- Não há espaço para dúvidas ou incertezas. Somos uma nação forte e precisamos provar isso diante do inimigo. Akasia por muito tempo foi nação amiga, comercializamos, nos envolvemos intimamente, muitos dos nossos tem origens Akasianas, no entanto, mandaram um espião me matar, ao rei, atacaram duas vezes a coroa de Neopolita, atentaram contra a vida do seu governante gravido. Não há mais porque esconder do povo. Mas, aos nossos cidadãos não temam, não iremos atacar os filhos da terra, aqueles que tem raízes e desejam ficar, porém, aqueles que juram lealdade ao outro povo podem ir, pois por tempo o suficiente fiquei calado sobre os prejuízos causados a nossa nação. A guerra já era certa, mas agora temos motivos mais do que suficiente para marchar juntos até Brizida. – A multidão a minha frente era composta por Rohianos, Neopolitanos, Akasianos estabelecidos no nosso solo e soldados, o exército estava presente. Houveram sussurros, comentários, explosões revoltantes por ousarem tentar me matar. – O primeiro ataque foi no dia do meu casamento, tentaram me envenenar com intuito de culpar o Rei Yurick, o segundo ataque foi recentemente, não apenas a mim, mas ao meu filho, a criança que carrego nesse ventre, o futuro rei. – Isso gerou ainda mais comentários, revoltas e indignação. Não estava mentindo, mas falei isso com intuito de provocar aquelas reações, precisava que estivessem dispostos a aceitar a guerra que viria. Não tinha tempo de recuar, precisava que o povo estivesse do nosso lado.
Aquela comoção aconteceu na praça central. Escolhi o local que poderia ter a maior concentração de pessoas. Arien estava ao meu lado, apenas esperando pacientemente que algo acontecesse. Por sorte, não fizeram nada. Depois desse dia o clima não era apenas gelado, a tensão rondava cada parte da nossa capital, em todos os lugares se falava em guerra, em como Akasia havia traído a coroa. Isso era bom, poderia usar ao meu favor. Os soldados partiriam no dia seguinte em busca do rei. Admito que estava nervoso, precisava de Yurick ao meu lado, não podia vacilar mais do que isso.
Os que ainda eram leais a Akasia tiveram permissão especial de sair em comitiva, seguindo na direção das fronteiras, eram famílias e não guerreiros, então deixei que fossem se abrigar no seu país de origem, não seria cruel em terminar com sua vida antes mesmo de batalhar além da fronteira. O problema era a falta de notícias sobre Yurick.
Quando mais tempo demorasse mais a instabilidade política se mostraria presente. O batalhão me manteria informado sobre toda empreitada que iria se seguir. A pior parte era não poder se sentir seguro. Além de Laila ao meu lado, havia Hedrich, um soldado ômega de Neopolita ao qual vencerá vários torneios e competições, se mostrando excelente na esgrima e em tática de batalha, além de sua fidelidade irresoluta a coroa, era apenas uma medida de segurança depois do irmão do rei ter invadido o local com extrema facilidade. Mesmo assim ainda sentia o temor de andar nos corredores virando cada esquina com cuidado. Tentava a todo custo me mostrar forte, mas só me sentiria completamente pleno depois de ter Yurick novamente no palácio. Além disso, não poderia exercer completamente minhas funções no salão real, necessitava de repouso na maior parte do tempo.
Conter revoltas cíveis não foi difícil, a coroa tinha pleno apoio do povo. Sabia que minha popularidade sempre foi grande entre os cidadãos e agora com Roham me apoiando como rei tornava tudo ainda menos complicado. Precisava fazer reuniões com nobres, com algumas lideranças do castelo deitado na cama, pois minha condição não era das melhores, a gravidez não estava completamente estável e se não queria perder a criança precisava repousar, mas não conseguia acalmar minha mente. Estava pensando o tempo todo se Yurick estava bem, se retornaria e se tivesse morto o que faria? Não, se o alfa morresse iria sentir por causa da marca em minha nuca, nossa ligação era forte, tínhamos um elo genuíno, então poderia me certificar que estava tudo bem por enquanto.
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O Peso da Coroa - A ascensão de Roham [Completa]
FanfictionO príncipe ômega Seyrim que precisa se sujeitar a um casamento político obrigado pelo Rei que subjugou seu país com o exercito mais poderoso e implacável do continente. O que lhe resta é lutar pela própria liberdade ou aceitar o destino