BÔNUS - O passado esquecido_Parte 3.

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    Eu carregava uma bandeja de cálices vazios levando para área de limpeza e sorria meio corada lembrando do beijo cada vez mais frequentemente.

    Érebos e eu estávamos juntos, ele tinha suas missões obviamente deixavam ele bem ocupado e ferido às vezes, sempre que podia cuidava de alguns ferimentos dele, tinha poucos dias depois do que houve no jardim e nada me deixava menos sorridente.

      Mas nem tudo estava bem, Deméter dizia sempre que não devia confiar nele, Afrodite parecia curiosa sobre o que eu sentia e o que faria...Eu agia contra o que diziam eu ainda o via e gostava de conversar com ele, era uma companhia agradável para mim pelo menos:

— Sério? Não sei porque fico surpreso...Está agindo como uma criança — Ouvi.

— Porque não cuida da sua vida Caos.....Eu tenho direito de tomar minha decisão, Nix sabe que não sinto nada por ela além de um amor de irmãos, aquilo foi um acordo e você sabe disso!

"Érebos."

    Paro antes de passar por uma porta ouvindo uma discussão talvez, sabia que era errado, mas sentia uma presença bastante irritada e elevada de forma sombria...Chego perto espiando:

— Você é um primordial, sua relação com aquela mortal está proibida e você sabia disso, se está usando ela para me irritar eu digo, você é realmente uma criança.

"Usando?"

— Porque não vai cuidar da sua favorita e me deixa em paz! — Érebos grita irritado encarando Caos com olhos negros.

— Sua irmã e você tem muito o que conversar, de um jeito ou de outro você sabe que não deve quebrar as regras — Caos saiu o deixando sozinho.

     Érebos rosnava cerrando punhos mordendo a parte de baixo da boca até sangue pingar e via uma aura obscura ao seu redor enquanto ele murmurava baixo, ando até ele mesmo sentindo um pouco de incômodo e estendo a mão devagar tocando seu ombro:

— Éreb...

     Ele vira e sinto energia passar a centímetros do meu rosto e acertar a parede atrás de nós levantando uma pequena nuvem de fumava e tinha meus olhos arregalados e largo a bandeja pelo susto ouvindo os cálices de ouro baterem no piso:

— Natureza... — Os olhos dele voltam ao normal percebendo o que fez e sinto algo quente em meu rosto.

      Toco o mesmo vendo sangue manchar meus dedos e me assusto:

— Natureza, me desculpa eu...

      Eu recuo quando ele tenta chegar perto e ele abaixa as mãos e recua também:

— Você ouviu? — Ele levanta o olhar para mim recuando se encostando na parede onde havia sombra de uma estátua de Apolo.

— Você não está me usando...Certo? — Questiono insegura.

— Q...Não! Não estou, agora só falta dizer que quero controlar você como um boneco — Os olhos dele começam a voltar a ficar negros mostrando que ele estava irritado — Ele sempre consegue estragar minha vida...Se pudesse o matava eu mesmo para me livrar dessa praga imprestável...

     Me assusto vendo uma marca negra surgir atravessando seu olho direito e ele bate no próprio rosto rosnando:

— Não...Para...Não preciso disso, eu controlo...Ele não merece minha raiva...

— Érebos! — Vou até ele preocupada.

— Me desculpe...Ele me irritou e acabei quase descontando minha raiva em você...

Filho das Trevas {Descendentes da Escuridão.}Onde histórias criam vida. Descubra agora