asas para fora:

— Ok...Primeiro a posição delas.

   Abro as asas as estendendo enquanto me abaixo um pouco e bato elas algumas vezes como exercício e seguro uma a esticando me arrepiando e logo faço o mesmo com a outra:

"Vamos lá, cinco centímetros do chão..."

   Começo a bater as asas mais rápido e pulo tomando impulso subindo me mantendo no ar e me alinho erguendo os braços:

— Mais alto agora — Começo a subir mais ainda passando sobre algumas árvores fazendo um pouco de vento forte soprar.

Fecho meus olhos sentindo a brisa e começo a subir mais ainda conseguido ver parte da floresta e giro no ar sorrindo:

— Oi Eloise — Ouço vendo Heitor sobre o muro.

— Ah! — Paro de bater minhas asas e sinto cair atravessando alguns galhos e cubro meu rosto caindo sobre um arbusto. — Merda!

   Me levanto ajeitando minha coluna e assim que mexo minha asa meu corpo reage pela dor e seguro um xingamento:

— Desculpe, não quis te assustar...Eu ouvi um barulho e subi no muro...

— Tudo bem — Ri tirando folhas do meu cabelo.

— S - Se machucou — Ele parecia ter olhos brilhando um pouco.

— Não, estou bem, mas acho que cai sobre a minha asa-Ah! — Tento me mover e seguro minha asa no mesmo instante.

— Ok, primeiro não force ela a se mexer asas de anjos não são tão frágeis assim então só deve estar dolorida ou um músculo tenso por não usar elas muito....Eu posso? — Ele estende as mãos.

— Claro.

— Asas são algo tão pessoal para paladinos que só permitem que poucas pessoas as toquem — Senti ele tocar minha asa sobre a área dolorida e notava ele um pouco corado — Minha mãe era a única que chegou a tocar as minhas asas antes de..

   Ele puxa e solto um grito baixo, mas logo a dor passa e apenas formigava um pouco e via os dedos dele brilhando enquanto suas mãos passavam pelas penas e meu rosto fica vermelho como o dele:

— Você gosta de asas?

— Não das asas em si, mas gosto da sensação de liberdade que tinha, eu voava sobre nuvens, sentia o vento e o calor do sol sobre mim...Era sim uma sensação...Maravilhosa.. — O brilho no olhar dele ficava intenso enquanto falava isso.

— Sente falta de voar? — Pergunto.

— Bastante... — Ele suspira.

— Ok então, já que me ajudou a não ficar dolorida na queda...Vamos dar uma volta — Seguro o pulso dele.

— C - Como?

  Eu o puxo até a parte aberta do jardim já levantando um pouco do chão segurando os braços dele firme: