15.0 🌷

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15.

Harry estava deitado e ao seu lado estava Draco, ambos encarando o teto. Nenhum dos dois teve coragem suficiente para avançar ou sequer dizer uma única palavra. Draco sacudia o pé coberto pela meia e Harry brincava com os dedos.

Talvez houvesse se passado trinta minutos, mas para eles estava sendo como horas. Potter sentia o coração na boca e sua barriga embrulhada apenas por estar respirando. Tudo o que podia ser ouvido era suas respirações e a de Harry estava desregulada.

— Não precisamos fazer isso. — Draco finalmente quebrou o silêncio ao virar a cabeça para o outro.

— Eu sei, mas eu quero. — Também virou o corpo e agora tinham os rostos tão próximos que as respirações podiam ser sentidas.

— Por quê?

— Eu quero sentir... — Engoliu em seco. — Sentir algo bom.

— Há muitas maneiras de sentir prazer. — Ele pôde notar as bochechas do outro ganharem uma cor rosada assim que a palavra saiu de entre seus lábios.

— Você já fez isso com muitas pessoas? — Perguntou curioso.

— Yeah, com algumas. — Riu. — Quando a gente é jovem as coisas são diferentes.

— Você não é velho. — Franziu o cenho.

— E também não sou jovem. Estou naquela idade meio termo que você só pensa em trabalho e nada é muito emocionante.

— Você já namorou muitas pessoas? — Questionava como uma criança e Draco só podia sorrir e responder de bom grado.

— Eu não diria namorar, porque eu passei cinco anos da minha vida com uma pessoa só. — Revirou os olhos e Harry se remexeu incomodado. — Mas na escola e na faculdade eu devo ter namorado umas dez pessoas. — Viu a careta de Potter e riu alto.

— E você amou todas essas pessoas? — Sua voz saía calma.

Draco suspirou alto.

— Não, eu nunca amei ninguém com quem já me relacionei. Eu só precisava preencher algo que eu não podia, e também estar enquadrado. Talvez um dia você entenda.

Harry não queria entender, pois não queria se relacionar com ninguém que não fosse ele.

— Nem o Theo?

— Talvez eu o amasse no começo, mas virou rotina, sabe? E ele não era mais o mesmo. Como você mesmo disse, não era algo saudável.

— Então você também não sabe o que é o amor. — Concluiu sério.

— É, eu acho que não sei. — Riu de leve. — Mas eu tenho certeza que o amor não significa nada, a menos que haja algo que vale a pena lutar. — Sorriu. — É uma guerra linda.

Harry sorriu de volta, deixando duas covinhas visíveis e se esticou até alcançar os lábios do outro. Draco logo levou uma mão até a cintura dele e o trouxe para mais perto, colando seus corpos. O beijo era calmo enquanto suas línguas dançavam juntas e o mais novo acariciava o rosto alheio.

Malfoy calmamente e sem separar o beijo foi para cima do menino e como algo automático Harry rodeou as pernas nos quadris dele. Potter tinha os braços ao redor do pescoço do mais velho também, enquanto Draco deslizava os dedos gélidos por baixo de sua camisa.

O garoto arfou pelo contato e Draco não se conteve em puxar seu lábio inferior entre os dentes. Harry sentia os dedos do homem subirem por sua pele e quando ele tocou seu mamilo, um gemido baixo escapou. Draco sorriu ladino e começou descer beijos para seu pescoço ao mesmo tempo que massageava o mamilo eriçado. Potter gemeu rouco e arrastado sentindo sensações boa percorrer seu corpo.

Fake Flowers, People Too | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora