𝘰𝘯𝘻𝘦.

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Relaxado e em paz, nunca em tanto tempo Abel tinha encontrado paz num simples abraço quentinho.

Summer ainda cochilava tranquilamente em seu peito, o agarrando num abraço quentinho como se fosse um ursinho de pelúcia. Ele não conseguia parar de sorrir, não sabia que fazia tanta falta até ter alguém deitada em seu peito novamente e o abraçando como se nada pudesse os soltar.

Seus dedos subiam e desciam pela coluna dela, acariciando lentamente e a deixando num sono mais pesado. Mas de algum jeito, o corpo dela apresentava alguns espasmos, junto das frases quase choradas saindo de sua boca.

Abel engoliu a seco, é claro que aquela noite não iria sair tão cedo da mente dela. Então, lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Summer de uma forma frenética, parando ao seu queixo e rolando pelo pescoço que começava a ficar vermelho.

Ela começou a chorar de uma forma frenética, fazendo o coração dele despedaçar. De repente ela acordou puxando todo o ar para dentro de seus pulmões, soluçando profundamente.

Ela olhou confusa para Abel, secando seu rosto e se afastando do abraço quentinho.

— Merda... Eu dormi? Caramba me desculpa eu...— Ela soluçou — Nossa Abel me desculpa...

— Está tudo bem, não precisa se desculpar.— Ele respondeu baixinho — Não precisa.

— Claro que preciso, poxa eu dormi de repente.— Ela suspirou — Foi mal... hm... Eu vou passar um café, você quer?

— Café? São três horas da manhã.— Ele responde confuso.

— Eu gosto.— Ela sorriu pequeno.

Os dois foram até a cozinha e ela começou a passar o café, os dois em silêncio.

— Você quer conversar?— Ele perguntou baixo.

— Sobre o que?— Ela perguntou confusa.

— Ué Sun... Sobre você acordar assim...

— Você me chamou de Sun.— Ela sorriu o maior que pode, ignorando o resto do que ele tinha dito.

— E-eu c-chamei?— Ele gaguejou e coçou a nuca, sentindo a vergonha tomar seu corpo.

— Eu gosto.— Ela se aproximou e o abraçou apertado, escondendo seu rosto no pescoço dele — Só meu irmão me chama assim... E você.

Ele suspirou e retribuiu o abraço, apertando seus braços em volta da cintura dela. Mas logo o abraço foi quebrado e se afastaram lentamente, mas ficaram tão próximos.

Abel engoliu a seco sentindo a respiração dela batendo em deu rosto, tão próximos. Sua boca se abriu para tentar argumentar alguma coisa, mas ela acariciava sua nuca de uma forma tão suave que decidiu calar a boca.

Então, ela se curvou e beijou suavemente a bochecha dele coberta com os pelos grossos e pontudos da barba, fazendo um suspiro nitidamente decepcionado escapar dos lábios dele.

Caralho que friendzone do cacete.

Você gosta de café doce?

— Nem tanto, gosto de tomar café puro.— Abel suspirou e mordeu o lábio — Summer... Você pensa em... Se relacionar novamente?

— Ah bem... Eu quero mas tenho medo de me machucar de novo.— Ela serviu o com café — Eu tenho essa mania de preferir me machucar do que machucar os outros, tenho pavor de pensar em alguém chorando por algo que eu fiz...

— Não deveria pensar assim...

— Não consigo.— Ela sorriu pequeno — E você? A procura de alguém?

𝘧𝘢𝘭𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘢𝘳𝘮Onde histórias criam vida. Descubra agora