5.
Draco estava abismado. Quando se apressou para ver o que estava acontecendo naquele amontoado de pessoas, ele temia. Temia pois sabia que todos eles estavam se juntando onde havia deixado Harry. Quando correu, ele já imaginava que o menino havia se metido em confusão, só não imaginava que ele tinha empurrado aquele homem no chão.
Malfoy sabia que deveria ficar e arcar com as consequências, mas ele conseguiu ver o olhar apavorado de Potter, ele viu o que ninguém viu ou fingiu não ver. Então quando Draco saiu correndo atrás do menino, poucos segundos depois de ter retomado a consciência do que havia acontecido, ele não pensava em mais nada.
Ele saiu do evento e olhou para todos os lados, mas não havia nem sinal dele. Draco pensou que, talvez, Harry tenha ido para o lugar que chama de casa, mas era muito longe de onde estavam para correr até lá estando em sã consciência. Malfoy pegou o celular e discou o número de Luna.
— Alô? — A mulher atendeu. — Já posso levar o cachorro?
— Não, quer dizer... É quase isso. Aconteceu um incidente e o Harry sumiu...
— Sumiu?! Como assim? — Preocupação estava na sua voz.
— Yeah, mas está tudo bem, eu acho. — Coçou a nuca completamente desconcertado, indo em direção ao carro. — Eu vou procurá-lo. Certifique-se de levar o bicho, eu não demoro. — Ele não esperou uma resposta, encerrando a ligação logo em seguida.
Draco estava pronto para entrar no automóvel, mas então viu uma figura totalmente encolhida ao lado do mesmo tremia. Malfoy não precisou reconhecer a pessoa, era Harry ali. O garoto tinha as costas apoiadas no carro, enquanto abraçava os joelhos escolhidos no peito.
— Harry? — Franziu o cenho, mantendo uma distância considerável.
— Desculpa. — Sua voz estava ainda mais grave, pois provavelmente havia chorado. Ele não ergueu o olhar, ainda mantinha a cabeça entre as pernas.
— O que aconteceu lá?
— Não importa. Eu estraguei tudo. — Fungou, elevando o olhar com certo receio e notando a feição confusa do homem em si.
— Me diga o que houve, Harry! — Exclamou num tom rígido e autoritário.
— E-ele... Ele me tocou... Eu pedi para que parasse, mas ele não parava... — As lágrimas voltavam.
— Porra! — Rosnou, chutando o pneu do carro com força e um alarme estridente soou. — Eu avisei que ele estava te olhando com intenções, por que não ficou longe? — Foi obrigado a elevar a voz pelo barulho, enquanto pegava as chaves no bolso.
— O quê? — Ficou de pé com certa dificuldade, unindo as sobrancelhas. — O senhor está me culpando?
— Não foi isso que eu quis dizer. — Desligou o alarme finalmente, suspirando.
— Mas insinuou. — Tinha alteração na voz.
— Eu não insinuei nada, rapaz! — O encarou sério, observando Harry com certa raiva aparente. — Vamos. — Ele abriu a porta do passageiro para que o outro entrasse, mas ele não fez menção de que iria entrar ou mover um músculo que fosse. — O que foi agora? — Arqueou as sobrancelhas, irritação se fazendo presente. Potter continuou no mesmo lugar, agora travando o maxilar. — Ok, ok. Eu sei que o que aquele homem desprezível fez é repugnante, mas o que eu posso fazer? Eu sinto muito por você, mas, agora, precisamos ir embora... Me desculpe, falei merda sem pensar direito. — Olhou tristemente. — O cachorro tá te esperando. — Indicou o interior do automóvel.
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Fake Flowers, People Too | Drarry
Fanfic[CONCLUÍDA] Encontrá-lo talvez tenha sido o pico para maiores problemas, ele não era apenas um vendedor de flores ambulante. Harry tinha cicatrizes que nunca poderiam sarar, estavam em seu corpo, em sua cabeça, enterradas em sua carne e em seus osso...