Capítulo 7

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     Mesmo com várias pessoas do lado de fora - que já estavam entrando novamente -, o lugar ainda estava lotado e eu tive de passar por inúmeras pessoas, pedindo licença e me espremendo. Estava quase chegando à outra saída da cabana, quando senti meu braço ser segurado. Virei para trás, achando que era Mason e estava prestes a gritar para ele me deixar em paz quando vi que era Chad Ray. Ele sorriu para mim, claramente não vendo o meu rosto cheio de lágrimas e começou a me puxar.

- Chad, me deixa ir - Disse, mas minha voz trêmula não passava de um sussurro. - Chad.

- Calma Alexis, é só uma música - Ele disse e eu comecei a me desesperar.

- Então, Mason, capitão. Vai cantar qual música? - Ouvi Brant rir. - Taylor Swift? É, todos sabemos.

    Ouvi a voz de Mason irritada abafada, dizendo que não queria cantar nada e eu tentava fazer a mesma coisa com Chad, mas ele não me ouvia no meio de tanto barulho. A voz de Mason mal-humorada me fazia querer ir embora, desaparecer.

- Quem vai ser seu ou sua parceiro ou parceira? - Brant perguntou, tendo um acesso de riso.

- Aqui! - Chad gritou enquanto eu tentava me soltar. - Aqui! Ela canta!

      Eu manti minha cabeça abaixada e forçava a mão de Chad para parar de me segurar, mas ele não parecia sentir nada. Senti os olhos de Mason me fitarem, sem expressão, e queria mais do que tudo ser invisível.

- Chad, eu não quero - Disse, com mais força. - Eu quero ir embora.

      Mas, novamente, ele não me deu ouvidos e, quando percebi, fui içada para cima do palco central, junto a Mason, que era neste momento, empurrado para o outro lado. Mason se equilibrou e então olhou para o lado, mantendo seus olhos em meu rosto. Logo desviei o olhar e tentei descer, mas todos estavam gritando e incentivando. Para evitar olhar para Mason novamente, porque eu tinha certeza de que não aguentaria, olhei para o microfone à minha frente e lembrei de como aquilo me assustava.

          Odiava karaokês... Da última vez que cantei em um, meu pai quebrou a perna, não que tenha sido porque eu canto mal ou algo do tipo, mas como criança, achei que aquilo fosse a minha culpa. Agora, eu morro de medo de falhar, de errar alguma nota e, afinal de contas, eu nem queria estar aqui! Dei um longo suspiro e tentei esvaziar minha mente, impedindo que a gritaria me afetasse.  Pronta para a humilhação, eu me virei para o lado e o vi novamente. Droga, por que ele tem que ser bonito? Em vez de desviar o olhar, apenas me mostrei indiferente a tudo o que ele pudesse dizer e ele permaneceu em silêncio, observando os meus movimentos com cautela.

         Ouvi a música começar a tocar e senti meu estômago se revirar. Ah, eu daria tudo para poder ficar em casa e dormir até acreditar que todo esse dia foi um pesadelo... Finalmente comecei a ouvir a gritaria novamente e, admito, que foi uma das decisões mais idiotas da minha vida.

- Ei, Alexis! - Paula gritou. - Então, o Mason te rejeitou, é?

        Eu congelei ao ouvir estas palavras. Por um momento, eu tive vontade de gritar que não, ele não havia me rejeitado, mas recordei-me de que ele não tinha feito coisa melhor que isso. Olhei para Paula, mostrando na tela do celular um vídeo em que eu chorava e Mason apenas mantinha as mãos no bolso, quieto, e virei meu olhar para Mason, sentindo o meu coração levar o golpe final e meus olhos inundarem. Ouvia as amigas de Paula rirem zombatoriamente. Tinha dificuldade em respirar e enxergava tudo borrado, mas consegui ver nitidamente os olhos de Mason, como se só agora notasse o que Paula disse. Grande coisa, ela denunciou o que eu já suspeitava de Mason. Não sei porque olhei para ele... Ele não me ajudaria, afinal, era parte disso tudo.

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