Capítulo 17

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Lembra do voto e boa leitura

20 de dezembro de 1996

Anastácia Siofra

- O que foi? – George segurou meu pulso antes que saísse do carro.

- Só queria olhar para você mais um pouco – alisou minha bochecha com o polegar.

- Dormir comigo todas as noites não é suficiente? – ri relaxando no banco.

- Nunca é – suspirou baixinho.

- O que houve? Vamos, me conta – entrelacei meus dedos nos seus.

- Tive um pesadelo essa noite – olhou para algum ponto na nossa frente, pensativo – deixa pra lá, é bobagem.

- Se fosse você não estaria assim, vamos. Me conta – puxei seu rosto na minha direção segurando pelo queixo com o indicador.

- Sonhei que você me deixava sem se despedir, outra vez – engoli em seco surpresa por ser isso.

- Me dá sua mão – ele estendeu e a pus na minha barriga – senhor Weasley, você me prendeu a você pelo resto da vida de forma bem eficiente na nossa primeira noite juntos.

- E não me arrependo nem por um segundo – sorriu me roubando um selinho – se não tivéssemos um bebê a caminho...

- Sinceramente? Acho que íamos acabar juntos de qualquer jeito. É impossível não se apaixonar por você – rodeei seu pescoço com meus braços.

- Digo o mesmo e se você não estivesse grávida eu daria a volta no carro procurando uma rua deserta e transaria com você agora mesmo, uma pena que na atual circunstância poderia machucar o bebê – o meio sorriso no seu rosto quase me fez esquecer que tinha que trabalhar.

- Não me tente, Sr. Weasley – me afastei arrumando a roupa repentinamente com calor.

- Tenha um bom dia de trabalho futura Sra. Weasley – roçou os lábios no meu pescoço o mordiscando – agora estou feliz que vai passar o dia pensando em mim.

- Sabe Georgie – pisquei inocentemente alisando seu abdômen por cima da roupa indo para sua coxa o acariciando perigosamente perto de onde sabia que gostaria sentindo o tecido ser repuxado – em poucos meses eu não vou estar mais grávida, só um lembrete – lhe dei um selinho – tenha um bom dia pensando em mim.

- Respeitosamente e isso é maldade – franziu o cenho olhando para baixo, ri do seu desgosto em não poder ter mais.

- Ei George – levantou o olhar para mim e cobri sua boca com a minha – eu nunca vou te deixar, nunca mais.

- É uma promessa? – falou esperançoso.

- É uma promessa – seu sorriso era tão brilhante que podia iluminar o sol.

- Nos vemos em casa passarinho.

- Para eu conseguir ir você precisa me largar – ri levantando a mão que ele ainda segurava.

- Eu sei, só estou um pouco agoniado com o sonho.

- Foi só um sonho, ok? No fim do dia volto para você, eu fiz uma promessa e eu cumpro minhas promessas – acenou me deixando ir depois de mais alguns beijos que quase me fizeram chegar atrasada.

Em três semanas eu faria sete meses e então seriam mais três meses para a data prevista do parto. Para facilitar minha vida, já que não podia mais usar a lareira, os meninos se revezavam para me levar e buscar no trabalho.

Segundas, quartas e sextas o George me levava e o Fred me buscava. Terças e quintas era o inverso. Hoje era sexta então quem devia me buscar era o Fred, mas a cinco dias do natal a loja passou a fechar as 20 horas todos os dias da semana então sabia que chegaria atrasado.

Accidental love - George Weasley (CONCLUÍDA )Onde histórias criam vida. Descubra agora