◌ ◌ ◌╰── - ̗̀SANEM ❢ ̖́- ──╯◌ ◌ ◌Eu estava tomando café da manhã em uma lanchonete que ficava uns 5 quarteirões de onde é a empresa de Leyla/Layla (minha mãe). Era bem cedo, cheguei na lanchonete fazia 2 minutos que tinha aberto.
Pedi o café da manhã tradicional da lanchonete, que consistia em um sanduíche de queijo quente e dois waffles com calda de chocolate, pedi sem calda de chocolate pois não queria engordar, tinha a opção de escolher suco ou café, optei por pedir um suco de laranja.
Uma garçonete — e a única da lanchonete — pendurou uma folha de papel na entrada e no balcão dizendo que estavam contratando garçonete e ajudante geral. Eu não estava com muito dinheiro e nem havia mais trabalho. Não vou ficar aqui muito tempo, não sei como vai ser quando eu conversar com Layla. Meu plano era falar com ela, eu não estava esperando uma reação positiva dela. Eu não estava esperando coisas positivas de nada, na verdade. Só estou vivendo para ver o que acontece e o que vem a seguir. Eu já estou toda lascada, viajei sei lá quantos km, fui exposta em uma revista pra milhões e milhões de pessoas pelo mundo, estou sem dinheiro. Nada mais vai me abalar.
Se você está se perguntando "e o dinheiro do seus avós?" Eu também me pergunto isso. Eles não queriam que eu viesse atrás da minha mãe. O que me deixou muito brava, eles tinham que me apoiar, poxa! Então falaram que não me dariam mais nenhum dinheiro. Mas mesmo assim vim com o que eu tinha guardado.
Depois que eu disser quem eu sou para Layla, não sei o que vem a seguir, mas vou perguntar sobre meu pai e seu nome. Quero ir conhecê-lo e espero que ela me diga o nome dele pelo menos.
— Quanto estão pagando? — Pergunto a garçonete
— Pagando o que? — Ela fica confusa. Ela tinha cabelos castanhos claro e uma franjinha lisa na testa, usava o uniforme azul e rosa claro de garçonete com tênis brancos. Olho em seu crachá, está escrito "Roxe"
— Para ser garçonete e ajudante geral — Digo apontando para o cartaz.
— Ah...Me desculpe. 60 por dia e almoço — Ela diz — Para as duas funções, é claro.
— Como que uma pessoa é garçonete e ajudante geral ao mesmo tempo? Por que a garçonete vai atender os clientes e preparar bebidas... E a ajudante geral, vai fazer todo o resto... — Questiono Roxe que fica me encarando pensativa.
— Bom, acho que enquanto não tem cliente para atender se faz as outras coisas como limpar as mesas, lavar copos e pratos, ajeitar alguma máquina de bebida... — Me explica— Eu sou garçonete e ajudante geral também. Mas tá difícil demais fazer tudo sozinha, com uma pessoa me ajudando vai dar para revezarmos as atividades — Ela diz e dá um sorriso meigo — Você conhece alguém pra quem quer essa vaga?— Sim. Para mim! — Sorrio bebendo meu suco. Roxe me analisa muito e fica pensando.
— Você não tem cara de garçonete — Ela diz
— Qual a cara que uma garçonete tem? — Pergunto confusa
— Você não tem cada de que precisa de dinheiro — Ela diz franzindo o cenho
— Eu preciso de dinheiro, preciso muito — Digo — Por que eu não tenho cara de que precisa de dinheiro? Minha conta bancária ta com muita cara de que precisa hein!— Você tem uma pele bonita e boa demais, seu cabelo é brilhoso e sedoso quer dizer que você se cuida. Você tem um cheiro bom, de gente que tem dinheiro — Ela diz e eu seguro a risada.
— Esse cheiro é do sabonete que eu paguei 35 centavos...
— Ta vendo? Gente com dinheiro fica cheirosa até com coisa ruim — Ela diz e solta uma risada — Você é bem vestida, bem comportada e muito bonita para ser garçonete — Ela diz e eu suspiro.
— Agradeço os elogios, mas realmente preciso. Eu não tenho frescuras, não tenho preguiça, sou esforçada — Digo e ela chama o cozinheiro com a mão que está nos observando da janela da cozinha aonde se entrega os pedidos.
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All We Needed
FanfictionAté onde o rancor de dois irmãos pode chegar? Inesperadamente os caminhos dos gêmeos Can e Ozgur se cruzam novamente, trazendo a tona antigas mágoas do passado e o ódio recíproco entre os dois. Mas o que eles não esperavam é que no meio desse ódio...