Corte De Flores E Fogo

♧ EPÍLOGO ♧

Já faziam alguns meses que eu estava na Outonal, vivendo com Eris.
E eu estava feliz, como nunca imaginei que seria.

Depois de assumir nosso laço oficialmente no ritual de parceria com todos os grao feericos da outonal de prova, nos trabalhamos juntos pelo nosso povo. Agora eu sou grã senhora dessa corte. Muitos me respeitavam. Mas muitos ainda me odiavam.

Trabalhamos muito nos últimos meses em prol dessa gente.
Fazendo essa corte crescer e prósperar. Meu pai, nos ajudava em algumas coisas.
E eu estava orgulhosa do resultado.

Tio Cassian tirou Emori da primaveril, o prazo de 3 meses do acordo haviam de passado. Eu nao sabia como estavam as coisas na primaveril desde então.

Não tive mais nenhum contato com ninguém de lá.
Emori havia dito que voltaria pra velaris, e que koden iria com ela. Eles descobriram que eram parceiros. E eu fiquei muito feliz pelos dois. Meu presente de parceria foi um casa linda, no centro de Velaris, e ela amou. Queria que ela fosse feliz com ele.
Eles mereciam.
Koden principalmente, por ter tido a coragem de deixar Tamlin e sua corte.

Eu estava cavalgando com Starling proximo a fronteira da outonal com a Primaveril.
Na ronda de hoje, Eris havia ficado em seu escritório, trabalhando. Com muita insistência dele, eu trouxe o Chama comigo. Ele ainda estava na fase de superproteção. E eu achava fofo. Mas Mesmo sendo sua parceira e grã senhora, eu ainda era.. eu.

Cavalguei pela extensão de árvores na fronteira, e meu coração quase parou com o que me deparei mais adiante. Chama latia.

Raven, estava jogada em nossas terras, com as asas estraçalhadas. E muito ferida, gemendo de dor. Os ferimentos pareciam que haviam sido feitos por uma.... fera. Marcas de garras pendiam rasgadas em suas asas sensíveis.

Eu vi vermelho.

Aquilo doeu meu estômago. Fui ate ela, tentei curar alguns dos ferimentos mais profundos. A cobri e deixei Chama tomando conta dela até alguem vir.

Enviei um recado a Eris. Precisava que alguém a ajudasse logo, ele ficou preocupado me fazendo perguntas. Esclareci que eu estava bem.
Ele me pediu pra esperar que viria ate mim. Mas eu tinha algo a resolver.

Atravessei e surgi na escadaria de Tamlin na casa de sua corte.

Subi, segurando minha adaga nas mão.
Tamlin estava na sala de jantar. Algumas coisas estavam reviradas pelo cômodo. Havia sangue em alguns locais.

- Então você foi capaz mesmo de machuca-la ?

Ele se assustou com minha chegada. Tamlin se endireitou na cadeira.

- Ela mereceu o destino que teve. Sempre ouvi dizer que illyrianos não eram confiáveis, e eu tolo, acreditei em uma. Sabe o que ela estava fazendo? FODENDO COM OUTRO pelas minhas costas!

Eu gargalhei alto.

- Uma vez chifrudo, sempre chifrudo Tamlin.

Ele me atingiu com uma garra de poder amarga e ondulante, não fez nem cócegas em meu escudo.

- Minha vez seu maldito.

Lancei meu poder contra ele, dessa vez, havia um escudo ali. Ele riu.

- Dessa vez não rheina. - Eu lhe lancei um olhar maléfico.

- Vejo que fez a lição de casa. Bom garoto. Pena que isso não é pareo pra mim.

Levantei a mão e uma garra negra surgiu das sombras, serpenteando ate ele. Elas penetraram seu escudo facil. Meu poder Daemati combinado com o poder que também era de Héllion, poderia fazer um estrago.

Ultrapassei seu escudo, e o apertei ali, dentro da cabeça dele. Ele ficou estático, olhando pro nada.

- Dessa vez você vai ver e sentir tudo. Você é a pior raça que andou por Prithyan. E isso acaba hoje!

Fui ate Tamlin vagarosamente, ele revirava os olhos em desespero. Puxei minha adaga da coxa, e vagarosamente enfiei em baixo de sua costela, rumo ao coração. Senti seu sangue quente escorrer por minhas mãos. Aquilo me deixou eufórica. Meu eu assassino ria de sua expressão.

- Volte pro buraco, de onde voce NUNCA deveria ter saido. Isso, é por todos que você ja fez sofrer.

Um rosnado atras de mim, me informou que chama estava ali. Ele latiu alto. Como se cantando Vitória sobre o maldito. Puxei a adaga de prata, e o deixei ali no chao, sangrando como um porco, ate morrer.

Suspirei.

Agora era hora de encarar as consequências. Não sei quem assumiria a corte, mas fora dessas maos nojentas elas estavam melhores com certeza.

Fiz um contato mental com meu pai. Não queria incomodar minha mãe, sua gravidez, ja estava em um estado avançado.

"Pai.."

Esperei. Ele apareceu, brilhando e forte em minha mente.

"Oi filha querida."

Sentei na cadeira, limpando o sangue de minha adaga.

"Então.. eu tenho uma coisa pra contar.. matei Tamlin."