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Nervoso, nunca ficou tão nervoso apenas para ir na casa de uma colega.

Por que Deus? Eu sei que ela é linda, inteligente, engraçada, maravilhosa... Mas porra, faz isso comigo não.

Abel passou seu perfume e colocou uma das correntes, calçou o tênis e suspirou.

— Vó? Eu vou sair, 'ta?

— Essa hora?— Ela perguntou curiosa — Tudo bem... Cuidado então. Só leva camisinha!

— Não vou precisar!

— Ah é? Foi assim que sua mãe engravidou!

— Fala isso não vó, pelo o amor de deus!— Ele exclamou — Para sua curiosidade não vou fazer nada que envolva meu lindo corpinho nú com outro corpo nú.

— Ah entendi, cuidado com herpes.

— Vó...— Ele gargalhou — Fica tranquila, 'ta? Tô indo!

— Tchau!

Abel riu e pediu um táxi até a casa de Summer, o porteiro não estava, então subiu até o apartamento cento e vinte e sete. Destrancou a porta e foi até a janela, puxou a pequena caixa de cigarro e acendeu um baseado, tentando conter a ansiedade.

Olhou em volta e pegou o seu celular colocando uma de suas músicas que estava compondo e ouvindo atentamente, tentando encontrar algum erro.

Abel olhou para a sacada e em seguida para a pequena barricada, sentou sobre ela e balançou seus pés, olhando para baixo. Uns quinze metros? Ele riu e voltou a ouvir a música, anotando os pontos ruins e bons mentalmente.

A lua brilhava sobre a cidade, deixando a noite tão bonita. Logo ouviu a porta abrindo e os passos leves, logo ela apareceu e o olhou confusa.

— Então... Eu devo me preocupar? Você vai pular daí? Eu chamo a ambulância e coloco um pula-pula lá em baixo?

— Talvez, seria legal saltar daqui de cima e cair num pula-pula.— Ele brincou e saiu da sacada, se virando a ela — Como foi lá?

— Cansativo.— Ela sorriu — Enfim, eu vou tomar um banho... Você não vai querer nem me comprimentar desse jeito. Já volto.

Ela correu entre o corredor e logo Abel voltou para onde estava, voltando a ouvir a sua música inédita e corrigindo as coisas.

— Então você escreve?— Ela apareceu de repente.

— Deus que susto!— Ele se agarrou a sacada — Não faz isso...

Abel foi de encontro a ela e sorriu, segurando suavemente suas mãos — Você está linda...

— E você também Abel, incrivelmente lindo e cheiroso.

E realmente estava, a camiseta vermelha vestia bem em seus braços fortes, a bermuda preta o aliviava do calor, os brincos pareciam brilhar mais do que a lua junto do cordão que decorava seu pescoço e o perfume forte ficava por onde ele passava.

Summer? Não tinha o que dizer, linda, ela estava linda. Seu lindo corpo vestia nada mais do que uma saia jeans colada ao quadril e um daqueles tops de renda, e um all star preto de cano alto. Malditamente linda e cheirosa.

— Obrigado... Você está... hm... Perfeita.— Ele riu tímido — Até demais, muito maravilhosa.

— Ah que nada...— Ela riu e o abraçou apertado, acariciando sua nuca — Então... Você quer sair ou ficar por aqui?

— Você quem me diz... O quão cansada está? Podemos ficar aqui só conversando e você descansa um pouco.

— Bem... Ou podemos ir ao bar que abriu aqui perto, você vai gostar eu acho...

𝘧𝘢𝘭𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘢𝘳𝘮Onde histórias criam vida. Descubra agora