- É por meio desse pronunciamento que venho lhes dizer que agora estamos sobre jurisdição do Reino de Roham, de maneira pacifica com o menor número de baixas possíveis. Fizemos um acordo com Rei Yurick para que preservemos nossos trabalhos, nossas casas e a vida do nosso povo. Ainda serei seu representante direto me casando com o vosso e meu Rei. Espero que compreendam, tudo irá melhorar e juntos seremos mais fortes para lidar com o cotidiano e os problemas corriqueiros, dividiremos o pão e por isso seremos agraciados pelos Deuses em nossas plantações. Conto com todos. – Termino o discurso na sacada do castelo a frente de vários cidadãos que estão aglomerados no pátio do palácio, muitas pessoas humildes, outros com algum título e instrução me encaravam sem compreender ao certo o que haviam acabado de escutar. Seu rei não era mais rei e agora casaria com alguém do reino inimigo, além de terem que trabalhar mais para dividir a comida pois o inverno não tardaria a chegar. Yurick estava ao meu lado segurando em minha cintura se aproximando para ser visto erguendo a mão livre na direção das pessoas que ainda cochichavam entre si.
- Belo discurso, Seyrim. – Murmurou próximo ao meu ouvido com seu sorriso petulante de sempre, mas logo voltou o rosto na direção dos que estavam abaixo. – Sou Yurick Dente de Leão, uma nova família real surge diante de todos, sou seu rei e seu governante ao lado do príncipe Seyrim que será meu esposo muito em breve e a cidade estará em feriado celebrando quando nosso casamento estiver acontecendo, será um dia especial que merece uma festa grandiosa para comemorar a união entre os dois reinos. Seremos apenas uma bandeira em um novo império. Espero que possa ter o apoio de todos. – Mesmo que seu discurso fosse motivador e belo, não parecia conquistar os que estavam ouvindo e alguns apenas murmuravam e acenavam, havia guardas ao redor, ninguém se sentia a vontade de questionar. Não que fossem aceitar de maneira passiva, mas quem ousaria dizer algo naquele momento?
- Não é justo! – Um grito se ouviu da multidão e quase dou um grito quando vejo quem poderia ser. Obviamente Makal não aguentaria ficar calado, era um maldito com língua grande. Makal era o rapaz da cozinha, um amigo de infância que tinha uma aptidão com a espada de maneira anormal, o alfa vinha de uma linhagem de cozinheiros que serviam a coroa, por isso parecia que não dobraria os joelhos diante de Yurick com facilidade. – Você entra na nossa cidade, desposa nosso rei e acha que tem algum privilegio real aqui dentro sem lutar? Eu desafio você para um duelo. – O alfa dizia com sua voz imponente instigando as pessoas a apoiar aquela decisão suicida. Queriam um herói que os tirasse da situação mesmo sendo impossível.
- Não. – Viro na direção de Yurick segurando sua veste para chamar sua atenção de maneira discreta. – Por favor, é apenas um tolo que não sabe o que diz. O jogue um dia na masmorra e voltara ao trabalho na cozinha. – Mas não seria ouvido, não é mesmo? O Rei de Roham parecia adorar desafios. Maldito bastardo.
- Aceito. – O alfa nem mesmo hesitou. – Em Roham apreciamos um bom desafio e não vejo problema para atender a um jovem tão impetuoso. – Aquilo era deveras desagradável e seus guardas, conselheiros, general não pareciam fazer o mínimo de esforço para deter seu rei, ou seja, aquilo parecia ser corriqueiro. O encaro com obvio desagrado, saindo de próximo do outro, dando por encerrado meu discurso. Não iria me sujeitar àquele tipo de selvageria sem sentindo. Admito que estava preocupado com Makal que poderia morrer no pátio do castelo. Cruzo os braços esperando pelo rei, pretendia apenas ir ao quarto, mas não tinha como ignorar tal situação.
- Não o mate. – Tento não transparecer meu extremo desagrado da situação, mas não acho que fui tão eficiente nisso.
- Não se preocupe, não pretendo matar o rapaz. É seu amante? – Yurick foi tirando suas vestes mais pesadas, deixando a parte superior do corpo despida que continuava chamando a atenção. Parecia mais sério que o normal.
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O Peso da Coroa - A ascensão de Roham [Completa]
ФанфикO príncipe ômega Seyrim que precisa se sujeitar a um casamento político obrigado pelo Rei que subjugou seu país com o exercito mais poderoso e implacável do continente. O que lhe resta é lutar pela própria liberdade ou aceitar o destino