Capítulo 12

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A essa altura ambos já estavam completamente duros. A atração e o desejo entre os dois se tornava incontrolável quando seus corpos se tocavam, tornando impossível não se entregar totalmente a ele.

O beijo seguia quente, mais de repente Gulf sente o outro parar e sua respiração ficar pesada e quando o olha, vê algo que o deixa estático e completamente atordoado.

Mew estava chorando. Algo que ele nunca imaginou presenciar, estava acontecendo bem diante de seus olhos. O rapaz arrogante e insensível com lágrimas nos olhos era algo inacreditável e até mesmo surpreendente. Se alguém lhe contasse, ele não acreditaria, mais estava vendo com seus próprios olhos.

Ele ficou paralisado e em estado de choque sem saber o que fazer, dizer ou mesmo como agir diante disso. Não sabia se ficava calado ou falava algo para tentar consola-lo.

Um tanto afastado, observava assustado e em silêncio o homem de mais de 1:80 de altura agora sentado em seu sofá desmoronando em lágrimas.

O menino finalmente criou coragem e se aproximou para tentar entender o que estava acontecendo.

-Pi Mew! Você está bem?

O rapaz não parecia estar o ouvindo, era como se estivesse em transe.

-Porque?
-Porque o que?
-Porque as pessoas boas se vão? Porque ela se foi? Porque me abandonou? Ela prometeu, prometeu me proteger e cuidar de mim para sempre, prometeu estar sempre comigo, mais não cumpriu sua promessa. Me deixou sozinho, me abandonou. Ela prometeu...

O maior fala soluçando enquanto lágrimas continuam a cair sem parar. Ele estava desmoronando completamente na frente do outro. E Gulf conseguiu sentir o sofrimento e magoa em suas palavras, era tão doloroso ver tal cena.

Era como se ele estivesse sufocado e finalmente resolveu botar para fora toda magoa, dor e ressentimento. Nesse momento ele com certeza não tinha controle sobre si. Senão jamais se colocaria nessa situação em sua presença, provavelmente a bebida estava assumindo o controle de suas ações. Pensou o mais novo.

Gulf com um pouco de receio se senta ao lado do rapaz. Coloca uma mão sobre a dele e a outra sobre seus ombros, conseguindo sentir a tensão e a fragilidade em seu corpo.

-Shiiii, vai ficar tudo bem. Não chore, dói vê-lo assim.

Mais o rapaz continuava a falar como se não se importasse por ser ele ali, ouvindo seu desabafo.

-Ela me faz tanta falta, tanta que tem hora que acho que vou morrer de tanta dor e tristeza. Sinto falta dos seus abraços, do calor, dos beijos, do carinho e até das broncas. Mãe... Você me prometeu... prometeu nunca me deixar, então porque me deixou? Porque? Não sei mais por quanto tempo vou aguentar toda essa dor.

Ao ouvir a palavra Mãe, Gulf sentiu uma pontada em seu coração, abraçando o mais velho apertado e não conseguindo segurar, uma lágrima escapa de seus olhos. Vê-lo tão frágil assim mexia com seus próprios sentimentos.

Aos poucos o sente se acalmar. Um silêncio então se faz presente e nesse momento sente o corpo do rapaz sobre o seu pesar e quando se solta do abraço um pouco, percebe que ele havia adormecido. E devagar o deita novamente no sofá.

Gulf nunca imaginou que o rapaz frio e arrogante que conhecia, tinha tanto sofrimento dentro de si. Se sentindo mal por ele e uma necessidade enorme de saber mais sobre sua história. Pela primeira vez sentiu vontade de cuidar e proteger alguém. Mesmo sabendo que quando o rapaz acordasse voltaria a trata-lo com a mesma frieza que sempre tratará desde que se conheceram, ignorou isso.

Eu Me RendoOnde histórias criam vida. Descubra agora