10 - PERSEGUIDOS

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E aí pessoal, tudo bem? Aqui está o capítulo de hoje. Espero que gostem. E por favor, deixem aqui seus comentários, já deixa aqui a sua estrelinha... Boa leitura.

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CAPÍTULO 9

PERSEGUIDOS

- O que? Seguidos? – Questionei, o sangue gelando. Olhei para trás no banco em que estava e vi. O mesmo farol que tinha visto no meio da vegetação alguns minutos atrás.

- Pode não ser nada. Não se assuste antes da hora. Eu trabalho com isso, então as vezes eu exagero com coisas que não são nada.

Ele falou aquilo com calma e tranquilidade. Mas em minha mente, várias luzes vermelhas se acenderam. Lembrei dos ataques que tinha sofrido. Lembrei do mascarado falando que eles voltariam atrás do pen drive verdadeiro. Um arrepio de puro pavor percorreu meu corpo como uma descarga elétrica. Eu já tinha enterrado aquelas memórias, pensado que tinham simplesmente me deixado ir. Esperança tola.

Eram eles. Eu sabia.

Minhas mãos começaram a tremer e fiquei inquieto no banco. De repente, aquele carro parecia muito pequeno, como se o metal estivesse se fechando e me engolindo. A distância entre nós e eles era pequena demais. Eles estavam chegando perto, eles estavam...

- Ei, Ben... Ben! Está tudo bem? – Ian disse, colocando a mão no meu ombro, me trazendo de volta para a realidade. A preocupação em seus olhos e o som de sua voz me fizeram parar. Me aprumei no banco, contei até três mentalmente e respirei fundo.

- Você pode ir um pouquinho mais rápido? – Me limitei a dizer.

- Tá tudo bem, tá tudo bem – Ian disse, sua voz grave usando um tom tranquilizador, pairando ao meu redor como se fosse bolhas de sabão. Percebi que naquele momento, eu podia estourar todas as bolhas ou deixar elas orbitarem calmamente ao meu redor. Decidi escolher a segunda opção. – Pode não ser nada. Talvez seja só o meu instinto como guarda-costas querendo aparecer. Mas vou ir mais rápido.

Ian trocou a marcha do carro e acelerou um pouco. Ainda estávamos na estrada de terra, que era esburacada e irregular. O carro começou a dar alguns pequenos solavancos e tremeliques, e eu me segurei pra não quicar no banco. Abrimos uma pequena distância entre o carro de trás e o nosso. Certo de que aquilo era bastante, me convenci de que olharia pra trás e o carro não estaria acelerando. Talvez não estivessem atrás de nós e tivesse pego alguma das entradas para alguma chácara da região.

Por favor, Deus, que não estejam na nossa cola.

Mas a olhada rápida que eu dei pelo retrovisor me permitiu ver o carro acelerar quando uma nuvem de poeira foi levantada pelas rodas e foi iluminada pelos faróis. Minhas mãos apertaram o banco. Não precisei falar nada, pois Ian olhou logo em seguida.

Ele pisou mais fundo e o carro deu uma guinada. Estávamos em uma estrada de terra que não conhecíamos, às 4 da manhã. Não era seguro acelerar, mas vi o ponteiro do carro subindo aos poucos. 30km/h, depois 40km/h...

Uma curva repentina fez Ian frear o carro para conseguir fazê-la a tempo. O carro derrapou e chegou muito perto de trombar na cerca de madeira que cercava ambos os lados da estrada. Assim que voltamos para a pista curva, soltei o fôlego que estava prendendo em um suspiro exasperado.

Olhei pra trás agarrando o assento e vi o carro que nos seguia fazendo a mesma curva com uma precisão assustadora.

- Vai, Ian! Eles estão perto!

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