CAPÍTULO 11

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Pessoas!!! Feliz ano novo? kkkkkk gente o meu final de ano não tava lá essas coisas mas seriamente conseguiu ser o pior de todos, não entendo como mas enfim né

Espero que eu consiga concluir outras adaptações com vocês, e obrigado a todos que começaram a me seguir nesses últimos meses <3

Boa leitura, gatinhxsss 🤍

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Son Chaeyoung

Eu não conseguia dormir. Não importava o quanto eu tentasse, não conseguia cair no sono. Eu estava exausta mental e fisicamente, mas não conseguia relaxar. Os eventos estranhos dos últimos dias se agitavam em uma constante em minha mente. A oferta inesperada de Mina, minha resposta mais inesperada ainda, e a reação dela em relação ao local onde eu estava morando.

Ela ficou mais do que enojada e furiosa, com seu comportamento autoritário comum com força total. Antes de eu poder piscar, minhas poucas coisas estavam no porta-malas de seu carro grande e luxuoso, e eu estava de volta em sua casa — de forma permanente ou até acabar o plano vazio dela.

O plano vazio no qual agora eu estava totalmente envolvida tanto quanto minha chefe.

O condomínio era silencioso. Não havia literalmente nenhum barulho. Eu estava acostumada com os sons que me rodeavam à noite; tráfego, outros inquilinos andando para lá e para cá, gritando, e o som constante de sirenes e violência do lado de fora da minha janela. Eram esses ruídos que me mantinham acordada, algumas vezes com medo, e mesmo agora que não tinha nada, eu não conseguia dormir. Sabia que estava segura. Aquele lugar era cem, não, mil vezes mais seguro do que o quarto horrível em que morei no último ano.

Eu deveria conseguir relaxar e adormecer tranquilamente. A cama era enorme — alta e macia —, os lençóis de seda eram macios e chiques, e o edredom parecia uma pluma quente flutuando sobre meu corpo. No entanto, o silêncio era muito alto.

Saí da cama e fui até a porta. Eu a abri, estremecendo pelo barulho baixo que as dobradiças faziam ao protestar seu uso. Estiquei minhas orelhas, mas não consegui ouvir nada. Estávamos muito alto para ouvir o tráfego, e as paredes eram bem isoladas, então não havia nenhum barulho dos vizinhos no prédio. Andei na ponta dos pés pelo corredor, parando na frente da porta do que eu sabia que era o quarto de Mina. Estava entreaberta e, corajosamente, abria-a um pouco mais e enfiei a cabeça na abertura.

Ela estava dormindo no meio da cama gigantesca — maior que a do meu quarto — de camisola, o coberto cobria suas pernas, e sua mão descansava na barriga.

Obviamente, os acontecimentos dos últimos dois dias não a estavam incomodando. Seu cabelo brilhante refletia contra a cor escura dos lençóis e, para minha surpresa, ela suspirava. O som era sutil, mas constante. Relaxada, e sem o olhar de escárnio no rosto, ela parecia mais jovem e menos esnobe. Na luz silenciosa da lua, Mina parecia quase tranquila. Não era uma palavra que eu associaria a ela, e ela não pareceria assim se acordasse e me visse em sua porta. No entanto, eu precisava ouvir o som de sua respiração regular. Para saber que não estava sozinha naquele lugar amplo e desconhecido.

Ouvi por alguns minutos, deixei a porta dela aberta e voltei para meu quarto, deixando a porta entreaberta também. Deitei de volta na cama e me concentrei. Estava baixo, mas eu conseguia ouvi-la. Suas lufadas esquisitas me ofereciam um pouco de conforto — um cordão salva-vidas do qual eu precisava desesperadamente.

Suspirei percebendo que, se ela soubesse que estava me confortando, provavelmente ficaria acordada a noite toda para me negar a segurança que me trazia. Enterrei meu rosto no travesseiro e, pela primeira vez em meses, chorei.

[...]

Ela estava quieta pela manhã quando entrei na cozinha. Bebia de uma caneca grande e indicava que eu podia ficar à vontade com a máquina de café no balcão. Em um silêncio bizarro, fiz um café, sem saber o que dizer.

— Não esperava companhia. Não tenho creme.

— Tudo bem.

Ela empurrou uma folha de papel para mim.

— Escrevi sua carta de demissão.

Franzi o cenho ao pegar o papel e ler. Era simples e direto.

— Você não achou que eu mesma poderia escrevê-la?

— Eu queria me certificar de que fosse sucinta. Não queria que detalhasse seus motivos para sair.

Balancei minha cabeça.

— Não entendi.

— O quê? O que você não entendeu agora? — Ela passou uma mecha para trás da orelha.

— Se não confia em mim o bastante para escrever uma simples carta de demissão, como espera confiar em mim o suficiente para agir como se fôssemos... — A palavra ficou presa em minha garganta. — Amantes?

— Uma coisa eu sei sobre você, Chaeyoung, e é que você trabalha arduamente. Fará um bom trabalho porque é o que faz. E você vai agir exatamente da forma que eu preciso porque precisa do dinheiro que estou ofertando. — Ela pegou sua pasta. — Vou para o escritório. Há uma chave extra e um cartão para entrar no prédio na mesa do corredor. Seu nome já está na lista de moradores e o porteiro não vai aborrecê-la. Você deveria se apresentar a eles, só para ter certeza.

— Como... como você já fez isso? Não são nem oito horas.

— Eu estou no jogo, e consigo o que quero. De acordo com os arquivos, você está vivendo aqui há três meses. Quero sua carta de demissão em minhas mãos logo depois do almoço, e você irá embora. Pedi que algumas caixas de arquivo fossem entregues no escritório. Não tenho muita coisa, mas você pode me ajudar a embalar minhas coisas pessoais hoje de manhã. Coloque qualquer coisa sua nas caixas. Vou trazer tudo para cá.

— Não tenho muita coisa no escritório.

— Certo.

— Por que vai encaixotar? Ainda não foi demitida.

Ela deu um sorriso. Aquele que não tinha nenhum carinho. Aquele que fazia a outra pessoa ficar extremamente desconfortável.

— Decidi me demitir. Vai irritar Ji-eun e mostrar a Joohyun como estou levando a sério. Aceitarei sua demissão e entregarei as duas cartas para Ji-eun às três. É uma pena que não estará para ver o show, mas vou te contar todos os detalhes sórdidos quando chegar em casa. — Fiquei boquiaberta. Não consegui acompanhar. — Você gosta de comida japonesa? — Sua pergunta estava fora de contexto, como se ela não tivesse acabado de soltar uma bomba.

— Hum, sim.

— Ótimo. Vou pedir o jantar para as seis, e podemos passar a noite conversando. Amanhã de manhã, você vai às lojas para comprar uma roupa para o churrasco, e eu marquei um horário para fazer seu cabelo e maquiagem. Quero que entre no personagem.

Ela se virou.

— Vejo você no escritório. — Depois riu, e o som me fez arrepiar. — Docinho.

Sentei-me quando a porta fechou, sentindo-me tonta.

Com o que eu tinha concordado?

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