Algumas horas após partirem da cidade Central, os três alquimistas juntamente com a mecânica de automails, continuavam seguindo caminho e agora aproximavam-se de Rush Valley, para alegria de Winry que já quase não conseguia conter a empolgação de finalmente poder conhecer o paraíso dos automails e de Ed que já não aguentava mais ouvi-la falando a respeito das próteses metálicas. Só queria poder almoçar tranquilamente, sem toda aquela lengalenga sobre parafusos e placas de metal. Era pedir demais?
-Na verdade dá pra fazer automails não apenas para braços e pernas, já ouvi falar de modelos que até serviam para substituir olhos!
-Heeeh? Sério? – Ani a ouvia falar interessada enquanto comia. – E é tipo um olho normal ou um olho biônico com visão noturna ou sei lá?
Winry ri.
-Normalmente é só um substituto sem grandes aprimoramentos, mas se está falando de possibilidades, é possível sim!
A conversa segue, não demorando para finalmente desembarcarem em Rush Valley e assim que pisam seus pés para fora do trem, também não leva muito tempo para que Winry se encante e grude seu rosto em alguma vitrine, totalmente hipnotizada em meio àquele mar de diferentes modelos.
-Hoooh! O comércio daqui parece realmente todo voltado a mecânica de automails! – Ani comenta num ar admirado enquanto olhava em volta.
-Por favor, não vá ficar igual a ela. – Ed resmunga.
-Como se você a detestasse. – Resmunga de volta.
-Que?
-Nada não. – Leve sorriso. – Winry-chan, me espera!!
Vendo Ani fugir de responder suas perguntas e correr para junto de Winry, Ed apenas bufa, revirado os olhos. Pelo jeito já tinha perdido totalmente o respeito dela como mestre. – Não que se importasse muito com isso.
-Elas se tornaram boas amigas, não é? – Alphonse comenta, observando-as conversando em frente a vitrine. Edward apenas o responde com um resmungo. – Ani nunca entrou muito no assunto, mas ela dá a impressão de não ter tido muitos amigos quando criança.
-Bem, ela vivia em uma fazenda e casas no campo costumam a ser distantes uma das outras. Nós mesmos só teríamos tido contato com a Winry se não tivéssemos ido à escola.
-Pensando bem, a Winry também nunca foi próxima de outra garota. Talvez por isso elas tenham se entendido tão bem.
-Pra mim tem mais a ver com as duas terem um parafuso a menos do que com gênero.
Em meio ao mau-humor rotineiro de Edward, os dois irmãos não percebem uma estranha movimentação que se formava atrás de ambos, percebendo as presenças ali apenas quando escutam uma voz os chamar.
-Ei, você, garoto loiro!
-Hm? – Responde sem ânimo.
E antes que pudesse perceber, Ed estava completamente rodeado de vários mecânicos interessadíssimos em seu automail, já prontamente – E sem nem ao menos pedir autorização. – puxando a manga de sua blusa para expor a prótese mecânica.
-Eu nunca vi um modelo como esse!
-É muito interessante!
-Como foram feitas as conexões elétricas?
E não tendo tempo de sequer protestar, Edward é atacado por aquela multidão de mecânicos sedentos por informações e completamente alheios ao dono da prótese, que simplesmente arrancam suas roupas como hienas famintas apenas para ver melhor a peça.
Ouvindo os gritos de seu mestre atrás de si, Ani olha para trás, arregalando seus olhos ao ver a confusão.
-W-Winry-chan!
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Sugar Heart
FanfictionNo caminho de volta para East City após os acontecimentos em Liore, os irmãos Elric conhecem de forma nada convencional, uma jovem viajante chamada Ani. Talvez por sorte ou por ironia do destino, a longa viagem de Ani tinha como propósito encontrar...