𝘴𝘦𝘪𝘴.

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— Quinhetos, quatrocentos, seiscentos, setecentos, oitocentos mil dólares.— Ele suspirou e anotou no papel para não se perder.

— Já contei trezentos.— Summer resmungou — Você conta muito rápido cara!  Vai devagar...

— Você que é lenta.— Ele murmurou e voltou a contar.

Já se passava das quatro da manhã e não tinham contado nem metade da bolsa. Continuaram por longas e longas, repito  longas horas contando o dinheiro, até que o último bloco de cem fosse contado.

— Eu contei dois e trezentos e você?

— Espera.— Ela murmurou concentrada — Sobe um... Dois três... Sobe mais um... Um milhão e setecentos.

— Quatro milhões.— Ele respondeu rapidamente a assustando brevemente com a rapidez — Puta bosta... Isso é muito dinheiro.

— É sim... Vamos dividir em seis certo? Eu acho que tenho calculadora...

— Pode deixar, eu faço.

Abel ficou quieto por alguns minutos fazendo a divisão do dinheiro e sorriu pequeno.

— Dá... Quinhentos e setenta e um mil e quatrocentos e vinte e oito dólares para cada... É bastante né?

— É sim Abel, é sim.

— Se você quiser ir descansar eu vou continuar separando aqui.— Ele murmurou concentrado, já começando a contar o dinheiro para separar.

— Eu conto com você.

Separaram os montes certinhos com elásticos, conferindo se estava tudo certo.

— Dois, quatro, seis... Sete.— Ela arqueou a sobrancelha — Por que sete, Abel?

— Por que um é para você.

— Eu já disse que não quero!

— Mas eu quero.— Ele respondeu — Você vai ficar com o dinheiro sim, fez parte da merda toda, vai ficar com parte da grana.

— Abel...

— Por favor Summer, fica... Eu nunca vou me perdoar sabendo que você passou por tudo isso e não vai ter nada.— Ele a olhou com culpa e milhões de sentimentos que ela nunca entenderia, a fazendo ceder.

— Tudo bem, eu fico... Mas não vou usar.

— Tudo bem.

Os dois sorriram e colocaram o dinheiro na bolsa novamente, lavaram as mãos e sentaram na cama.

— Certeza que não quer conversar?

— Não Abel, está tudo bem.

— Mesmo?

— Sim.

— Entendi.— Ele assentiu — Summer eu posso... hm... Sair um pouco? Estou cansado de ficar aqui dentro...

— Claro que pode.— Ela sorriu — Tem uma padaria aqui perto, podemos ir tomar o café lá e damos um volta, pode ser?

— Sim, pode sim.— Ele sorriu envergonhado — Posso te fazer outra pergunta? É... De quem são essas roupas?

— Ah... São do meu irmão, ele veio passar as férias comigo e deixou aqui, espero que não se importe.

— Tranquilo.— Ele sorriu e se levantou — Eu vou tomar um banho...

— Já sabe onde as coisas ficam.

Ele saiu do quarto e entrou no banheiro social, logo indo de baixo da água quentinha, conseguindo relaxar.

𝘧𝘢𝘭𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘢𝘳𝘮Onde histórias criam vida. Descubra agora