Há que besteira é essa de casamento, namoro sério, viver junto… Nunca fui desses de acreditar num amor á séria, para valer, no entanto ela mudou tudo em mim até mesmo as minhas opiniões e ideias mais fincadas.
Desdo divórcio dos meus pais que para mim amor era charada. Não dava para acreditar mais. Sim havia paixão, desejo, havia até a palavra gostar mas não a amar. Para mim não dava, não existia.
E tudo bem não existia mas, aí ela apareceu e eu passei a usar bastante a palavra gostar. As noitadas de paixão passaram a ser mais. De noitadas para madrugadas, de madrugadas para manhãs. E em menos de nada eu estava a convida-la para viver comigo, partilhar o mesmo teto, a mesma casa de banho. Estava a deixa-la entrar no meu espaço.
Partilhamos conversas, sorrisos, manhãs de perguiça, músicas nossas e de outros.
Eu eu gostava cada vez mais. Eu gostava dela inteirinha, do seu cabelo bagunçado, do seu sorriso escondido no meio dos seus lábios carnudos. Eu gostava dos olhos dela, da forma egoísta dela ser, de ela me querer só para ela. Gostava de como ela me fazia sentir íntimo dela mesmo no meio de uma multidão. Como ela tinha todo a minha atenção até nos momentos de maior distração. Como ela me tinha na ponta dos seu dedos.
Ela e o sorriso dela eram a razão pela qual o meu coração batia, melhor doque antes. Parecia mais vivo, mais alegre, menos cansado da vida que levava.
Dum momento para o outro a palavra gostar já não chegava. Já não era suficiente para traduzir o que eu sentia por ela. A palavra gostar não podia estar mais longe da defenição de nós dois.
_ Vem cá coisa boa. – ela disse sentada no meu colo abrindo os braços na minha direção para que me encaixesse neles. Porque eu encaixava mesmo neles, que nem um puzzle, eles tinham sido feitos para mim. Eu sabia que sim.
_ Que tens meu amor, minha vida, minha alegria? – ela perguntou, defenindo-me com aquelas palavras, quando os meus soluços se tornaram demasiado fortes para passarem despercebidos ainda que escondidos nos seus braços.
Eu queria poder lhe responder mas nem eu sabia, nem eu sabia o que tinha. O que era aquele desalento no meu peito, aquele medo de não a ter por perto, aquele aperto que eu sentia quando o seu cheiro desaparecia de mim, quando o seu calor desaparecia e me deixava frio, quase em hipotermia.
Eu agarrei-a bem apertada a mim. As minhas mão tremiam com a responsabilidade de ter o meu mundo todo ali, nelas.
E eu queria a, eu queria a tanto.
Eu queria dizer-lhe e então eu disse da melhor maneira que podia.
_ É só que…Eu amo-te garota. É só.
A verdade é esta: algumas coisas são verdadeiras quer acreditemos nelas ou não.
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Unconnected
Romancehistorias livres. sem conexão. do ponto de vista dela. e do ponto de vista dele. espero que gostem ;)