𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 :: haikyuu

tsukishima kei - 𝐁𝐀𝐑 𝐉𝐀𝐙𝐙

Não é um pedido, eu apenas estava assistindo a rainy day in new york e eu fiquei muito inspirado logo que o Gatsby começou a cantar Everything happens to me pra Chan, aí eu pensei "por que não?"

E foi isso.

895 palavras.

[nome] era uma daquelas pessoas que nunca param quietas e quando estão em multidões, sempre chamam quase toda a atenção para si, do tipo de pessoa que ama escrever e ler poesia, mas se você não perguntar, nunca vai adivinhar isso, do tipo de pessoa que é ótima em matemática, mas você deduz que não pelo fato de ela nunca ficar calada nas aulas, mas principalmente [nome] era o tipo de garota extravagante que só se acalma com jazz de bar ou com blues tocando.

E Tsukishima Kei obviamente sabia de tudo isso, mesmo que ainda estivesse resolvendo o quebra cabeça de 2000 peças que era [nome], eles se conheciam desde sempre, praticamente nasceram juntos, sendo [nome] apenas dois meses mais velha, estudaram juntos em todas as mesmas escolas, iam e voltavam para casa juntos e a maioria dos amigos que [nome] adquiria, ela puxava para serem amigos de Tsukishima, que reclamava muito antes de aceitar qualquer pessoa.

Mesmo com muitos anos de amizade, era praticamente impossível até mesmo para o loiro, prever qualquer tipo de coisa que ela pudesse fazer, tipo quando ela entrou num concurso de culinária sem nem saber cozinhar e conseguiu ganhar o segundo lugar ou quando ela decidiu jogar vôlei e fez um saque flutuante perfeito sem nunca ter ao menos tocado numa bola de vôlei, [nome] era ótima em várias coisas, menos ouvir o que lhe era mandado.

— Essa já é a minha quinta caneta que você perde essa semana [nome] eu vou falir por sua causa garota. — O loiro falou com um timbre irritado, a garota não deu ouvidos e pegou mais uma caneta do estojo dele, que o fez bufar e a olhar irritado.

— Já disse que você me adotou, agora aguenta. — Ela sorriu balançando a caneta do seu lado, e antes que Kei pudesse lhe dar um peteleco na testa, ela virou rapidamente para frente.

— Você consegue ser um ser humano pior que o Hinata.

— Não fale assim do Hinatinha, Tsukki, eu acho ele tão legal. — Mesmo não olhando diretamente para ele, ela sabia exatamente como ele estava nesse exato momento, de braços cruzados e revirando os olhos, não só por intuição, mas, porque Yamaguchi que sentava do lado do garoto, sempre ria quando ele se comportava assim.

— Claro que você gosta, ele é tão estranho quanto você.

Depois desse comentário [nome] se permitiu apenas dar uma risadinha e tentou se concentrar na aula de história, que pareceria ser tão interessante se ela não soubesse todo o assunto.

De cinco em cinco minutos ela virava para Yamaguchi e mostrava um progresso novo na folha de desenhos aleatórios que ela fazia, ele sorria e admitia que estavam muito bons mesmo.

Almoço, finalmente, não que [nome] fosse realmente almoçar, até porque ela já tinha comido mais da metade das coisas que ela havia trazido durante a aula.

No almoço quase sempre era quando ela ia para o telhado da escola ficar com os amigos poetas esquisitos dela, aqueles caras que se achavam drogados, mas nunca nem ao menos puseram um cigarro na boca.

Ela nem ao menos ficava por muito tempo com eles, ela só subia lá para ter alguém para mostrar seus devaneios poéticos que tinha durante as aulas.

Hoje, Tsukishima se ofereceu para ir com ela, não seria a primeira vez que ouviria uma poesia escrita por [nome], já tinha ouvido todas, sabia-as de cor e salteado, a voz da menina ficava impregnada na sua cabeça enquanto ela declamava qualquer uma das suas obras com a maior paixão e emoção que está presente em sua alma.

Quando chegaram até o lugar, [nome] sorriu para todos e falou com todos, enquanto Tsukishima repensava seriamente na sua decisão.

Em menos de um minuto, a garota já subia no palco improvisado com um sorriso no rosto, todos ficaram calados imediatamente, Kei não sabia se era por ser [nome] se apresentando, mas eles pareciam respeitar bastante a garota.

— Hoje eu não trouxe exatamente uma poesia, na verdade, eu vim cantar para vocês, achei que seria bom fazer algo fora do normal, o nome da música é everything happens to me. — O loiro conhecia bem essa música, era a música favorita de [nome].

Ela iria cantar sem batida de fundo, sem ritmo, apenas sua voz.

"I make a date for golf, and you can bet your life it rains I try to give a party, and the guy upstairs complains"

Em uma lembrança vaga, o loiro teve uma sensação boa de acolhimento na voz da menina que cantava sorrindo largo.

"I guess I'll go through life, just catching colds and missing trains, everything happens to me"

Tudo acontecia consigo e isso nunca mudou, até mesmo seus sentimentos eram sentidos com mais intensidade, mesmo que não demonstrasse isso.

O garoto em algum momento, não conseguiu mais prestar atenção na música, apenas em quem cantava ela, para si mesmo, ele admitia que ela sempre fora sua paixão, desde quando eram crianças e ela lhe ensinou a andar de bicicleta, ele caía sempre e morria no chão, se ele pudesse, ficava por ali mesmo, mas [nome] sempre fazia questão de fazer ele se levantar.

"I fell in love just once, and then it had to be with you, everything happens to me"

Uma vez a única desde os nove anos, Tsukishima realmente era perdidamente apaixonado pela garota que gostava de bar de jazz.