Desgraçado, tinha que meter criança no meio?!Summer parou onde estava, sem se virar, ouvindo atentamente as palavras do bandido.
— Por favor... Ele só tem a mim, eu imploro...— Ele choramingou, a adrenalina não corria por seu sangue e todo seu corpo latejava de dor — Ele... Ele tem uma doença séria... Eu... Eu estou fazendo isso por ele.
Ela se virou e o pegou tirando a máscara, e o que encontrou foi um rosto cansado que transmitia dor, medo e mais milhões de sentimentos.
— Por favor, eu te imploro.— Ele pediu — Me ajuda a sair daqui, o meu menino precisa de mim... Precisa que eu esteja presente.
Summer mordeu o lábio e ficou discutindo consigo mesmo por alguns minutos antes de entrar no camburão.
— Eu te ajudo e nunca mais quero te ver na vida, certo?
— Sim, sim, sim.— Ele respondeu rapidamente.
Summer passou o braço do homem em volta de seus ombros o puxando para sair. Ele soltou um gemido alto de dor, as pernas falharam e quase foi ao chão.
— Me ajuda a te ajudar... Por favor.— Ela repetiu o que ele tinha lhe dito — Vamos.
Os dois saíram do camburão caído e ela o deixou sentado no chão, pensando como iria falar com alguém.
— Tem algum celular por aqui?
— Deve... Deve ter... Dentro do porta-luvas.— Ele sufocou, sentia que iria desmaiar de dor a qualquer momento.
— Aguenta firme.— Ela entrou no camburão e pegou um telefone antigo, discou o número de seu fiel amigo — Arthur? É, sou eu. Preciso de um favor.— Silêncio — Vem me buscar na...
Abel sentia tanta dor que chorava, o sangue se esvaia pela sua barriga, descendo por suas pernas e parando ao chão.
— Aguenta firme, você não 'ta me fazendo passar por tudo isso para morrer por falta de sangue, né?
— O meu menino...— Ele sussurrou com os olhos cheios de lágrimas, transbordando de dor e medo.
— Você vai ver seu filho... É a única razão de eu estar te ajudando.— Ela respondeu — Quantos anos ele tem?
— Ele... Ele tem um ano...— Ele engoliu a seco — E dois meses.
Summer engoliu a seco, tocando suavemente a mão dele — Você vai ver seu bebê de novo, fica tranquilo.
Ela não sabia o por que de estar ajudando o tal bandido, mas o fato dele ter sido minimamente gentil e ter citado o seu bebê, ela ficou emotiva.
Maldita mulher emocionada.
Minutos depois seu fiel escudeiro, Arthur, apareceu, olhando de forma confusa para os dois.
— Que merda aconteceu aqui?!— O amigo perguntou desesperado.
— Só me ajuda colocar ele dentro do carro, vamos Arthur!
— Não antes de você me explicar!— Ele colocou as mãos na cintura e esperou uma explicação, mas apenas recebeu um olhar irritado de sua amiga.
— Não dá tempo, me ajuda logo!
— Vai sujar meu banco de sangue!— Ele argumentou fazendo careta.
— Foda-se!— Ela exclamou desesperada — Eu pago pra lavar depois! Vamos ele está quase desmaiando!
— A gente vai para o hospital?!
— Não!— Abel exclamou com dificuldade — Não dá, não... Eu não posso...
— É, vamos para minha casa, vamos, vamos.— Ela bateu no ombro de Arthur — Vamos!
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𝘧𝘢𝘭𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘢𝘳𝘮
FanficUma situação ruim pode reunir duas almas gêmeas? Ou seria o destino reunindo pessoas totalmente diferentes com tudo dando errado para que tudo mudasse para o certo? Duas pessoas diferentes, que nunca se conheceriam em dias normais mas numa situação...