06 - APENAS DOIS ESTRANHOS

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E aí, tudo bem? Espero que goste do capítulo de hoje. Por favor, já deixa aqui o seu voto, comente o que está achando, compartilhe com alguém que pode gostar... Esse da foto... Bom, esse capítulo vocês descobrem haha. Uma das coisas mais difíceis que já fiz na vida foi escolher apenas uma foto/gif desse homem maravilhoso conhecido como o amor da minha vida e que me deu a inspiração que eu precisava pra voltar a escrever. Ele ainda vai aparecer muito aqui kkkkk. Boa leitura 💓

CAPÍTULO 6

APENAS DOIS ESTRANHOS

Eu estava a encarnação de um zumbi. Sono. Olheiras. Vagando por aí sem rumo. Parecendo um morto. Pelo menos até conseguir sentar no meu lugar na faculdade e tomar o café que havia comprado alguns instantes antes.

- Que cara de sono é essa? – Céci perguntou.

- Não dormi direito essa noite. E aí Thiago – cumprimentei ele com um aceno, na mesa ao lado de Céci.

- E aí! Por que não dormiu?

- Fiquei com medo dos homens atacarem de novo. – Falei baixinho, mas mesmo assim olhei ao redor para ver se ninguém tinha ouvido. Eu não queria que ninguém ali ficasse sabendo da minha vida particular e saísse especulando por aí. Todos estavam entretidos em suas próprias rodinhas particulares, e claro, ninguém ali prestava muita atenção em mim.

- Merda. Você podia ter falado que estava com medo. Eu dormia lá com você. - Céci disse, indignada.

- Aí seriamos dois zumbis.

- Ben, para com isso! Já te falei que você tem a gente pra contar. Não ia ser esforço nenhum passar a noite com você.

- Fica pra próxima – falei, dando de ombros e me sentando. Aquela seria uma longa aula, sem sombra de dúvidas. Eu tinha pensado em mandar mensagem para Céci ou Thiago, mas no último segundo eu desisti. Não queria incomodá-los.

- Maldito cabeça-dura – Céci comentou, me jogando uma borracha no braço.

- Vou ficar com ela pra mim – avisei.

- Não, me devolve!

- Perdeu! – guardei ela no meu bolso.

- Vocês dois, não tá cedo demais pra isso? – Thiago questionou. Reparei melhor e atestei que ele parecia com tanto sono quanto eu.

- E você, não dormiu por quê?

- Ah... Não consegui dormir bem essa noite.

- O que foi? – Céci perguntou, esquecendo a borracha e se virando para ele.

- Não sei. Eu só... Não consegui dormir.

Agora, um adendo. Se eu já era fechado e demorava para me abrir e confiar nas pessoas, Thiago era ainda pior. Pelo seu olhar meio vago, eu sabia que alguma coisa estava acontecendo. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Carlos, o professor de Direito Administrativo chegou.

- Bom dia, turma.

- Bom dia – uma fraca resposta.

- É, Carlos, posso dar um aviso? – Alicia, a Barbie metida, que as sete da manhã já usava tanta maquiagem que parecia que estava indo para um desfile de moda, ergueu a mão.

- É... Claro – meio indignado, Carlos, que não gostava de perder um minuto de aula sequer, apoiou o traseiro na mesa do professor enquanto Alicia caminhou até o centro da sala e cumprimentou a todos com um efusivo demais para aquele horário: - Bom dia, meus amores.

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